Prateleira
- 27 de agosto de 2014
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Livro bom é livro lido
A despeito das novas tecnologias, o livro continua sendo uma grande atração. Uma prova são duas grandes feiras literárias recentes: a de Paraty que o ocorreu em julho e a Bienal de São Paulo que termina neste domingo (dia 31).
No caso da 23º Bienal Internacional do Livro de São Paulo, mais de 400 atrações foram programadas para acontecer. É tanta coisa que o site oficial do evento precisou organizar as atividades por ordem alfabética. Leituras mediadas, espaços silenciosos para a prática, jogos, autores apresentando seus livros, bibliotecas para empréstimos de publicações, convergências de impresso com o digital... Enfim, muito sobre livros, leitores e escritores.
Já na 12ª edição da charmosa Feira Literária de Paraty (RJ), foi possível ver e ouvir muita gente. Como contou nosso editor Marcos Bontempo, que esteve lá: “Não faltam mesas para leitores de muitos talheres. O livro é um detalhe”.
Isso tudo, obviamente, é muito bom: para a educação, para as editoras e para quem gosta de livros. No entanto, no meio desta “floresta” há sempre atalhos que podem nos levar a lugar nenhum. Um deles é valorizarmos mais uma postura performática do escritor do que necessariamente o conteúdo do seu livro. Nas palavras do próprio curador da FLIP, Paulo Wernerck, ao G1, “hoje, o escritor é uma figura que tem um aspecto de performance”.
Além disso, por mais que os livros devam falar sobre o cotidiano da vida, há também o risco de usá-los como manobra para modismos midiáticos convenientes. Não raro, os livros se tornam meras estratégias para apresentadores de TV ou roteiristas de filmes. Nada contra, se considerarmos a oportunidade de conhecimento. Mas também nada a favor, se o livro torna-se um “mal necessário” na trilha publicitária de quem não tem – nem quer ter - familiaridade com a escrita.
Tempos atrás alguns crentes diziam que não adiantava deixar a Bíblia aberta no Salmo 23 em um destacado espaço da sala de estar. Era preciso lê-la. Só assim comprovaríamos que levamos a sério a riqueza nela contida. Curioso dizer, mas corremos o risco de pelo muito falar de livros, pouco lê-los. O fato é que livro bom é livro lido.
Não obstante, temos mais motivos para comemorar do que para lamentar. Ultimato quem o diga. Na árdua caminhada de uma editora de pequeno porte com cerca de 200 títulos publicados, celebramos os frutos que surgem. Igrejas como a Batista do Morumbi (SP) têm adotado títulos do nosso catálogo em suas classes de escola dominical. A 1ª Igreja Batista de João Pessoa (PB) adquiriu mil exemplares de O Discípulo Radical, de John Stott, também com o objetivo de estudá-lo em suas classes de domingo. O projeto Missão na Íntegra, do Pr. Ariovaldo Ramos, escolheu os temas deste mesmo livro para serem discutidos por pensadores cristãos. No início do ano passado, a Igreja Presbiteriana Betânia (RJ) realizou uma série de aulas dominicais com preletores de fora para discutir cada ponto de Por Que Sou Cristão.
Mais do que nos alegrarmos com as vendas de tais livros, vale perceber que em um contexto de plasticidade exterior e superficialidade interior ainda é possível aproveitar efetivamente o conteúdo do que publica. Feito isso sozinho ou em comunidade, em desejo sincero de aprender, de ouvir e de falar, poderemos afirmar que o livro cumpriu seu papel.
Que Deus faça uso do nosso catálogo para o cumprimento da sua obra no mundo.
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Catálogo da Ultimato
25 Livros Que Todo Cristão Deveria Ler
Antologia de Poetas Evangélicos
No caso da 23º Bienal Internacional do Livro de São Paulo, mais de 400 atrações foram programadas para acontecer. É tanta coisa que o site oficial do evento precisou organizar as atividades por ordem alfabética. Leituras mediadas, espaços silenciosos para a prática, jogos, autores apresentando seus livros, bibliotecas para empréstimos de publicações, convergências de impresso com o digital... Enfim, muito sobre livros, leitores e escritores.
Já na 12ª edição da charmosa Feira Literária de Paraty (RJ), foi possível ver e ouvir muita gente. Como contou nosso editor Marcos Bontempo, que esteve lá: “Não faltam mesas para leitores de muitos talheres. O livro é um detalhe”.
Isso tudo, obviamente, é muito bom: para a educação, para as editoras e para quem gosta de livros. No entanto, no meio desta “floresta” há sempre atalhos que podem nos levar a lugar nenhum. Um deles é valorizarmos mais uma postura performática do escritor do que necessariamente o conteúdo do seu livro. Nas palavras do próprio curador da FLIP, Paulo Wernerck, ao G1, “hoje, o escritor é uma figura que tem um aspecto de performance”.
Além disso, por mais que os livros devam falar sobre o cotidiano da vida, há também o risco de usá-los como manobra para modismos midiáticos convenientes. Não raro, os livros se tornam meras estratégias para apresentadores de TV ou roteiristas de filmes. Nada contra, se considerarmos a oportunidade de conhecimento. Mas também nada a favor, se o livro torna-se um “mal necessário” na trilha publicitária de quem não tem – nem quer ter - familiaridade com a escrita.
Tempos atrás alguns crentes diziam que não adiantava deixar a Bíblia aberta no Salmo 23 em um destacado espaço da sala de estar. Era preciso lê-la. Só assim comprovaríamos que levamos a sério a riqueza nela contida. Curioso dizer, mas corremos o risco de pelo muito falar de livros, pouco lê-los. O fato é que livro bom é livro lido.
Não obstante, temos mais motivos para comemorar do que para lamentar. Ultimato quem o diga. Na árdua caminhada de uma editora de pequeno porte com cerca de 200 títulos publicados, celebramos os frutos que surgem. Igrejas como a Batista do Morumbi (SP) têm adotado títulos do nosso catálogo em suas classes de escola dominical. A 1ª Igreja Batista de João Pessoa (PB) adquiriu mil exemplares de O Discípulo Radical, de John Stott, também com o objetivo de estudá-lo em suas classes de domingo. O projeto Missão na Íntegra, do Pr. Ariovaldo Ramos, escolheu os temas deste mesmo livro para serem discutidos por pensadores cristãos. No início do ano passado, a Igreja Presbiteriana Betânia (RJ) realizou uma série de aulas dominicais com preletores de fora para discutir cada ponto de Por Que Sou Cristão.
Mais do que nos alegrarmos com as vendas de tais livros, vale perceber que em um contexto de plasticidade exterior e superficialidade interior ainda é possível aproveitar efetivamente o conteúdo do que publica. Feito isso sozinho ou em comunidade, em desejo sincero de aprender, de ouvir e de falar, poderemos afirmar que o livro cumpriu seu papel.
Que Deus faça uso do nosso catálogo para o cumprimento da sua obra no mundo.
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