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- 16 de junho de 2015
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Indicadores alertam para crianças e adolescentes em risco no Norte e Nordeste
As regiões Norte e Nordeste apresentam os piores indicadores de saneamento básico, pobreza, moradia, violência, proteção, educação e saúde em relação ao público infantojuvenil. O relatório “Cenário da Infância e Adolescência no Brasil”, da Fundação Abrinq – Save the Children, que analisa os principais indicadores da infância e adolescência, alerta para os desafios que ainda existem para efetivação e garantia dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil.
Apesar dos avanços que o país tem demonstrado, as diferenças regionais de distribuição de renda e nível de escolaridade contribuem fortemente para as desigualdades de oportunidades da população infantojuvenil. O Norte e Nordeste têm os piores resultados em oito dos nove indicadores analisados.
A Região Norte, que possui a maior proporção de crianças e adolescentes em sua população (40%), apresenta o pior percentual saneamento básico do país. São mais de 1 milhão de domicílios sem acesso a rede água e mais de 2 milhões sem acesso a rede de esgotamento sanitário. No Nordeste, mais de 50% da população também não tem acesso a esgotamento sanitário.
O indicador de violência mostrou que o Nordeste tem o maior percentual de homicídios. Foram mais 20 mil homicídios em 2012, dos quais 20,30% foram de pessoas entre 0 e 19 anos. A Região ocupa também o segundo lugar no quesito trabalho infantil, considerando pessoas entre 5 e 17 anos. São 1.057.357 crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil.
O Norte figura o primeiro lugar entre as regiões no quesito abandono e distorção série-idade, tanto no ensino fundamental como no médio. Os números mostram que 13,4% dos adolescentes abandonam a escola durante o ensino médio. Além de apresentar o maior percentual de gravidez na adolescência (184.689 nascidos de mulheres entre 10 a 19 anos), a Região também tem a maior taxa de mortalidade infantil, entre menores de 1 ano: 16,5% para 1.000 nascidos vivos.
No indicador de pobreza (imagem à direita), a Região Nordeste ocupa o primeiro lugar com mais de 11 milhões de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza. Na faixa etária de 0 a 14 anos, mais de 4 milhões de crianças e adolescentes nordestinas são extremamente pobres. A extrema pobreza se configura quando pessoas vivem com renda domiciliar per capita mensal inferior a um quarto do salário mínimo.
A publicação da Abrinq também apresenta dez proposições legislativas que incidem no bem estar do público infantojuvenil. A organização reforçou sua posição contrária a PEC 171 que trata da redução da maioridade penal. “A organização observa que os adolescentes são mais vítimas de violações que violadores de direitos”, explica o relatório.
No Brasil, existem organizações cristãs que trabalham na proteção e promoção do bem estar de crianças e adolescentes. Conheça algumas delas: Rede Mãos Dadas, Renas, Visão Mundial e Tearfund.
Clique aqui e acesso o relatório completo.
Imagens: Relatório Cenário da Infância e Adolescência no Brasil.
Apesar dos avanços que o país tem demonstrado, as diferenças regionais de distribuição de renda e nível de escolaridade contribuem fortemente para as desigualdades de oportunidades da população infantojuvenil. O Norte e Nordeste têm os piores resultados em oito dos nove indicadores analisados.
A Região Norte, que possui a maior proporção de crianças e adolescentes em sua população (40%), apresenta o pior percentual saneamento básico do país. São mais de 1 milhão de domicílios sem acesso a rede água e mais de 2 milhões sem acesso a rede de esgotamento sanitário. No Nordeste, mais de 50% da população também não tem acesso a esgotamento sanitário.
O indicador de violência mostrou que o Nordeste tem o maior percentual de homicídios. Foram mais 20 mil homicídios em 2012, dos quais 20,30% foram de pessoas entre 0 e 19 anos. A Região ocupa também o segundo lugar no quesito trabalho infantil, considerando pessoas entre 5 e 17 anos. São 1.057.357 crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil.
O Norte figura o primeiro lugar entre as regiões no quesito abandono e distorção série-idade, tanto no ensino fundamental como no médio. Os números mostram que 13,4% dos adolescentes abandonam a escola durante o ensino médio. Além de apresentar o maior percentual de gravidez na adolescência (184.689 nascidos de mulheres entre 10 a 19 anos), a Região também tem a maior taxa de mortalidade infantil, entre menores de 1 ano: 16,5% para 1.000 nascidos vivos.
No indicador de pobreza (imagem à direita), a Região Nordeste ocupa o primeiro lugar com mais de 11 milhões de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza. Na faixa etária de 0 a 14 anos, mais de 4 milhões de crianças e adolescentes nordestinas são extremamente pobres. A extrema pobreza se configura quando pessoas vivem com renda domiciliar per capita mensal inferior a um quarto do salário mínimo.
A publicação da Abrinq também apresenta dez proposições legislativas que incidem no bem estar do público infantojuvenil. A organização reforçou sua posição contrária a PEC 171 que trata da redução da maioridade penal. “A organização observa que os adolescentes são mais vítimas de violações que violadores de direitos”, explica o relatório.
No Brasil, existem organizações cristãs que trabalham na proteção e promoção do bem estar de crianças e adolescentes. Conheça algumas delas: Rede Mãos Dadas, Renas, Visão Mundial e Tearfund.
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