Prateleira
- 08 de abril de 2009
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Não estamos de luto!
Sexta-feira, dia 10 de abril, vamos comemorar mais uma vez a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Dois dias depois, no domingo, celebraremos a sua ressurreição. Tomemos cuidado para celebrar as duas datas com a mesma intensidade. Em geral damos mais ênfase à paixão, que é de suma importância, contudo a obra salvífica de Jesus se completa na ressurreição. A não-celebração da ressurreição enfatiza apenas o Jesus morto, gerando melancolia e frustração.
O filme “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, que custou 30 milhões de dólares, tem a duração de duas horas e seis minutos. Desse tempo, observa Vittorio Messori, duas horas são dedicadas ao martírio de Jesus e à ressurreição, apenas seis minutos. Uma italiana que também assistiu ao filme reclama que Mel Gibson “só mostra Jesus apanhando, apanhando, até morrer”.
Nunca esqueço que, na Semana Santa de 1962, havia duas faixas na entrada da cidade de Ervália (MG). Na primeira estava escrito: “Silêncio: estamos de luto”. Na faixa seguinte vinha a explicação: “Jesus morreu!”. Não é assim.
Acabo de ler na Bíblia a conversa do governador Pórcio Festo com o rei Agripa a propósito da prisão do apóstolo Paulo. O procurador da Judéia conta que um dos pontos de divergência entre os judeus e Paulo era “um certo Jesus, já morto, o qual Paulo insiste que está vivo” (At 25.25).
Precisamos insistir teimosamente, como Paulo, no Jesus vivo, e não no Jesus morto. É a ressurreição de Jesus que sustenta a nossa fé e a nossa própria ressurreição. “Se Cristo não ressuscitou”, explica o apóstolo, “é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm” (1 Co 15.14, NVI). Não estamos de luto! Veja esta declaração de Urs von Balthasar: “A ressurreição de Cristo é o acontecimento mais decisivo e significativo da história, pois nenhum outro terá jamais tanta importância”. E mais esta de Lucien Cerfaux: “Cristo é chefe de fila na ressurreição dos mortos”.
Em maio de 1994, tive meu primeiro contato com a cruz vazada. Ela estava fincada na entrada da universidade católica Gwynedd-Mercy, na Filadélfia, EUA. Fiquei apaixonado por esse símbolo cristão que une a paixão à ressurreição, a sexta-feira ao domingo. Gostei tanto dessa cruz sem Jesus que solicitei à direção da referida universidade uma planta do monumento e permissão para fornecê-la graciosamente a quem por ela se interessar. Hoje há várias cruzes vazadas por este Brasil afora. A primeira delas está fincada aqui em Viçosa, no gramado do Centro Evangélico de Missões (CEM).
Não estamos de luto. Jesus morreu na sexta-feira à tarde e ressuscitou no domingo de madrugada. É por isso que podemos esperar como absolutamente certa a apoteose que está para vir!
O filme “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, que custou 30 milhões de dólares, tem a duração de duas horas e seis minutos. Desse tempo, observa Vittorio Messori, duas horas são dedicadas ao martírio de Jesus e à ressurreição, apenas seis minutos. Uma italiana que também assistiu ao filme reclama que Mel Gibson “só mostra Jesus apanhando, apanhando, até morrer”.
Nunca esqueço que, na Semana Santa de 1962, havia duas faixas na entrada da cidade de Ervália (MG). Na primeira estava escrito: “Silêncio: estamos de luto”. Na faixa seguinte vinha a explicação: “Jesus morreu!”. Não é assim.
Acabo de ler na Bíblia a conversa do governador Pórcio Festo com o rei Agripa a propósito da prisão do apóstolo Paulo. O procurador da Judéia conta que um dos pontos de divergência entre os judeus e Paulo era “um certo Jesus, já morto, o qual Paulo insiste que está vivo” (At 25.25).
Precisamos insistir teimosamente, como Paulo, no Jesus vivo, e não no Jesus morto. É a ressurreição de Jesus que sustenta a nossa fé e a nossa própria ressurreição. “Se Cristo não ressuscitou”, explica o apóstolo, “é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm” (1 Co 15.14, NVI). Não estamos de luto! Veja esta declaração de Urs von Balthasar: “A ressurreição de Cristo é o acontecimento mais decisivo e significativo da história, pois nenhum outro terá jamais tanta importância”. E mais esta de Lucien Cerfaux: “Cristo é chefe de fila na ressurreição dos mortos”.
Em maio de 1994, tive meu primeiro contato com a cruz vazada. Ela estava fincada na entrada da universidade católica Gwynedd-Mercy, na Filadélfia, EUA. Fiquei apaixonado por esse símbolo cristão que une a paixão à ressurreição, a sexta-feira ao domingo. Gostei tanto dessa cruz sem Jesus que solicitei à direção da referida universidade uma planta do monumento e permissão para fornecê-la graciosamente a quem por ela se interessar. Hoje há várias cruzes vazadas por este Brasil afora. A primeira delas está fincada aqui em Viçosa, no gramado do Centro Evangélico de Missões (CEM).
Não estamos de luto. Jesus morreu na sexta-feira à tarde e ressuscitou no domingo de madrugada. É por isso que podemos esperar como absolutamente certa a apoteose que está para vir!
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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