Em Cristo encontrei propósito

Por Gisele Souza

Estou indo para Custódia, no sertão de Pernambuco, servir os povos sertanejos e fazer Jesus conhecido por meio de palavras e ações assim como o conheci e obtive sentido, propósito e salvação.

Conheci a Cristo na minha adolescência aos 17 anos, e foi em um momento oportuno, pois estava na fase de diversos questionamentos sobre a minha existência e da humanidade. Sempre fui muito questionadora e buscava o sentido da vida. E cria que existia um Deus, mas era muito distante e inacessível.

Nasci e cresci em São Paulo e meu pai faleceu quando eu tinha quatro anos; sempre convivi com minha mãe, que por sinal me educou e cuidou de mim muito bem. E seguíamos o catolicismo.

Nesse período, os questionamentos cresciam dentro de mim e não encontrava a resposta no catolicismo; eu questionava também a existência de tantas outras igrejas e religiões. As perguntas que norteavam minha mente eram: “Quem sou eu?” “E para onde eu vou?” “Qual a finalidade da existência desse mundo?”

Então, uma amiga cristã na época começou a falar de Jesus de uma forma que eu não conhecia, de um modo relacional e próximo, e aos poucos fui me permitindo conhece-lo mais. Com um tempo ela me levou à igreja, da qual sou membro até hoje. Prestava atenção em tudo que era realizado, principalmente no momento da exposição da palavra. Até que eu comecei a ir sozinha. Compreendendo o amor e o perdão de Deus por mim, demonstrados através do sacrifício de Jesus na cruz, reconheci meu pecado e decidi me entregar e viver para ele. Comecei a aprender mais sobre a Bíblia e a me dedicar a viver e a obedecer a sua palavra, tendo a nova vida em Cristo, e obtendo as respostas para minhas crises existenciais, tendo sentido e propósito.

E, assim, fui me desenvolvendo e crescendo no conhecimento de Deus, servindo em todas as áreas da igreja que tinha oportunidade: trabalhando com jovens na área de ensino, e gostava muito do evangelismo; participando nos cultos e em oficinas; ouvindo os testemunhos de missionários que participavam conosco; em alguns impactos evangelísticos no carnaval de São Paulo e em comunidades próximas à igreja; no Projeto IDE, um projeto em que atendíamos idosas e fazíamos discipulado com elas.

Com todo envolvimento na igreja, no meu coração guardava o amor por missões e o desejo de ser missionária. Mas, seguia trabalhando e estudando, com o objetivo de me preparar para o serviço missionário de forma integral e usar minhas habilidades profissionais, naturais e espirituais em prol do reino de Deus, para que seu nome fosse glorificado. Sempre que havia oportunidades no meu dia a dia eu falava do amor de Cristo.

Minha mãe, através da transformação que observou em minha vida, e do entendimento do evangelho, teve também seu encontro pessoal com Jesus.

Depois de algum tempo, com o reconhecimento da minha vocação missionária, a igreja me enviou para o Centro Evangélico de Missões (CEM) em Viçosa, MG, para me preparar para o trabalho missionário. Na cidade trabalhei com ensino, com jovens universitários, na igreja local e em uma comunidade quilombola.

Me formei e estou indo para Custódia, no sertão de Pernambuco. Sempre tive o desejo de servir com os povos sertanejos e fazer Jesus conhecido por meio de palavras e ações a todo homem de modo a alcançar todas as áreas de sua vida, através da proclamação das boas novas de Jesus – assim como o conheci e obtive sentido, propósito e salvação.

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