Opinião
- 17 de outubro de 2011
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Lausanne desde Cape Town 2010
A maior emoção de um alpinista, quando sua adrenalina chega aos níveis mais altos, é quando alcança o pico de uma montanha muito alta. Todo montanhista sabe, no entanto, que o objetivo final não é chegar ao cume: uma escalada só é bem-sucedida se o alpinista consegue também descer com segurança à base da montanha.
O Congresso de Lausanne 2010, na Cidade do Cabo, África do Sul, foi uma experiência emocionante para todos nós que estivemos lá. Quem poderia esquecer a grande emoção de chegar à tão bela cidade, no extremo sul de tão vasto continente? Quem poderia esquecer o som dos percussionistas que se encontraram conosco no aeroporto, ou o calor da hospitalidade de nossos anfitriões sul-africanos, além de sua incrível eficiência em fazer o registro de um ajuntamento global de participantes em um período de 24 horas?
Você se lembra da alegria e surpresa que experimentamos ao encontrar amigos – antigos e novos – de todo o mundo?
Tantas lembranças e imagens vêm às nossas mentes: cerimônias de abertura; estudos bíblicos diários; culto cheio de júbilo; testemunhos poderosos, incluindo a jovem da Coreia do Norte; discussões em grupo; plenárias matinais focadas nos seis temas do Congresso; sessões “multiplex” de diálogo; as sessões noturnas com relatórios regionais de “Deus Está em Ação” e as cerimônias de encerramento profundamente comoventes e espiritualmente ricas. Enquanto celebrávamos a Ceia do Senhor na última noite, era como se chegássemos ao ponto mais alto de nossa experiência compartilhada. Depois, seguimos para fora do auditório, como um lembrete de que ainda somos um povo peregrino.
O esforço da subida valeu a pena? Deveríamos ter gasto todo esse tempo, energia e dinheiro, para não mencionar todo o “sangue, suor e lágrimas”, para convocar um congresso global de 10 dias? Como vai ser avaliado e como poderia ser comparado a Lausanne 1974 e Edimburgo 1910? Cape Town 2010 irá revelar-se um Congresso de importância mundial e conseqüência eterna?
Felizmente, aqueles de nós que estavam envolvidos na liderança da “expedição” não ficaram sobrecarregados com essas questões. Tivemos um chamado claro, a experiência de uma equipe de trabalho global e temos plena certeza de que demos o nosso melhor e fizemos o nosso melhor. Usamos o tempo de caminhada para buscar a orientação de Deus e louvá-lo pelas muitas evidências de Sua presença e bênção. Sabíamos, porém, que o Congresso teria deficiências. A equipe de liderança, funcionários e voluntários era inteiramente composta por seres humanos e, portanto, sujeita a limitações! Ainda bem que esta perspectiva nos permite lidar com o sucesso como razão para louvor, e com a decepção como razão para a humildade, perseverança e esperança.
Em vez de nos sobrecarregarmos com perguntas que dizem respeito ao passado, nos motivamos pela busca do futuro. Trabalhamos e oramos para ver a proposta dos dez dias no evento Cape Town 2010 traduzida em sólidos progressos na evangelização mundial nos próximos 10 anos do Movimento Lausanne.
O Compromisso de Cape Town (CTC, na sigla em inglês) será o nosso roteiro para a próxima década. Escrito na prosa elevada do amor ágape, este documento representa o popósito do consenso da Igreja ao redor do mundo com relação às nossas prioridades no que diz respeito à evangelização mundial. O Compromisso foi traduzido para mais de vinte línguas.
Para garantir que manteremos o foco nas prioridades articuladas no presente documento, nomearemos um associado sênior de Lausanne para cada uma das 30 questões mais relevantes. Cada um dos associados, por sua vez, será assistido por uma organização ou rede. Em breve estarão concluídos um novo Guia de Estudo CTC, um currículo para uso em colégios e seminários, e um outro currículo para uso em igrejas locais e grupos de estudo para adultos.
O desenrolar dos acontecimentos neste primeiro ano desde o Terceiro Congresso Lausanne tem forte indício da bênção de Deus. Uma das mais claras indicações da vitalidade de um movimento é olhar para o calibre das pessoas que são atraídas para servir no seu conselho, e avaliar as pessoas que se voluntariam para representá-lo a nível local. As 21 pessoas que compõem o novo Conselho de Lausanne são equivalentes a um “conselho de anciãos” global, guiando a Igreja com respeito a sua missão global. Somos abençoados com homens e mulheres pertencentes às correntes mais importantes da igreja, de todas as 12 regiões do mundo, e que vêm de igrejas, missões, instituições acadêmicas, bem como do governo, corporações e outras profissões. Nós também somos líderes abençoados, que servem como Diretores Adjuntos Internacionais, nas 12 regiões do mundo.
Lausanne é um movimento. A fim de que seja útil para a Igreja, deve continuar a fornecer informações e um fluxo constante de novas ideias e rico capital intelectual. Ao mesmo tempo, deve continuar a conectar líderes que assimilem as ideias e gerem novas iniciativas, catalisando novas parcerias.
Costumamos dizer que “o fruto do Movimento Lausanne sempre cresce em árvores alheias!”. Isso está ocorrendo em todo o mundo, a cada semana do ano. Consultas estão sendo realizadas. Livros estão sendo publicados. Parcerias estão sendo firmadas. Regozijamo-nos e damos graças a Deus por isso.
Faze-o novamente, Senhor!
Escrevo hoje para você de Oxford, Inglaterra. Foi nesta cidade que recebi pela primeira vez a visão para o Terceiro Congresso, enquanto estudava aqui na Biblioteca Bodleian em uma noite de sábado, em janeiro de 2004. Naquela noite, eu simplesmente orei: "Faze-o novamente, Senhor. Nos una. Dê-nos energia. Use-nos. Faze algo grande em nossa geração".
Essa oração foi respondida de formas que estavam além do que eu poderia ter pedido ou imaginado sete anos atrás. Deixe-me apenas mencionar cinco assuntos pelos quais eu louvo a Deus:
1. O processo de unir a Igreja mundial nos deu a oportunidade de fazer amizades, de nos encararmos como a entidade mais abrangente do planeta, de escutar o que pensamos e de perceber nosso discurso, experimentando a sensação de que, juntos, somos muito maiores do que jamais poderíamos imaginar;
2. A exposição diária de textos bíblicos deu-nos um sentido renovado da “bem-aventurança do prazer na Lei do Senhor”. Ouvir pessoas de seis diferentes partes do mundo serviu para reforçar a centralidade da Palavra de Deus como fonte da verdade para tudo o que fazemos;
3. O tema geral de reconciliação (“Deus estava, em Cristo, reconciliando consigo o mundo”) do Congresso, junto com os laços de comunhão em torno das mesas de seis pessoas, e depois articulada no Compromisso de Cape Town (CTC) na linguagem do amor, proporcionou esperança à Igreja como povo reconciliado e agentes de reconciliação.
4. A prioridade dada ao testemunho de Cristo entre os muçulmanos e pessoas de outras religiões nos ajudou a recuperar a nossa coragem para o evangelismo. A prioridade dada às realidades do século 21, como megalópoles, pessoas em diáspora e crianças em risco, nos ajudou a aguçar o nosso foco; A oportunidade de ouvir histórias atuais de fé, coragem e martírio nos ajudou a intensificar a nossa vontade de servir a Cristo até nos confins da terra e até a morte;
5. O chamado para a autenticidade é um dos que ecoa em meu coração e na minha mente todos os dias. Oro para que, um dia, sejamos uma igreja HIS, procurando ser pessoas de Humildade, Integridade e Simplicidade.
Cape Town 2010 é, agora, parte da História. O Congresso foi concluído, com a graça de Deus. O Movimento tem sido globalmente revitalizado para a glória de Deus.
Nossa oração é que historiadores, no futuro, digam que éramos “[...] como os homens de Issacar, que entendiam seu tempo e sabiam o que o povo de Deus devia fazer”, e que éramos como o rei Davi, que “cumpriu os propósitos de Deus em sua geração”.
Que assim seja, para a glória de Deus.
_________
Doug Birdsall é o presidente executivo do Movimento Lausanne
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O Congresso de Lausanne 2010, na Cidade do Cabo, África do Sul, foi uma experiência emocionante para todos nós que estivemos lá. Quem poderia esquecer a grande emoção de chegar à tão bela cidade, no extremo sul de tão vasto continente? Quem poderia esquecer o som dos percussionistas que se encontraram conosco no aeroporto, ou o calor da hospitalidade de nossos anfitriões sul-africanos, além de sua incrível eficiência em fazer o registro de um ajuntamento global de participantes em um período de 24 horas?
Você se lembra da alegria e surpresa que experimentamos ao encontrar amigos – antigos e novos – de todo o mundo?
Tantas lembranças e imagens vêm às nossas mentes: cerimônias de abertura; estudos bíblicos diários; culto cheio de júbilo; testemunhos poderosos, incluindo a jovem da Coreia do Norte; discussões em grupo; plenárias matinais focadas nos seis temas do Congresso; sessões “multiplex” de diálogo; as sessões noturnas com relatórios regionais de “Deus Está em Ação” e as cerimônias de encerramento profundamente comoventes e espiritualmente ricas. Enquanto celebrávamos a Ceia do Senhor na última noite, era como se chegássemos ao ponto mais alto de nossa experiência compartilhada. Depois, seguimos para fora do auditório, como um lembrete de que ainda somos um povo peregrino.
O esforço da subida valeu a pena? Deveríamos ter gasto todo esse tempo, energia e dinheiro, para não mencionar todo o “sangue, suor e lágrimas”, para convocar um congresso global de 10 dias? Como vai ser avaliado e como poderia ser comparado a Lausanne 1974 e Edimburgo 1910? Cape Town 2010 irá revelar-se um Congresso de importância mundial e conseqüência eterna?
Felizmente, aqueles de nós que estavam envolvidos na liderança da “expedição” não ficaram sobrecarregados com essas questões. Tivemos um chamado claro, a experiência de uma equipe de trabalho global e temos plena certeza de que demos o nosso melhor e fizemos o nosso melhor. Usamos o tempo de caminhada para buscar a orientação de Deus e louvá-lo pelas muitas evidências de Sua presença e bênção. Sabíamos, porém, que o Congresso teria deficiências. A equipe de liderança, funcionários e voluntários era inteiramente composta por seres humanos e, portanto, sujeita a limitações! Ainda bem que esta perspectiva nos permite lidar com o sucesso como razão para louvor, e com a decepção como razão para a humildade, perseverança e esperança.
Em vez de nos sobrecarregarmos com perguntas que dizem respeito ao passado, nos motivamos pela busca do futuro. Trabalhamos e oramos para ver a proposta dos dez dias no evento Cape Town 2010 traduzida em sólidos progressos na evangelização mundial nos próximos 10 anos do Movimento Lausanne.
O Compromisso de Cape Town (CTC, na sigla em inglês) será o nosso roteiro para a próxima década. Escrito na prosa elevada do amor ágape, este documento representa o popósito do consenso da Igreja ao redor do mundo com relação às nossas prioridades no que diz respeito à evangelização mundial. O Compromisso foi traduzido para mais de vinte línguas.
Para garantir que manteremos o foco nas prioridades articuladas no presente documento, nomearemos um associado sênior de Lausanne para cada uma das 30 questões mais relevantes. Cada um dos associados, por sua vez, será assistido por uma organização ou rede. Em breve estarão concluídos um novo Guia de Estudo CTC, um currículo para uso em colégios e seminários, e um outro currículo para uso em igrejas locais e grupos de estudo para adultos.
O desenrolar dos acontecimentos neste primeiro ano desde o Terceiro Congresso Lausanne tem forte indício da bênção de Deus. Uma das mais claras indicações da vitalidade de um movimento é olhar para o calibre das pessoas que são atraídas para servir no seu conselho, e avaliar as pessoas que se voluntariam para representá-lo a nível local. As 21 pessoas que compõem o novo Conselho de Lausanne são equivalentes a um “conselho de anciãos” global, guiando a Igreja com respeito a sua missão global. Somos abençoados com homens e mulheres pertencentes às correntes mais importantes da igreja, de todas as 12 regiões do mundo, e que vêm de igrejas, missões, instituições acadêmicas, bem como do governo, corporações e outras profissões. Nós também somos líderes abençoados, que servem como Diretores Adjuntos Internacionais, nas 12 regiões do mundo.
Lausanne é um movimento. A fim de que seja útil para a Igreja, deve continuar a fornecer informações e um fluxo constante de novas ideias e rico capital intelectual. Ao mesmo tempo, deve continuar a conectar líderes que assimilem as ideias e gerem novas iniciativas, catalisando novas parcerias.
Costumamos dizer que “o fruto do Movimento Lausanne sempre cresce em árvores alheias!”. Isso está ocorrendo em todo o mundo, a cada semana do ano. Consultas estão sendo realizadas. Livros estão sendo publicados. Parcerias estão sendo firmadas. Regozijamo-nos e damos graças a Deus por isso.
Faze-o novamente, Senhor!
Escrevo hoje para você de Oxford, Inglaterra. Foi nesta cidade que recebi pela primeira vez a visão para o Terceiro Congresso, enquanto estudava aqui na Biblioteca Bodleian em uma noite de sábado, em janeiro de 2004. Naquela noite, eu simplesmente orei: "Faze-o novamente, Senhor. Nos una. Dê-nos energia. Use-nos. Faze algo grande em nossa geração".
Essa oração foi respondida de formas que estavam além do que eu poderia ter pedido ou imaginado sete anos atrás. Deixe-me apenas mencionar cinco assuntos pelos quais eu louvo a Deus:
1. O processo de unir a Igreja mundial nos deu a oportunidade de fazer amizades, de nos encararmos como a entidade mais abrangente do planeta, de escutar o que pensamos e de perceber nosso discurso, experimentando a sensação de que, juntos, somos muito maiores do que jamais poderíamos imaginar;
2. A exposição diária de textos bíblicos deu-nos um sentido renovado da “bem-aventurança do prazer na Lei do Senhor”. Ouvir pessoas de seis diferentes partes do mundo serviu para reforçar a centralidade da Palavra de Deus como fonte da verdade para tudo o que fazemos;
3. O tema geral de reconciliação (“Deus estava, em Cristo, reconciliando consigo o mundo”) do Congresso, junto com os laços de comunhão em torno das mesas de seis pessoas, e depois articulada no Compromisso de Cape Town (CTC) na linguagem do amor, proporcionou esperança à Igreja como povo reconciliado e agentes de reconciliação.
4. A prioridade dada ao testemunho de Cristo entre os muçulmanos e pessoas de outras religiões nos ajudou a recuperar a nossa coragem para o evangelismo. A prioridade dada às realidades do século 21, como megalópoles, pessoas em diáspora e crianças em risco, nos ajudou a aguçar o nosso foco; A oportunidade de ouvir histórias atuais de fé, coragem e martírio nos ajudou a intensificar a nossa vontade de servir a Cristo até nos confins da terra e até a morte;
5. O chamado para a autenticidade é um dos que ecoa em meu coração e na minha mente todos os dias. Oro para que, um dia, sejamos uma igreja HIS, procurando ser pessoas de Humildade, Integridade e Simplicidade.
Cape Town 2010 é, agora, parte da História. O Congresso foi concluído, com a graça de Deus. O Movimento tem sido globalmente revitalizado para a glória de Deus.
Nossa oração é que historiadores, no futuro, digam que éramos “[...] como os homens de Issacar, que entendiam seu tempo e sabiam o que o povo de Deus devia fazer”, e que éramos como o rei Davi, que “cumpriu os propósitos de Deus em sua geração”.
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