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- 27 de outubro de 2023
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O Evangelho no texto, no tempo e no espaço
Diálogos de Esperança realiza live sobre os caminhos do Evangelho Integral
Por Lissânder Dias
Os últimos acontecimentos sequestram nossa paz, mas também nos convidam a refletir mais profundamente sobre que caminhos o evangelho integral de Jesus tem percorrido. Essa foi a proposta da live realizada pelo Diálogos de Esperança na última terça-feira, dia 24, no Youtube da Editora Ultimato. Com o tema “Os Caminhos de um Evangelho Integral”, os âncoras Claudia Moreira e Valdir Steuernagel conversaram com a missionária e psicóloga Zazá Lima e o professor e pastor Gabriel Neres.
O poder da Palavra
Em busca de respostas para o nosso tempo à luz das Boas Novas, o diálogo girou em torno de como devemos reagir ao que o mundo traz hoje. Zazá disse que se põe diante de Deus e do mundo com reverência e temor na tentativa de ouvir as vozes que sofrem e de servir como um abraço santo a elas. Gabriel, que trabalha com novas gerações, vê os altos níveis de ansiedade e medo dos mais jovens diante do fatos atuais. Gabriel se vê como uma ponte para ouvir a voz dos jovens e, portanto, se coloca em posição de silêncio.
A partir de suas experiências com pessoas não-cristãs, Zazá testificou como a Palavra de Jesus tem poder. Ao perguntar a um diretor de um campo de refugiados no Norte da África (que não é cristão) como poderia compartilhar esperança naquele contexto, Zazá se surpreendeu com a resposta dele: “identificando-se com Jesus Cristo”.
“A Palavra tem esse mistério de nos surpreender, e ela é viva e encarnada. Nas mesas em que eu participo, a Palavra sempre surge, e ela traz esperança. A partir das histórias da Palavra que eu compartilho nesses contextos difíceis, a gente se encontra com Jesus – ou melhor, ele se encontra conosco”, contou ela.
“Caldo de nada”
Pensando nas novas gerações que oscilam entre o fundamentalismo e o relativismo, Gabriel compreende que o grande desafio é fazer a tradução desse Evangelho do Reino de Deus “que é muito mais do que a comunicação verbal”, e provocá-las a viver uma vida em um contexto, em uma dor”.
“Muitos desses fundamentalistas não têm fundamentos de nada, e muitos desses relativistas não relacionam nada. Como resultado, sobra um ‘caldo de nada’. A grande
preocupação pastoral que temos é tirar os jovens desse ‘caldo de nada’”, diz.
O que é se parecer com Cristo?
A essa pergunta, Zazá responde: quem ama se parece com Deus, porque Deus é amor. Um amor que, segundo ela, nos lembra 1 Coríntios 13: paciente, humilde, que tudo crê, que tudo espera. “Pensando no nosso mundo bélico, nesse niilismo, o que de Jesus em nós atrai as pessoas? Esse é um desafio que se vive no silêncio da intimidade com Jesus, mas também na comunhão e no louvor. Não existe missão sem louvor e adoração a Deus; e não existe adoração sem serviço à comunidade e ao próximo. É nesse entrelaçar do serviço, da adoração e da comunhão que Jesus molda os nossos vasos de barro. E aí, sim, podemos ser um pouquinho parecidos com ele para a glória de Deus”.
“Discípulo de tela”
A Bíblia tem a capacidade de dialogar com todos os contextos, enfatizou Valdir. Mas como isso acontece entre os da geração atual? Gabriel lembrou que muitos são “discípulos de tela”, isto é, são pessoas que estão formando sua visão de mundo a partir de um indivíduo que está do outro lado de uma tela. Citando René Padilla, no livro Caminhos de um Evangelho Integral, Neres criticou a prática de um tipo de “hermenêutica intuitiva”.
“É uma interpretação da Bíblia mais intuitiva do que contextual. Lê-se o texto e então já o aplica de uma forma espiritualizada, fazendo um salto hermenêutico gigantesco, com o objetivo de provocar sensibilização numa geração que é muito sensorial. Mas o Dr. Padilla ensina é a importância de se pregar o Evangelho em um contexto histórico específico. “Não se deve falar sobre o Evangelho para um contexto abstrato e genérico que se aplica em qualquer condição. São culturas distintas, traços culturais distintos. A hermenêutica contextual é fundamental para que o Evangelho seja encarnado na realidade, que seja para pessoas de um determinado tempo, de um determinado espaço, em uma determinada missão a partir das mazelas do seu tempo e da sociedade em que vive”.
Na íntegra
Ouça o diálogo, na íntegra, aqui.
A próxima live do Diálogos de Esperança será no dia 07 de novembro, das 19h às 20h, com o tema “Saúde integral e fé cristã”.
*
Playlist do Diálogos de Esperança
Assista a todas as lives já realizadas aqui.
REVISTA ULTIMATO | DOXOLOGIA NO CULTO PÚBLICO E NA VIDA DIÁRIA
A matéria de capa desta edição convida o leitor ao exercício da doxologia: a afirmação vibrante sobre o que Deus é e o que ele faz. Uma afirmação que traduz a nossa opinião sobre Deus forjada pelas Escrituras e pelas experiências com ele. Isso vai contra a correnteza do mundo em que vivemos, tão pouco propício à solitude, à contemplação e à adoração.
É disso que trata a matéria de capa da edição 403 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Caminhos de Um Evangelho Integral – Um Roteiro Teológico, Valdir Steuernagel [editor]
» O Que é Missão Integral?, C. René Padilla
» O Discípulo Radical, John Stott
Por Lissânder Dias
Os últimos acontecimentos sequestram nossa paz, mas também nos convidam a refletir mais profundamente sobre que caminhos o evangelho integral de Jesus tem percorrido. Essa foi a proposta da live realizada pelo Diálogos de Esperança na última terça-feira, dia 24, no Youtube da Editora Ultimato. Com o tema “Os Caminhos de um Evangelho Integral”, os âncoras Claudia Moreira e Valdir Steuernagel conversaram com a missionária e psicóloga Zazá Lima e o professor e pastor Gabriel Neres.
O poder da Palavra
Em busca de respostas para o nosso tempo à luz das Boas Novas, o diálogo girou em torno de como devemos reagir ao que o mundo traz hoje. Zazá disse que se põe diante de Deus e do mundo com reverência e temor na tentativa de ouvir as vozes que sofrem e de servir como um abraço santo a elas. Gabriel, que trabalha com novas gerações, vê os altos níveis de ansiedade e medo dos mais jovens diante do fatos atuais. Gabriel se vê como uma ponte para ouvir a voz dos jovens e, portanto, se coloca em posição de silêncio.
A partir de suas experiências com pessoas não-cristãs, Zazá testificou como a Palavra de Jesus tem poder. Ao perguntar a um diretor de um campo de refugiados no Norte da África (que não é cristão) como poderia compartilhar esperança naquele contexto, Zazá se surpreendeu com a resposta dele: “identificando-se com Jesus Cristo”.
“A Palavra tem esse mistério de nos surpreender, e ela é viva e encarnada. Nas mesas em que eu participo, a Palavra sempre surge, e ela traz esperança. A partir das histórias da Palavra que eu compartilho nesses contextos difíceis, a gente se encontra com Jesus – ou melhor, ele se encontra conosco”, contou ela.
“Caldo de nada”
Pensando nas novas gerações que oscilam entre o fundamentalismo e o relativismo, Gabriel compreende que o grande desafio é fazer a tradução desse Evangelho do Reino de Deus “que é muito mais do que a comunicação verbal”, e provocá-las a viver uma vida em um contexto, em uma dor”.
“Muitos desses fundamentalistas não têm fundamentos de nada, e muitos desses relativistas não relacionam nada. Como resultado, sobra um ‘caldo de nada’. A grande
preocupação pastoral que temos é tirar os jovens desse ‘caldo de nada’”, diz.
O que é se parecer com Cristo?
A essa pergunta, Zazá responde: quem ama se parece com Deus, porque Deus é amor. Um amor que, segundo ela, nos lembra 1 Coríntios 13: paciente, humilde, que tudo crê, que tudo espera. “Pensando no nosso mundo bélico, nesse niilismo, o que de Jesus em nós atrai as pessoas? Esse é um desafio que se vive no silêncio da intimidade com Jesus, mas também na comunhão e no louvor. Não existe missão sem louvor e adoração a Deus; e não existe adoração sem serviço à comunidade e ao próximo. É nesse entrelaçar do serviço, da adoração e da comunhão que Jesus molda os nossos vasos de barro. E aí, sim, podemos ser um pouquinho parecidos com ele para a glória de Deus”.
“Discípulo de tela”
A Bíblia tem a capacidade de dialogar com todos os contextos, enfatizou Valdir. Mas como isso acontece entre os da geração atual? Gabriel lembrou que muitos são “discípulos de tela”, isto é, são pessoas que estão formando sua visão de mundo a partir de um indivíduo que está do outro lado de uma tela. Citando René Padilla, no livro Caminhos de um Evangelho Integral, Neres criticou a prática de um tipo de “hermenêutica intuitiva”.
“É uma interpretação da Bíblia mais intuitiva do que contextual. Lê-se o texto e então já o aplica de uma forma espiritualizada, fazendo um salto hermenêutico gigantesco, com o objetivo de provocar sensibilização numa geração que é muito sensorial. Mas o Dr. Padilla ensina é a importância de se pregar o Evangelho em um contexto histórico específico. “Não se deve falar sobre o Evangelho para um contexto abstrato e genérico que se aplica em qualquer condição. São culturas distintas, traços culturais distintos. A hermenêutica contextual é fundamental para que o Evangelho seja encarnado na realidade, que seja para pessoas de um determinado tempo, de um determinado espaço, em uma determinada missão a partir das mazelas do seu tempo e da sociedade em que vive”.
Na íntegra
Ouça o diálogo, na íntegra, aqui.
A próxima live do Diálogos de Esperança será no dia 07 de novembro, das 19h às 20h, com o tema “Saúde integral e fé cristã”.
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Assista a todas as lives já realizadas aqui.
REVISTA ULTIMATO | DOXOLOGIA NO CULTO PÚBLICO E NA VIDA DIÁRIA
A matéria de capa desta edição convida o leitor ao exercício da doxologia: a afirmação vibrante sobre o que Deus é e o que ele faz. Uma afirmação que traduz a nossa opinião sobre Deus forjada pelas Escrituras e pelas experiências com ele. Isso vai contra a correnteza do mundo em que vivemos, tão pouco propício à solitude, à contemplação e à adoração.
É disso que trata a matéria de capa da edição 403 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Caminhos de Um Evangelho Integral – Um Roteiro Teológico, Valdir Steuernagel [editor]
» O Que é Missão Integral?, C. René Padilla
» O Discípulo Radical, John Stott
Lissânder Dias do Amaral é jornalista, blogueiro, poeta e editor de livros. Integra o Conselho Nacional da Interserve Brasil e o Conselho da Unimissional. É autor de “O Cotidiano Extraordinário – a vida em pequenas crônicas” e responsável pelo blog Fatos e Correlatos do Portal Ultimato. É um dos fundadores do Movimento Vocare e ajudou a criar as organizações cristãs de cooperação Rede Mãos Dadas e Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS).
- Textos publicados: 124 [ver]
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Site: http://www.fatosecorrelatos.com.br
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