Opinião
- 28 de maio de 2009
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Enchentes no Maranhão: o que as imagens escondem
Lyndon Araújo
O que a mídia tem divulgado não corresponde à totalidade da situação extremamente crítica que o interior do Maranhão está vivendo. As imagens escondem a realidade das populações afetadas pelas águas. Há centenas de povoados em áreas mais para "dentro" das cidades que estão ilhados e desassistidos. As enchentes acentuaram a condição outrora precária da infra-estrutura do estado, piorando o que já estava decadente. A fatia miserável da população, que só pode morar nas ribanceiras dos rios, foi a mais afetada. Por paradoxal que pareça, para algumas famílias já assistidas a situação atual está garantindo mais alimento, mais roupa, mais assistência do que antes das enchentes. Contudo a maioria ainda permanece sem condições de reação à essa situação.
Algumas denúncias, necessidades e desafios:
- Muitas crianças estão com fome, doentes e sem água potável para beber. Faltam comida, remédio e água.
- Uso político da distribuição dos alimentos, roupas e outros mantimentos. Faltam denúncia e uma ação desinteressada e independente dos políticos locais.
- Negligência do poder público em dar condições para a Defesa Civil e para o Corpo de Bombeiros trabalharem (exemplo: mais lanchas para percorrerem lugares distantes). Falta reivindicação.
- Recuperação de postos de saúde alagados pelas águas como pontos de assistência à população doente.
- Ansiedade das famílias em voltar para suas casas destruídas pelas águas, com suas roças também destruídas, sem condições de retomarem suas atividades de sobrevivência. Falta um programa de reconstrução de casas e de reativação das atividades produtivas com alternativas.
- Entre as muitas cidades em situação crítica estão: Pedreiras, Trizidela do Vale, Bacabal, Itapecuru-Mirim, Timbiras, Cajari, Viana, Rosário e Peritoró. Porém existem muitas outras!
O que a mídia tem divulgado não corresponde à totalidade da situação extremamente crítica que o interior do Maranhão está vivendo. As imagens escondem a realidade das populações afetadas pelas águas. Há centenas de povoados em áreas mais para "dentro" das cidades que estão ilhados e desassistidos. As enchentes acentuaram a condição outrora precária da infra-estrutura do estado, piorando o que já estava decadente. A fatia miserável da população, que só pode morar nas ribanceiras dos rios, foi a mais afetada. Por paradoxal que pareça, para algumas famílias já assistidas a situação atual está garantindo mais alimento, mais roupa, mais assistência do que antes das enchentes. Contudo a maioria ainda permanece sem condições de reação à essa situação.
Algumas denúncias, necessidades e desafios:
- Muitas crianças estão com fome, doentes e sem água potável para beber. Faltam comida, remédio e água.
- Uso político da distribuição dos alimentos, roupas e outros mantimentos. Faltam denúncia e uma ação desinteressada e independente dos políticos locais.
- Negligência do poder público em dar condições para a Defesa Civil e para o Corpo de Bombeiros trabalharem (exemplo: mais lanchas para percorrerem lugares distantes). Falta reivindicação.
- Recuperação de postos de saúde alagados pelas águas como pontos de assistência à população doente.
- Ansiedade das famílias em voltar para suas casas destruídas pelas águas, com suas roças também destruídas, sem condições de retomarem suas atividades de sobrevivência. Falta um programa de reconstrução de casas e de reativação das atividades produtivas com alternativas.
- Entre as muitas cidades em situação crítica estão: Pedreiras, Trizidela do Vale, Bacabal, Itapecuru-Mirim, Timbiras, Cajari, Viana, Rosário e Peritoró. Porém existem muitas outras!
Lyndon de Araújo Santos é historiador, professor universitário e pastor da Igreja Evangélica Congregacional em São Luís, MA. Faz parte da Fraternidade Teológica Latino-americana - Setor Brasil (FTL-Br).
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