Opinião
- 24 de março de 2010
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Em defesa dos direitos dos órfãos de Marrocos
Nos últimos dias, o governo do Marrocos está expulsando do país trabalhadores voluntários de ONGs cristãs, em particular, os agentes da Aldeia da Esperança, sob alegação de proselitismo. As crianças são órfãs e, por anos, tinham esses voluntários como pais adotivos em suas casas-lares.
Leia abaixo a carta de um desses líderes (Jack Wald). Ore, divulgue, posicione-se em prol dessas crianças e pressione autoridades que possam influenciar.
“Foi um dia intenso, mas poucas notícias do que aconteceu na Aldeia da Esperança estão se espalhando por Marrocos e pelo mundo.
Na noite de segunda-feira, quando enviei a notícia sobre a expulsão da maioria dos líderes da Aldeia, eu estava totalmente chocado e o peso emocional do que aconteceu intensificou-se no dia seguinte.
O número de cristãos deportados do Marrocos cresceu e muitos cristãos estrangeiros, incluindo eu, estamos nos perguntando onde isso vai parar.
Os documentos apresentados no ato da expulsão acusam os cristãos da Aldeia da Esperança de proselitismo.
Quando minhas filhas eram pequenas, se eu tivesse descoberto que alguém as estava ensinando depois da escola sobre hinduísmo, islamismo ou qualquer outra filosofia, eu teria ficado indignado. Portanto, a afirmação de que essas crianças estavam sendo vitimas de proselitismo tem alguma verdade para eles – acontece que essas crianças não tinham outros pais.
Ain Leuh está em uma área conhecida pela prostituição em Marrocos. Quando as jovens engravidam, muitas vezes vêm para esta área para ter o bebê e depois são obrigadas por seus familiares a abandoná-lo. Em uma cultura baseada em honra e vergonha, uma mulher pode se casar se aparecer sangue nos lençóis do casamento, mesmo que todos saibam que ela não era virgem. Mas se ela tem um bebê, o casamento não pode acontecer. Assim, esses bebês são abandonados.
Em 1999, alguns cristãos pediram às autoridades permissão para reiniciar um orfanato que havia sido fechado há alguns anos e começar a cuidar destes bebês abandonados. Eles fizeram isso abertamente, como cristãos. Sua fé cristã nunca foi omitida.
O governador deu-lhes permissão e o processo de construção de casas, cozinha e refeitório começou. E eles passaram a tomar conta das crianças.
Ao longo dos anos, tem havido várias inspeções na Aldeia da Esperança por diferentes agências marroquinas. Os serviços sociais, de educação etc., em todos os casos, sempre deixaram os inspetores impressionados com a qualidade do atendimento. Durante todos estes anos, sempre esteve claro que as pessoas que estavam cuidando dessas crianças eram cristãs.
Este não era um orfanato institucional. Funcionava por meio de casas-lares. Cada casal tinha o compromisso de cuidar de um máximo de oito filhos e ficar com eles até que o último filho completasse dezoito anos. O objetivo era fornecer um ambiente familiar seguro e amoroso para essas crianças. Queríamos vê-las crescerem para se tornarem marroquinos patriotas, que amam a Deus, seu rei e seu país.
As crianças receberam instruções sobre o Islã, porque é impossível ser marroquino sem conhecer o Alcorão. A Aldeia da Esperança cumpriu a lei sobre o ensino islâmico. Mas os filhos também seguiram o modelo de seus pais. Isso é natural.
Teriam sido estas crianças vitimas de proselitismo? Se considerarmos as circunstâncias, veremos que elas foram resgatadas quando abandonadas; foram amadas e cuidadas.
Eu digo para os marroquinos, que agora estão tão interessados em retirar as crianças da influência de seus pais cristãos: "Onde você estava quando essas crianças foram abandonadas?". "Por que você concedeu permissão para que os cristãos resgatassem estas crianças abandonadas?"
Durante dez anos, os pais e os diretores da Aldeia da Esperança foram abertos e transparentes. Há dez anos que recebem relatórios positivos das inspeções que são feitas de tempos em tempos.
Ao contrário de muitos países, o processo não foi julgado em tribunais. Não existe processo legal. As autoridades chegaram, alegando que se tratava de questionamento de rotina e, em seguida, anunciaram que os pais e os funcionários deveriam arrumar as malas e ir embora. Sete horas depois, chegava o ônibus que arrancou, com lágrimas e gritos, as crianças dos pais e funcionários.
O governo confiscou as contas bancárias, a terra comprada pela Aldeia da Esperança, a casa e demais construções, os carros e outros veículos. Mas tudo isso seria aceito de bom grado se os pais pudessem continuar com seus filhos. Esta foi uma decisão cruel por parte das autoridades marroquinas.
Neste domingo teremos um culto de pesar por esta tragédia. Vamos pedir a Deus que cure o mal que temos experimentado e vamos orar pelos mais afetados: as crianças, os pais e outros agentes.
Há intensa pressão diplomática sobre o governo de Marrocos. Oro para que isso seja intensificado. A mídia está se mobilizando.
A questão não é só com os cristãos; é mais ampla. O governo fechou uma das revistas que era sua oponente e tem tomado medidas contra muçulmanos xiitas e homossexuais. Há uma mudança definitiva de política por parte do governo e a sociedade está perdendo a liberdade.
Escreva para a Embaixada do Reino do Marrocos em Brasília e apresente ao embaixador Mohamed Louafa a sua preocupação: sifamabr@onix.com.br.”
Leia abaixo a carta de um desses líderes (Jack Wald). Ore, divulgue, posicione-se em prol dessas crianças e pressione autoridades que possam influenciar.
“Foi um dia intenso, mas poucas notícias do que aconteceu na Aldeia da Esperança estão se espalhando por Marrocos e pelo mundo.
Na noite de segunda-feira, quando enviei a notícia sobre a expulsão da maioria dos líderes da Aldeia, eu estava totalmente chocado e o peso emocional do que aconteceu intensificou-se no dia seguinte.
O número de cristãos deportados do Marrocos cresceu e muitos cristãos estrangeiros, incluindo eu, estamos nos perguntando onde isso vai parar.
Os documentos apresentados no ato da expulsão acusam os cristãos da Aldeia da Esperança de proselitismo.
Quando minhas filhas eram pequenas, se eu tivesse descoberto que alguém as estava ensinando depois da escola sobre hinduísmo, islamismo ou qualquer outra filosofia, eu teria ficado indignado. Portanto, a afirmação de que essas crianças estavam sendo vitimas de proselitismo tem alguma verdade para eles – acontece que essas crianças não tinham outros pais.
Ain Leuh está em uma área conhecida pela prostituição em Marrocos. Quando as jovens engravidam, muitas vezes vêm para esta área para ter o bebê e depois são obrigadas por seus familiares a abandoná-lo. Em uma cultura baseada em honra e vergonha, uma mulher pode se casar se aparecer sangue nos lençóis do casamento, mesmo que todos saibam que ela não era virgem. Mas se ela tem um bebê, o casamento não pode acontecer. Assim, esses bebês são abandonados.
Em 1999, alguns cristãos pediram às autoridades permissão para reiniciar um orfanato que havia sido fechado há alguns anos e começar a cuidar destes bebês abandonados. Eles fizeram isso abertamente, como cristãos. Sua fé cristã nunca foi omitida.
O governador deu-lhes permissão e o processo de construção de casas, cozinha e refeitório começou. E eles passaram a tomar conta das crianças.
Ao longo dos anos, tem havido várias inspeções na Aldeia da Esperança por diferentes agências marroquinas. Os serviços sociais, de educação etc., em todos os casos, sempre deixaram os inspetores impressionados com a qualidade do atendimento. Durante todos estes anos, sempre esteve claro que as pessoas que estavam cuidando dessas crianças eram cristãs.
Este não era um orfanato institucional. Funcionava por meio de casas-lares. Cada casal tinha o compromisso de cuidar de um máximo de oito filhos e ficar com eles até que o último filho completasse dezoito anos. O objetivo era fornecer um ambiente familiar seguro e amoroso para essas crianças. Queríamos vê-las crescerem para se tornarem marroquinos patriotas, que amam a Deus, seu rei e seu país.
As crianças receberam instruções sobre o Islã, porque é impossível ser marroquino sem conhecer o Alcorão. A Aldeia da Esperança cumpriu a lei sobre o ensino islâmico. Mas os filhos também seguiram o modelo de seus pais. Isso é natural.
Teriam sido estas crianças vitimas de proselitismo? Se considerarmos as circunstâncias, veremos que elas foram resgatadas quando abandonadas; foram amadas e cuidadas.
Eu digo para os marroquinos, que agora estão tão interessados em retirar as crianças da influência de seus pais cristãos: "Onde você estava quando essas crianças foram abandonadas?". "Por que você concedeu permissão para que os cristãos resgatassem estas crianças abandonadas?"
Durante dez anos, os pais e os diretores da Aldeia da Esperança foram abertos e transparentes. Há dez anos que recebem relatórios positivos das inspeções que são feitas de tempos em tempos.
Ao contrário de muitos países, o processo não foi julgado em tribunais. Não existe processo legal. As autoridades chegaram, alegando que se tratava de questionamento de rotina e, em seguida, anunciaram que os pais e os funcionários deveriam arrumar as malas e ir embora. Sete horas depois, chegava o ônibus que arrancou, com lágrimas e gritos, as crianças dos pais e funcionários.
O governo confiscou as contas bancárias, a terra comprada pela Aldeia da Esperança, a casa e demais construções, os carros e outros veículos. Mas tudo isso seria aceito de bom grado se os pais pudessem continuar com seus filhos. Esta foi uma decisão cruel por parte das autoridades marroquinas.
Neste domingo teremos um culto de pesar por esta tragédia. Vamos pedir a Deus que cure o mal que temos experimentado e vamos orar pelos mais afetados: as crianças, os pais e outros agentes.
Há intensa pressão diplomática sobre o governo de Marrocos. Oro para que isso seja intensificado. A mídia está se mobilizando.
A questão não é só com os cristãos; é mais ampla. O governo fechou uma das revistas que era sua oponente e tem tomado medidas contra muçulmanos xiitas e homossexuais. Há uma mudança definitiva de política por parte do governo e a sociedade está perdendo a liberdade.
Escreva para a Embaixada do Reino do Marrocos em Brasília e apresente ao embaixador Mohamed Louafa a sua preocupação: sifamabr@onix.com.br.”
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