Opinião
- 17 de junho de 2024
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Discipular enquanto se aprende a ser discípulo
O discipulado é sobre Jesus e sua suficiência, não sobre nós e nossas carências
Por Michelle Baggio Donato
Para quem conhece a esperança que Jesus traz, o discipulado é um fato. Uma vez tendo acesso à obra redentora que Ele nos estendeu na cruz, o convite é feito a nós: segui-Lo. E não demora para que essa proposta vá além: auxiliar outros a aprenderem a caminhar com Jesus de Nazaré até a eternidade com Ele.
No correr dos dois mil anos da Igreja, esse processo passou a ser chamado "discipulado". Muitas vezes, acabamos por associá-lo a várias outras coisas: um passo a passo linear, uma programação, quiçá até mesmo uma relação de subjugação do outro, e esquecemos que o discipulado é sobre trilhar um caminho, não sobre realizar um evento ou cumprir uma agenda; sobre Jesus e sua suficiência, não sobre nós e nossas carências.
Em uma era imediatista, produtivista e pragmática, em que qualquer coisa pode se tornar um tutorial coreografado no TikTok ou um curso pago online, discipular requer de nós entender que estamos apontando para um caminho estreito (Mt 7.14) cujo final é a eternidade com Deus – enquanto aprendemos a traçar esse mesmo caminho, ansiando pela eternidade, experimentando vislumbres dela no tempo presente.
Assim, o discipulado é processo e é dinâmico. Jesus é a esperança viva (1Pe 1.3). Viver seguindo Jesus e acompanhar pessoas que buscam fazer o mesmo nos mostrará isso. Várias situações adversas nos ensinarão, não apenas sobre como lidar com o outro que espera de nós, mas com nós mesmos e nossa dependência de Deus.
Teremos de lidar com a inconstância, com os altos e baixos e os interesses e desinteresses de uma pessoa e de suas escolhas em relação à fé.
Vamos nos dar conta de que não controlamos as circunstâncias, decisões, reações do outro com relação às proposições do evangelho. Lidaremos com os processos de espera, de nutrir paciência e manejar expectativas.
Lidaremos, talvez, até mesmo com a ingratidão e a frustração, de servir o outro e se decepcionar.
Tudo isso serve como um espelho e nos ensina sobre nosso próprio seguimento a Jesus. Afinal, quantas vezes nós somos inconstantes, impacientes, ingratos com os outros e com Deus?
A partir dessa experiência, nosso caráter é forjado. Humildade e integridade são características de um discípulo de Jesus Cristo que entende que o discipulado é propor que o outro nos imite, como imitamos a Cristo (1Co 11.1).
Também veremos a beleza da transformação de uma vida que está conhecendo o seu Autor. Encontraremos amizades verdadeiras e novos parceiros de caminhada (lembra que já superamos a ideia de uma programação e relações de superioridade, não é?). Pessoas que partilham a mesa conosco enquanto aguardamos juntos ao banquete com nosso Noivo (Apocalipse 19). Experimentaremos a graça de integrar pessoas à nossa família espiritual, de termos novos irmãos e irmãs. E com certeza também poderemos nos divertir! Quem assiste à série The Chosen já viu bem como tudo isso pode ter acontecido na vida dos discípulos com Jesus. Mais do que isso, quem lê e medita atentamente nas Escrituras pode discernir pelo Espírito Santo que é realmente assim.
No fim das contas, como lembro já ter ouvido várias vezes de David Pierce, fundador da missão Steiger: “Não é um sacrifício, é um privilégio. É graça de Deus sobre nós (Jo 1.16)”.
REVISTA ULTIMATO | OS DESAFIOS ÉTICOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS
O avanço da tecnologia nas últimas décadas é maior do que em qualquer outra época da história. Tal aumento se dá em muitas frentes e, mais significativo, confere um caráter tecnológico à vida contemporânea.
Quais são os desafios trazidos por esse avanço? A ética cristã é suficiente para responder aos aspectos relacionados às novas tecnologias? Como a igreja pode atuar nesse cenário tão desafiador?
É disso que trata a matéria de capa da edição 407 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» O Discipulado na Igreja Local, Randy Pope e Kitti Murray
» Não Perca Jesus de Vista, Elben César
» Discipular significa deixar que te sigam, por Diogo Carvalho
» As oito marcas do discipulado cristão segundo John Stott, por Gladston Cunha
Por Michelle Baggio Donato
Para quem conhece a esperança que Jesus traz, o discipulado é um fato. Uma vez tendo acesso à obra redentora que Ele nos estendeu na cruz, o convite é feito a nós: segui-Lo. E não demora para que essa proposta vá além: auxiliar outros a aprenderem a caminhar com Jesus de Nazaré até a eternidade com Ele.
No correr dos dois mil anos da Igreja, esse processo passou a ser chamado "discipulado". Muitas vezes, acabamos por associá-lo a várias outras coisas: um passo a passo linear, uma programação, quiçá até mesmo uma relação de subjugação do outro, e esquecemos que o discipulado é sobre trilhar um caminho, não sobre realizar um evento ou cumprir uma agenda; sobre Jesus e sua suficiência, não sobre nós e nossas carências.
Em uma era imediatista, produtivista e pragmática, em que qualquer coisa pode se tornar um tutorial coreografado no TikTok ou um curso pago online, discipular requer de nós entender que estamos apontando para um caminho estreito (Mt 7.14) cujo final é a eternidade com Deus – enquanto aprendemos a traçar esse mesmo caminho, ansiando pela eternidade, experimentando vislumbres dela no tempo presente.
Assim, o discipulado é processo e é dinâmico. Jesus é a esperança viva (1Pe 1.3). Viver seguindo Jesus e acompanhar pessoas que buscam fazer o mesmo nos mostrará isso. Várias situações adversas nos ensinarão, não apenas sobre como lidar com o outro que espera de nós, mas com nós mesmos e nossa dependência de Deus.
Teremos de lidar com a inconstância, com os altos e baixos e os interesses e desinteresses de uma pessoa e de suas escolhas em relação à fé.
Vamos nos dar conta de que não controlamos as circunstâncias, decisões, reações do outro com relação às proposições do evangelho. Lidaremos com os processos de espera, de nutrir paciência e manejar expectativas.
Lidaremos, talvez, até mesmo com a ingratidão e a frustração, de servir o outro e se decepcionar.
Tudo isso serve como um espelho e nos ensina sobre nosso próprio seguimento a Jesus. Afinal, quantas vezes nós somos inconstantes, impacientes, ingratos com os outros e com Deus?
A partir dessa experiência, nosso caráter é forjado. Humildade e integridade são características de um discípulo de Jesus Cristo que entende que o discipulado é propor que o outro nos imite, como imitamos a Cristo (1Co 11.1).
Também veremos a beleza da transformação de uma vida que está conhecendo o seu Autor. Encontraremos amizades verdadeiras e novos parceiros de caminhada (lembra que já superamos a ideia de uma programação e relações de superioridade, não é?). Pessoas que partilham a mesa conosco enquanto aguardamos juntos ao banquete com nosso Noivo (Apocalipse 19). Experimentaremos a graça de integrar pessoas à nossa família espiritual, de termos novos irmãos e irmãs. E com certeza também poderemos nos divertir! Quem assiste à série The Chosen já viu bem como tudo isso pode ter acontecido na vida dos discípulos com Jesus. Mais do que isso, quem lê e medita atentamente nas Escrituras pode discernir pelo Espírito Santo que é realmente assim.
No fim das contas, como lembro já ter ouvido várias vezes de David Pierce, fundador da missão Steiger: “Não é um sacrifício, é um privilégio. É graça de Deus sobre nós (Jo 1.16)”.
- Michelle Baggio é planejadora territorial, amante das artes e de conhecer pessoas e suas histórias. É casada com Lucas Donato e mora em São Paulo, onde integra a equipe da missão Steiger.
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O avanço da tecnologia nas últimas décadas é maior do que em qualquer outra época da história. Tal aumento se dá em muitas frentes e, mais significativo, confere um caráter tecnológico à vida contemporânea.
Quais são os desafios trazidos por esse avanço? A ética cristã é suficiente para responder aos aspectos relacionados às novas tecnologias? Como a igreja pode atuar nesse cenário tão desafiador?
É disso que trata a matéria de capa da edição 407 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» O Discipulado na Igreja Local, Randy Pope e Kitti Murray
» Não Perca Jesus de Vista, Elben César
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» As oito marcas do discipulado cristão segundo John Stott, por Gladston Cunha
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