Prateleira
- 23 de novembro de 2007
- Visualizações: 4792
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Fanatismo não é privilégio dos crentes
É preciso pedir licença para sair do armário. Armário “sagrado”, diga-se de passagem. Com a devida vênia, confesso que sou religioso. E, pasmem, a liberdade religiosa parece não cair bem para os que não crêem. O fundamentalismo secularista insiste em emudecer os crentes e, como chamou atenção o cientista político e bispo anglicano Robinson Cavalcanti, é violento e carregado de fúria.
Basta ler ou ouvir intelectuais de plantão para que a religião e os que crêem sejam jogados para as cavernas, chamados de atrasados, obscurantistas, entre outros adjetivos menos recomendáveis. É clara a tentativa de intimidar o livre pensar com base em convicções e valores bíblicos. O procurador da República JOÃO HELIOFAR DE JESUS VILLAR, em artigo na Folha de S. Paulo (para assinantes), expõe melhor a pendenga: “O que gera o obscurantismo não é a fé, mas a proibição do dissenso, falha na qual incorrem muitos ao invocar o Estado laico para, em discussões oficiais, fechar a boca de quem crê em Deus”.
Para minha surpresa, o procurador menciona Armand Nicholi, professor de psiquiatria em Harvard (EUA), que “dividia a humanidade em duas classes: os que crêem em Deus e os que não crêem. As visões de mundo de uns e de outros são radicalmente diferentes”. Para o leitor de Prateleira, entrego o ouro. A citação completa está em Deus em Questão: C. S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida, da lavra de Nicholi. Aliás, a citação é também um resumo da obra, que, nas palavras do próprio autor, é “contemplar a vida humana, a partir de dois pontos de vista diametralmente opostos: o da fé e o da incredulidade. [...] Nenhum de nós é capaz de tolerar a noção de que a nossa visão de mundo possa estar baseada em pressupostos falsos [...]. Tendemos a descartar e contradizer a visão de mundo que rejeitamos.”
O título do artigo publicado pela “Folha” é “Discurso religioso, aborto e Estado laico”. Com uma pitada de ironia, o procurador sugere que talvez seja “conveniente discutir sobre aborto sem os padres na sala...”. E faz uma pergunta relevante: seria uma opção pluralista? Enfim, o autor concorda com Paul Freston, que em seu Religião e Política, Sim; Igreja e Estado, Não afirma: “O papel do Estado não é defender ou promover uma determinada igreja ou religião. Entretanto, dizer que a religião nada tem a ver com a ação política é lógica e historicamente falso”. Na verdade, sua conclusão é ainda mais didática: “Para ser fanático, não é preciso ser religioso e o obscurantismo não é fruto do fato de o sujeito crer em Deus”.
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• A violência do fundamentalismo secularista, ed. 292
Leia o livro
• Deus em Questão: C. S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida, Armand Nicholi
• Religião e Política, sim; Igreja e Estado, não, Paul Freston
Para receber Ultimato em casa, assine aqui.
Basta ler ou ouvir intelectuais de plantão para que a religião e os que crêem sejam jogados para as cavernas, chamados de atrasados, obscurantistas, entre outros adjetivos menos recomendáveis. É clara a tentativa de intimidar o livre pensar com base em convicções e valores bíblicos. O procurador da República JOÃO HELIOFAR DE JESUS VILLAR, em artigo na Folha de S. Paulo (para assinantes), expõe melhor a pendenga: “O que gera o obscurantismo não é a fé, mas a proibição do dissenso, falha na qual incorrem muitos ao invocar o Estado laico para, em discussões oficiais, fechar a boca de quem crê em Deus”.
Para minha surpresa, o procurador menciona Armand Nicholi, professor de psiquiatria em Harvard (EUA), que “dividia a humanidade em duas classes: os que crêem em Deus e os que não crêem. As visões de mundo de uns e de outros são radicalmente diferentes”. Para o leitor de Prateleira, entrego o ouro. A citação completa está em Deus em Questão: C. S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida, da lavra de Nicholi. Aliás, a citação é também um resumo da obra, que, nas palavras do próprio autor, é “contemplar a vida humana, a partir de dois pontos de vista diametralmente opostos: o da fé e o da incredulidade. [...] Nenhum de nós é capaz de tolerar a noção de que a nossa visão de mundo possa estar baseada em pressupostos falsos [...]. Tendemos a descartar e contradizer a visão de mundo que rejeitamos.”
O título do artigo publicado pela “Folha” é “Discurso religioso, aborto e Estado laico”. Com uma pitada de ironia, o procurador sugere que talvez seja “conveniente discutir sobre aborto sem os padres na sala...”. E faz uma pergunta relevante: seria uma opção pluralista? Enfim, o autor concorda com Paul Freston, que em seu Religião e Política, Sim; Igreja e Estado, Não afirma: “O papel do Estado não é defender ou promover uma determinada igreja ou religião. Entretanto, dizer que a religião nada tem a ver com a ação política é lógica e historicamente falso”. Na verdade, sua conclusão é ainda mais didática: “Para ser fanático, não é preciso ser religioso e o obscurantismo não é fruto do fato de o sujeito crer em Deus”.
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• A violência do fundamentalismo secularista, ed. 292
Leia o livro
• Deus em Questão: C. S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida, Armand Nicholi
• Religião e Política, sim; Igreja e Estado, não, Paul Freston
Para receber Ultimato em casa, assine aqui.
- 23 de novembro de 2007
- Visualizações: 4792
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Leia mais em Prateleira
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
- + vendidos
- + vistos