Opinião
- 21 de maio de 2009
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Não dá pra falar de tudo
Ricardo Costa
Li "A Cabana" e dei de presente a várias pessoas.
Acho que Ronald Sider (“A Cabana” precisa de N. T. Wright) perdeu um pouco a perspectiva do livro; pelo menos a perspectiva do livro aqui no Brasil, eu acho -- talvez nos Estados Unidos o ponto de vista seja diferente, as questões sociais sigam em outra direção.
É fato incontestável tudo o que Sider analisa do individualismo e da totalidade do evangelho, mas certamente isso se perderia em "A Cabana". O livro é uma experiência pessoal, que fala de uma forma que nenhum outro tinha conseguido antes, sobre Deus, seus atributos e seu relacionamento superespecial com o ser humano.
Para mim, Young demonstra de maneira eficiente e clara como é falar e se relacionar com Deus. O homem desesperado sem Deus -- Mark, pai da pequena Missy, raptada e assassinada --, perdido no seu “inferno pessoal na Terra” está se arrastando pelos dias e torcendo pra chegar a hora de ir embora; e muitos até estão cientes de que vão para o inferno e esperam por isso!
Nesse contexto, penso que "A Cabana" fala forte e claro com o leitor. E traz uma perspectiva "nova" (a verdadeira que foi deixada bem lá atrás pela igreja, eu diria) de quem é Deus e como ele quer se relacionar com o homem. O livro deixa o leitor com vontade de falar com Deus, de se encontrar com Deus, de ter um relacionamento duradouro com Deus. "A Cabana" fala de um Deus sem os cosméticos eclesiásticos e formas culturais que muitas igrejas colocam nele.
Não acho que um livro tenha a obrigação de mostrar todos os aspectos, lados e ensinamentos do evangelho. Aliás, duvido que algum livro consiga fazer isso; seria uma enciclopédia... e das grandes. E sou capaz de apostar que uma pessoa que, por influência de "A Cabana", procurar um relacionamento com Deus vai acabar sendo levada pelo Espírito a procurar uma igreja, a conviver com irmãos e a aprender todos os demais aspectos do verdadeiro evangelho que Sider comenta no seu texto. Talvez alguns rebatam afirmando que as igrejas são falhas em ensinar isso, mas então vamos esperar agora que um livro faça o que a igreja não faz?
Pra mim, "A Cabana" é uma leitura prazerosa e interessante -- como deve ser um bom livro -- e atinge perfeitamente o propósito de fazer com que o leitor queira falar com Deus. Daí pra frente, é com Deus. E depois as coisas progridem, o crescimento aumenta e a pessoa deve amadurecer espiritualmente e crescer no conhecimento de Deus e da sua vontade.
Achei a análise do Ronald Sider um pouco "exigente" demais para o livro. Mas válida. Nem que seja pra fazer a gente pensar um pouco mais no assunto.
• Ricardo Costa gerencia o PublishNews, gosta muito de ler e se diverte nos bares, restaurantes e cinemas da cidade pela qual se apaixonou há vinte anos: a São Paulo, que já não é mais "da garoa", mas que, parafraseando as Minas Gerais, "quem conhece não esquece jamais..."
Li "A Cabana" e dei de presente a várias pessoas.
Acho que Ronald Sider (“A Cabana” precisa de N. T. Wright) perdeu um pouco a perspectiva do livro; pelo menos a perspectiva do livro aqui no Brasil, eu acho -- talvez nos Estados Unidos o ponto de vista seja diferente, as questões sociais sigam em outra direção.
É fato incontestável tudo o que Sider analisa do individualismo e da totalidade do evangelho, mas certamente isso se perderia em "A Cabana". O livro é uma experiência pessoal, que fala de uma forma que nenhum outro tinha conseguido antes, sobre Deus, seus atributos e seu relacionamento superespecial com o ser humano.
Para mim, Young demonstra de maneira eficiente e clara como é falar e se relacionar com Deus. O homem desesperado sem Deus -- Mark, pai da pequena Missy, raptada e assassinada --, perdido no seu “inferno pessoal na Terra” está se arrastando pelos dias e torcendo pra chegar a hora de ir embora; e muitos até estão cientes de que vão para o inferno e esperam por isso!
Nesse contexto, penso que "A Cabana" fala forte e claro com o leitor. E traz uma perspectiva "nova" (a verdadeira que foi deixada bem lá atrás pela igreja, eu diria) de quem é Deus e como ele quer se relacionar com o homem. O livro deixa o leitor com vontade de falar com Deus, de se encontrar com Deus, de ter um relacionamento duradouro com Deus. "A Cabana" fala de um Deus sem os cosméticos eclesiásticos e formas culturais que muitas igrejas colocam nele.
Não acho que um livro tenha a obrigação de mostrar todos os aspectos, lados e ensinamentos do evangelho. Aliás, duvido que algum livro consiga fazer isso; seria uma enciclopédia... e das grandes. E sou capaz de apostar que uma pessoa que, por influência de "A Cabana", procurar um relacionamento com Deus vai acabar sendo levada pelo Espírito a procurar uma igreja, a conviver com irmãos e a aprender todos os demais aspectos do verdadeiro evangelho que Sider comenta no seu texto. Talvez alguns rebatam afirmando que as igrejas são falhas em ensinar isso, mas então vamos esperar agora que um livro faça o que a igreja não faz?
Pra mim, "A Cabana" é uma leitura prazerosa e interessante -- como deve ser um bom livro -- e atinge perfeitamente o propósito de fazer com que o leitor queira falar com Deus. Daí pra frente, é com Deus. E depois as coisas progridem, o crescimento aumenta e a pessoa deve amadurecer espiritualmente e crescer no conhecimento de Deus e da sua vontade.
Achei a análise do Ronald Sider um pouco "exigente" demais para o livro. Mas válida. Nem que seja pra fazer a gente pensar um pouco mais no assunto.
• Ricardo Costa gerencia o PublishNews, gosta muito de ler e se diverte nos bares, restaurantes e cinemas da cidade pela qual se apaixonou há vinte anos: a São Paulo, que já não é mais "da garoa", mas que, parafraseando as Minas Gerais, "quem conhece não esquece jamais..."
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