Prateleira
- 08 de outubro de 2013
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Na tela e na revista
O que o repórter Luiz Gustavo da TV Record descobriu, a revista Ultimato 341 (março/2013) também havia tornado público: “a vergonha” do maior hospício do país que funcionou de 1933 a 1979, em Barbacena, MG. Se não tivesse desaparecido, o Hospital Colônia teria comemorado seu 110º aniversário exatamente em março deste ano.
O programa “Domingo Espetacular” da TV Record exibiu no domingo passado (06/10) uma longa reportagem de 18 minutos sobre os absurdos cometidos de 1950 a 1980 no Hospital Colônia. “O hospital psiquiátrico viveu uma fase de terror: a internação de pacientes que não sofriam de doenças mentais”, disse o repórter. “A Inquisição foi uma vergonha, as Cruzadas foram uma vergonha, o colonialismo foi uma vergonha, a escravatura foi uma vergonha, a discriminação racial foi uma vergonha, os campos de concentração foram uma vergonha, a Guerra Fria foi uma vergonha e o manicômio de Barbacena foi uma vergonha”, disse a revista Ultimato no artigo A Fazenda da Caveira de Barbacena e a colina da Caveira de Jerusalém.
O número de mortos era assustador – sessenta óbitos por semana. Calcula-se que cerca de 60 mil pessoas morreram no Hospital Colônia. As mortes eram causadas por maus-tratos, diarreia, desnutrição, desidratação, doenças oportunistas, falta de higiene e frio intenso, informou a revista Ultimato.
“Eram enviadas para o Colônia pessoas que haviam perdido os documentos, prostitutas, mães solteiras, meninas que haviam perdido a virgindade antes do casamento ou que se rebelavam na família por algum motivo”, contou a jornalista Daniela Arbex ao repórter Luiz Gustavo.
A reportagem do Domingo Espetacular também contou a história do reencontro emocionante de uma mãe com seu filho. A mãe havia sido internada ainda adolescente no hospital, mesmo sem ter problemas mentais. Estava grávida e foi separada do filho assim que ele nasceu. Só décadas depois o menino já adulto descobriu o paradeiro da mãe e a reencontrou.
Mas não é de hoje que o caso do manicômio de Barbacena é denunciado. O artigo A Vergonha desvergonhada dessa edição de Ultimato lembrou que desde 1971, a imprensa brasileira e especialistas na área começaram a denunciar a falência terapêutica e estrutural da psiquiatria aplicada no Hospício de Barbacena. Em setembro de 1979, o repórter Hiram Firmino publicou uma série de artigos no jornal Estado de Minas sob o título “Os porões da loucura”. Logo em seguida o cineasta Helvécio Ratton lançou o documentário “Em nome da razão”.
A revista Ultimato aproveitou a triste história do Hospital Colônia para levantar questões sobre a política de tratamento de doentes mentais no país e sobre o papel da Igreja no cuidado e acolhimento de quem sofre com o problema.
Leia mais
Doenças que pouco matam e muito fazem sofrer (revista Ultimato 341)
Saúde emocional e vida cristã (Esly Regina Carvalho)
Para (melhor) enfrentar o sofrimento (Elben César)
Assista à reportagem do Domingo Espetacular:
O programa “Domingo Espetacular” da TV Record exibiu no domingo passado (06/10) uma longa reportagem de 18 minutos sobre os absurdos cometidos de 1950 a 1980 no Hospital Colônia. “O hospital psiquiátrico viveu uma fase de terror: a internação de pacientes que não sofriam de doenças mentais”, disse o repórter. “A Inquisição foi uma vergonha, as Cruzadas foram uma vergonha, o colonialismo foi uma vergonha, a escravatura foi uma vergonha, a discriminação racial foi uma vergonha, os campos de concentração foram uma vergonha, a Guerra Fria foi uma vergonha e o manicômio de Barbacena foi uma vergonha”, disse a revista Ultimato no artigo A Fazenda da Caveira de Barbacena e a colina da Caveira de Jerusalém.
O número de mortos era assustador – sessenta óbitos por semana. Calcula-se que cerca de 60 mil pessoas morreram no Hospital Colônia. As mortes eram causadas por maus-tratos, diarreia, desnutrição, desidratação, doenças oportunistas, falta de higiene e frio intenso, informou a revista Ultimato.
“Eram enviadas para o Colônia pessoas que haviam perdido os documentos, prostitutas, mães solteiras, meninas que haviam perdido a virgindade antes do casamento ou que se rebelavam na família por algum motivo”, contou a jornalista Daniela Arbex ao repórter Luiz Gustavo.
A reportagem do Domingo Espetacular também contou a história do reencontro emocionante de uma mãe com seu filho. A mãe havia sido internada ainda adolescente no hospital, mesmo sem ter problemas mentais. Estava grávida e foi separada do filho assim que ele nasceu. Só décadas depois o menino já adulto descobriu o paradeiro da mãe e a reencontrou.
Mas não é de hoje que o caso do manicômio de Barbacena é denunciado. O artigo A Vergonha desvergonhada dessa edição de Ultimato lembrou que desde 1971, a imprensa brasileira e especialistas na área começaram a denunciar a falência terapêutica e estrutural da psiquiatria aplicada no Hospício de Barbacena. Em setembro de 1979, o repórter Hiram Firmino publicou uma série de artigos no jornal Estado de Minas sob o título “Os porões da loucura”. Logo em seguida o cineasta Helvécio Ratton lançou o documentário “Em nome da razão”.
A revista Ultimato aproveitou a triste história do Hospital Colônia para levantar questões sobre a política de tratamento de doentes mentais no país e sobre o papel da Igreja no cuidado e acolhimento de quem sofre com o problema.
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Doenças que pouco matam e muito fazem sofrer (revista Ultimato 341)
Saúde emocional e vida cristã (Esly Regina Carvalho)
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