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- 28 de maio de 2007
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O brasileiro bebe muito e está morrendo
É comum na boca dos fumantes, além do cigarro, a expressão “não estou com pressa de morrer”, em resposta à impiedosa constatação de que o cigarro mata. Às vezes, lentamente, é verdade. A bebida, ao que parece, é menos sutil. Também mata e, sem aviso prévio.
Amostras de sangue de 1.073 pessoas assassinadas em São Paulo em 2006, revelaram que em 41% delas havia álcool. Também na cidade de São Paulo, entre 454 vítimas de acidentes fatais de trânsito, 194 haviam tomado o equivalente a duas latas de cerveja ou três copos de chope. E tem mais. Nas estradas do país, foram 100 mortos em acidentes por dia.
Gilberto Dimenstein, colunista da Folha de S. Paulo, tem ampliado o alerta de pesquisadores, universidades e da Secretaria Nacional Antidrogas, entre outras organizações: beber cria dependência e mata. Ou “crime e bebida andam juntos”. Por último, a constatação não menos trágica de que um em cada quatro brasileiros bebe muito. Leia mais em www.dimenstein.com.br
É fácil perceber o consumo escancarado de cerveja, entre outras biritas, mesmo na antevéspera das baladas. As propagandas violam as regras do código de auto-regulamentação publicitária e, entre o deboche e o remorso, sugerem um envergonhado “beba com moderação”. Se nos anos 80 as promessas de “sucesso”, ou da “terra (prometida) de Malboro”, ou do “raro prazer”, entre outras bobagens seduziam os “pobres moços”; hoje, os “idiotas” são outros. São especialmente adolescentes e jovens que preferem “a boa” ou deixam que a vida os leve, em um misto de ingenuidade, estupidez e, digamos, rebeldia. Enquanto isso, artistas e jogadores de futebol se locupletam com a desgraça alheia.
Para o psicólogo Ageu Heringer Lisboa, a glamourização do transgressivo é uma das armas da propaganda, com a clara intenção de abolir os limites e qualquer idéia de pecado. Somos submetidos diariamente à ridicularização dos valores. Para o autor de Sexo: espiritualidade, instinto e cultura, é preciso não se intimidar com o “todo mundo faz”. Saúde.
Leia o que Ultimato publicou a respeito
• Sobre os muitos “nãos” e pouco “sins” do nosso evangelho, ed. 298
• Honestamente falando, ed. 299
• A guerra contra o câncer: prevenção primária e detecção precoce, ed. 299
Leia o livro
• Sexo: Espiritualidade, Instinto e Cultura, Ageu Heringer Lisboa
• A Espiritualidade na Prática, Paul Stevens
Para acessar o sumário da edição atual de Ultimato, clique aqui.
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Amostras de sangue de 1.073 pessoas assassinadas em São Paulo em 2006, revelaram que em 41% delas havia álcool. Também na cidade de São Paulo, entre 454 vítimas de acidentes fatais de trânsito, 194 haviam tomado o equivalente a duas latas de cerveja ou três copos de chope. E tem mais. Nas estradas do país, foram 100 mortos em acidentes por dia.
Gilberto Dimenstein, colunista da Folha de S. Paulo, tem ampliado o alerta de pesquisadores, universidades e da Secretaria Nacional Antidrogas, entre outras organizações: beber cria dependência e mata. Ou “crime e bebida andam juntos”. Por último, a constatação não menos trágica de que um em cada quatro brasileiros bebe muito. Leia mais em www.dimenstein.com.br
É fácil perceber o consumo escancarado de cerveja, entre outras biritas, mesmo na antevéspera das baladas. As propagandas violam as regras do código de auto-regulamentação publicitária e, entre o deboche e o remorso, sugerem um envergonhado “beba com moderação”. Se nos anos 80 as promessas de “sucesso”, ou da “terra (prometida) de Malboro”, ou do “raro prazer”, entre outras bobagens seduziam os “pobres moços”; hoje, os “idiotas” são outros. São especialmente adolescentes e jovens que preferem “a boa” ou deixam que a vida os leve, em um misto de ingenuidade, estupidez e, digamos, rebeldia. Enquanto isso, artistas e jogadores de futebol se locupletam com a desgraça alheia.
Para o psicólogo Ageu Heringer Lisboa, a glamourização do transgressivo é uma das armas da propaganda, com a clara intenção de abolir os limites e qualquer idéia de pecado. Somos submetidos diariamente à ridicularização dos valores. Para o autor de Sexo: espiritualidade, instinto e cultura, é preciso não se intimidar com o “todo mundo faz”. Saúde.
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