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- 19 de maio de 2016
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O encontro que virou livro
No ano de 1984 eu tinha passado 4 meses em Angola, a convite da Aliança Evangélica de Angola, e das pessoas que estavam iniciando um movimento estudantil, como ABUB (Aliança Bíblica Universitária do Brasil). Fui convidada para retornar e viver em Angola por um longo prazo.
Aí tive mais uns meses servindo junto ao Escritório da ABU em São Paulo, especialmente na produção de livros de Estudo Bíblico Indutivo. E estava me preparando em oração, tratando os documentos, compartilhando com grupos, igrejas e amigos sobre meus planos.
O encontro
Fui convidada para participar do Encontro de Capacitación da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos em Quito, em 1985, com jovens líderes estudantis e obreiros de toda a América Latina. E nosso preletor de destaque era o “Tio Juan”, ou o John Stott.
O ensino dele era muito prático, muito bíblico, baseado nas experiências de sua vida. Ele fazia isso sem jamais buscar se exaltar, pelo contrário, com toda a simplicidade e humildade compartilhava as experiências que o fizeram crescer na fé. E ficou claro seu compromisso com Deus baseado num estilo de vida simples, com muita autodisciplina, com senso de humor, e respeito por todos, qualquer que fosse sua nacionalidade ou denominação religiosa.
E acima de tudo nos mostrava seu compromisso com as Escrituras, e sua profunda gratidão a Jesus, que morreu na cruz para salvar aos seres humanos pecadores. Por isso seu estilo de vida não era simplesmente baseado em uma boa filosofia, mas era o compromisso de seguir o modelo e o caminho de Jesus.
Um dia pedi uma oportunidade para ter uma conversa pessoal com ele, buscando apoio e oração pelo meu ministério futuro em Angola. Ele marcou a hora, e quando eu cheguei, ele disse: “Tonica, eu tenho orado por você”. Fiquei muito surpresa por ele saber meu nome, saber quem eu era e se interessar em meu ministério. Tinha encontrado John Stott uma vez, 5 anos antes, quando traduzi umas palestras suas para a ABU em São Paulo. Mas descobri que ele era uma pessoa que guardava nomes de pessoas de todos os países onde andava e realmente orava por nós. Mais tarde, vivendo em Angola já por um tempo, escrevi uma carta para ele sobre o trabalho, e recebi uma resposta amável, assinada “Tio Juan”.
O exemplo dele, e de outros amados mestres como Samuel Escobar, René Padilla e Russell Shedd, impactou minha vida, principalmente pela simplicidade e acessibilidade destes homens de Deus, e foram para mim um modelo de vida e ministério cristão.
Naquele encontro também tive o privilégio de compartilhar o quarto com a Felicity Houghton, missionária inglesa que trabalhou para fundar e fortalecer o movimento estudantil no Chile e depois na Bolívia. Ela também se enquadra nesse estilo de liderança comprometido e simples.
O livro
Foi muito bom reler o ensino que havia recebido naquela ocasião no livro Desafios da Liderança Cristã. Viçosa, Ultimato, 2016.
Os ensinos são muito práticos, e nos ajudaram em nossa caminhada. Saber que nós não podemos transformar ninguém, mas Deus usa Sua palavra que nós temos o privilégio de compartilhar e é Ele que opera o milagre de abrir os olhos para as pessoas verem a luz.
E como o poder de Deus se manifesta em nosso ministério quando estamos mais conscientes de nossa fraqueza, ele baseou-se na Palavra e na sua experiência e eu tenho experimentado esse poder também, graças à misericórdia de Deus.
A parte que trata da disciplina, tanto no uso do tempo, como na vida devocional e também reconhecendo nossa necessidade de descanso, foi e continua sendo fundamental para a sobrevivência minha e de muitos cristãos.
O problema dos relacionamentos é chave para qualquer pessoa que quer ser testemunha de Jesus. Toda vez que tratamos alguém com superioridade ou não lhe damos atenção e respeito, nosso testemunho não tem efeito algum. Se tratamos a pessoa como Jesus a trataria e se vemos a pessoa como se ela fosse Jesus (toda vez que fizerem a um dos meus pequenos irmãos...) aí sim nosso testemunho terá vida e graça.
Graças a Deus pelo privilégio de conhecer de perto esse servo de Deus que continua abençoando muitas pessoas através de seus livros.
Leia também
A Mensagem de 1 Timóteo e Tito
As controvérsias de Jesus
Para que descansar?
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O encontro
Fui convidada para participar do Encontro de Capacitación da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos em Quito, em 1985, com jovens líderes estudantis e obreiros de toda a América Latina. E nosso preletor de destaque era o “Tio Juan”, ou o John Stott.
O ensino dele era muito prático, muito bíblico, baseado nas experiências de sua vida. Ele fazia isso sem jamais buscar se exaltar, pelo contrário, com toda a simplicidade e humildade compartilhava as experiências que o fizeram crescer na fé. E ficou claro seu compromisso com Deus baseado num estilo de vida simples, com muita autodisciplina, com senso de humor, e respeito por todos, qualquer que fosse sua nacionalidade ou denominação religiosa.
E acima de tudo nos mostrava seu compromisso com as Escrituras, e sua profunda gratidão a Jesus, que morreu na cruz para salvar aos seres humanos pecadores. Por isso seu estilo de vida não era simplesmente baseado em uma boa filosofia, mas era o compromisso de seguir o modelo e o caminho de Jesus.
Um dia pedi uma oportunidade para ter uma conversa pessoal com ele, buscando apoio e oração pelo meu ministério futuro em Angola. Ele marcou a hora, e quando eu cheguei, ele disse: “Tonica, eu tenho orado por você”. Fiquei muito surpresa por ele saber meu nome, saber quem eu era e se interessar em meu ministério. Tinha encontrado John Stott uma vez, 5 anos antes, quando traduzi umas palestras suas para a ABU em São Paulo. Mas descobri que ele era uma pessoa que guardava nomes de pessoas de todos os países onde andava e realmente orava por nós. Mais tarde, vivendo em Angola já por um tempo, escrevi uma carta para ele sobre o trabalho, e recebi uma resposta amável, assinada “Tio Juan”.
O exemplo dele, e de outros amados mestres como Samuel Escobar, René Padilla e Russell Shedd, impactou minha vida, principalmente pela simplicidade e acessibilidade destes homens de Deus, e foram para mim um modelo de vida e ministério cristão.
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O livro
Foi muito bom reler o ensino que havia recebido naquela ocasião no livro Desafios da Liderança Cristã. Viçosa, Ultimato, 2016.
Os ensinos são muito práticos, e nos ajudaram em nossa caminhada. Saber que nós não podemos transformar ninguém, mas Deus usa Sua palavra que nós temos o privilégio de compartilhar e é Ele que opera o milagre de abrir os olhos para as pessoas verem a luz.
E como o poder de Deus se manifesta em nosso ministério quando estamos mais conscientes de nossa fraqueza, ele baseou-se na Palavra e na sua experiência e eu tenho experimentado esse poder também, graças à misericórdia de Deus.
A parte que trata da disciplina, tanto no uso do tempo, como na vida devocional e também reconhecendo nossa necessidade de descanso, foi e continua sendo fundamental para a sobrevivência minha e de muitos cristãos.
O problema dos relacionamentos é chave para qualquer pessoa que quer ser testemunha de Jesus. Toda vez que tratamos alguém com superioridade ou não lhe damos atenção e respeito, nosso testemunho não tem efeito algum. Se tratamos a pessoa como Jesus a trataria e se vemos a pessoa como se ela fosse Jesus (toda vez que fizerem a um dos meus pequenos irmãos...) aí sim nosso testemunho terá vida e graça.
Graças a Deus pelo privilégio de conhecer de perto esse servo de Deus que continua abençoando muitas pessoas através de seus livros.
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Ricardo Barbosa