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- 24 de junho de 2016
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Mundanos, graças a Deus
Série “Ser Evangélico Sem Deixar de Ser Brasileiro”
A eterna tensão de “estar no mundo”, mas “não ser do mundo” faz parte da vida cristã, como o próprio Jesus nos mostrou. Mas como entender nossa identidade cristã sem abandonar nossa brasilidade? Para isso, resgatamos o artigo Mundanos, graças a Deus, do saudoso Robinson Cavalcanti, publicado na revista Ultimato 266, de setembro de 2000. O texto é muito propício neste mês em que lançamos Ser Evangélico Sem Deixar de Ser Brasileiro e nestes tempos de dúvidas sobre o que é ser cristão. Confira.
***
Mundanos, graças a Deus
Por Robinson Cavalcanti, in memoriam
Certa vez, em um congresso de jovens, em um estudo sobre afetividade, um rapaz encaminhou a seguinte pergunta: “O que o senhor acha de se namorar uma moça do mundo?” A minha resposta foi: “Parabéns por sua normalidade. Estaria preocupado se você estivesse namorando uma ET”. Em nossas igrejas, artistas dão testemunho, dizendo que deixaram de cantar ou tocar “no mundo”. Talvez já tenham contratos para atuar em Marte ou Vênus, ou para fazer uma exibição para as potestades angélicas...
O mundo
Um problema de tradução de vários termos do grego para um só vocábulo em português tem concorrido para distorções teológicas de trágicas implicações.
Pode parecer contraditório que Jesus Cristo tenha dito que o seu reino não é deste mundo (Jo 18.36), enquanto afirma que Deus amou o mundo ao ponto de por ele sacrificar o seu filho. E, ainda, nos ensina em sua oração: “Assim como Tu me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo” (Jo 17.18). O apóstolo do amor, João, também parece contraditório: “Não ameis o mundo, nem as coisas do mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” ( 1 Jo 2.15). Estaria João pedindo que fôssemos contrários a Deus, não amando o mundo, que Ele amou?
CONTINUE LENDO...
Leia também
Ser Evangélico Sem Deixar de Ser Brasileiro (lançamento)
Resgatando a brasilidade da nossa fé
Aprendendo a desaprender
Foto: Marin Morales/Freeimages.com
A eterna tensão de “estar no mundo”, mas “não ser do mundo” faz parte da vida cristã, como o próprio Jesus nos mostrou. Mas como entender nossa identidade cristã sem abandonar nossa brasilidade? Para isso, resgatamos o artigo Mundanos, graças a Deus, do saudoso Robinson Cavalcanti, publicado na revista Ultimato 266, de setembro de 2000. O texto é muito propício neste mês em que lançamos Ser Evangélico Sem Deixar de Ser Brasileiro e nestes tempos de dúvidas sobre o que é ser cristão. Confira.
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Mundanos, graças a Deus
Por Robinson Cavalcanti, in memoriam
Certa vez, em um congresso de jovens, em um estudo sobre afetividade, um rapaz encaminhou a seguinte pergunta: “O que o senhor acha de se namorar uma moça do mundo?” A minha resposta foi: “Parabéns por sua normalidade. Estaria preocupado se você estivesse namorando uma ET”. Em nossas igrejas, artistas dão testemunho, dizendo que deixaram de cantar ou tocar “no mundo”. Talvez já tenham contratos para atuar em Marte ou Vênus, ou para fazer uma exibição para as potestades angélicas...
O mundo
Um problema de tradução de vários termos do grego para um só vocábulo em português tem concorrido para distorções teológicas de trágicas implicações.
Pode parecer contraditório que Jesus Cristo tenha dito que o seu reino não é deste mundo (Jo 18.36), enquanto afirma que Deus amou o mundo ao ponto de por ele sacrificar o seu filho. E, ainda, nos ensina em sua oração: “Assim como Tu me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo” (Jo 17.18). O apóstolo do amor, João, também parece contraditório: “Não ameis o mundo, nem as coisas do mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” ( 1 Jo 2.15). Estaria João pedindo que fôssemos contrários a Deus, não amando o mundo, que Ele amou?
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