Opinião
- 03 de outubro de 2024
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Diante da urgência da seara, ore
Precisamos orar pela força dos trabalhadores, para que não se quebrem. Para que sigam até o fim
Por Ronaldo Lidório
Ao refletir sobre as palavras de Jesus em Mateus 9.38 – “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” –, precisamos inicialmente compreender alguns fundamentos.
O primeiro é o fundamento de posse. A seara pertence a Deus. Ele é o Senhor da seara e é Ele quem envia trabalhadores para a sua seara. Deus é o Senhor da seara e também da igreja. Ele tem poder sobre tudo e todos, e nada acontece fora do seu governo. Portanto, a missão acontece na dependência de Deus, que nos chama para crer, amar e servir a Jesus com tudo o que somos e temos.
O segundo é o fundamento do chamado. É Ele quem chama e envia o trabalhador para a seara. Assim, o envio dos trabalhadores não é resultado de movimentos humanos, estatísticas convincentes ou pregações entusiasmadas, mas de Deus e da vontade de Deus. Por isto precisamos orar, rogar ao Senhor da seara que envie. É Deus quem chama e é Deus quem envia.
O terceiro é o fundamento da urgência. Jesus nos diz que a seara é grande e que os campos estão prontos para a ceifa (Jo 4.35). Aponta para o trabalho do Espírito Santo, que convence o pecador e o leva ao sincero arrependimento. E isto é feito pela graça do Pai e o sacrifício do Filho, entre todos os povos, línguas, tribos e nações da terra (Ap 5.9). O tempo é hoje e a obra é urgente!
Portanto, devemos rogar, pedir a Deus que envie trabalhadores, sabendo que Ele é o Senhor da Seara, que é Ele quem chama e envia, e que a mensagem a ser proclamada é urgente.
Jesus pronunciou essas palavras em um contexto específico.
Ele estava percorrendo “cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 9:35). Jesus estava em movimento, cumprindo a missão de proclamar a salvação, e o fazia viajando exaustivamente por povoados e cidades, pregando nas sinagogas e curando os enfermos.
Encontramos aqui o ambiente da missão. Ela deve ser cumprida em toda parte e entre todas as pessoas. Em cidades, vilarejos e aldeias. Em espaços urbanos e rurais. Com os religiosos e os sem religião. Nos templos e nas praças. Do outro lado da rua e do outro lado do mundo.
O texto também nos fala sobre uma das motivações para a missão. Sabemos que a motivação maior é a glória de Deus. E encontramos aqui uma das motivações pessoais de Cristo: a compaixão. Diz o texto que “vendo Ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt (9.36).
Jesus teve compaixão daquelas multidões e o motivo é que estavam perdidas, como ovelhas sem um pastor. Estavam também aflitas e exaustas, ou seja, sem qualquer esperança e sem qualquer força.
Assim, a resposta de Jesus, com o coração cheio de compaixão, e vendo as multidões perdidas e sem esperança, foi a oração.
Ele primeiramente reconheceu a complexidade da seara, chamando-a de “grande”. E logo depois ensinou: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mt 9.38).
Precisamos orar, pois Deus ouve e responde às orações.
Precisamos orar por trabalhadores, aqueles que são chamados e preparados por Deus para a seara.
Precisamos orar pelo envio desses trabalhadores, pois é o Senhor quem os manda.
Precisamos orar pela força desses trabalhadores, para que não se quebrem. Precisamos orar pela perseverança dos trabalhadores, para que sigam até o fim.
Que Deus abra os nossos olhos para enxergar a grande seara. E que Ele abra também os nossos corações para termos compaixão dos perdidos.
Como Jesus fez, sigamos por todas as cidades e vilarejos pregando o evangelho do reino, para a glória de Deus, a alegria do perdido e a edificação da igreja. Envolva-se! A missão é urgente.
Artigo publicado originalmente no Instagram do autor. Reproduzido com permissão.
REVISTA ULTIMATO – AS BEM-AVENTURANÇAS – MARCAS DE UM NOVO MUNDO
Ultimato quer mostrar a beleza e a atualidade das bem-aventuranças, resgatando seu sentido bíblico e refletindo sobre seu impacto na vida do cristão, da igreja e do mundo.
Este é o desafio: voltar a ler as bem-aventuranças como quem lê a mensagem pela primeira vez, com reverência – para perceber e memorizar as exigências do seguimento – e alegre expectativa.
É disso que trata a matéria de capa da edição 409 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» O Mundo - Uma missão a ser cumprida, John Stott e Tim Chester
» A Grande História - Um Convite para Professores Cristãos, Rick Hove, Heather Holleman
» Oração de Petição – Uma investigação filosófica, Scott A. Davison
» A oração que gera esperança, por Ronaldo Lidório
Por Ronaldo Lidório
Ao refletir sobre as palavras de Jesus em Mateus 9.38 – “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” –, precisamos inicialmente compreender alguns fundamentos.
O primeiro é o fundamento de posse. A seara pertence a Deus. Ele é o Senhor da seara e é Ele quem envia trabalhadores para a sua seara. Deus é o Senhor da seara e também da igreja. Ele tem poder sobre tudo e todos, e nada acontece fora do seu governo. Portanto, a missão acontece na dependência de Deus, que nos chama para crer, amar e servir a Jesus com tudo o que somos e temos.
O segundo é o fundamento do chamado. É Ele quem chama e envia o trabalhador para a seara. Assim, o envio dos trabalhadores não é resultado de movimentos humanos, estatísticas convincentes ou pregações entusiasmadas, mas de Deus e da vontade de Deus. Por isto precisamos orar, rogar ao Senhor da seara que envie. É Deus quem chama e é Deus quem envia.
O terceiro é o fundamento da urgência. Jesus nos diz que a seara é grande e que os campos estão prontos para a ceifa (Jo 4.35). Aponta para o trabalho do Espírito Santo, que convence o pecador e o leva ao sincero arrependimento. E isto é feito pela graça do Pai e o sacrifício do Filho, entre todos os povos, línguas, tribos e nações da terra (Ap 5.9). O tempo é hoje e a obra é urgente!
Portanto, devemos rogar, pedir a Deus que envie trabalhadores, sabendo que Ele é o Senhor da Seara, que é Ele quem chama e envia, e que a mensagem a ser proclamada é urgente.
Jesus pronunciou essas palavras em um contexto específico.
Ele estava percorrendo “cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 9:35). Jesus estava em movimento, cumprindo a missão de proclamar a salvação, e o fazia viajando exaustivamente por povoados e cidades, pregando nas sinagogas e curando os enfermos.
Encontramos aqui o ambiente da missão. Ela deve ser cumprida em toda parte e entre todas as pessoas. Em cidades, vilarejos e aldeias. Em espaços urbanos e rurais. Com os religiosos e os sem religião. Nos templos e nas praças. Do outro lado da rua e do outro lado do mundo.
O texto também nos fala sobre uma das motivações para a missão. Sabemos que a motivação maior é a glória de Deus. E encontramos aqui uma das motivações pessoais de Cristo: a compaixão. Diz o texto que “vendo Ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt (9.36).
Jesus teve compaixão daquelas multidões e o motivo é que estavam perdidas, como ovelhas sem um pastor. Estavam também aflitas e exaustas, ou seja, sem qualquer esperança e sem qualquer força.
Assim, a resposta de Jesus, com o coração cheio de compaixão, e vendo as multidões perdidas e sem esperança, foi a oração.
Ele primeiramente reconheceu a complexidade da seara, chamando-a de “grande”. E logo depois ensinou: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mt 9.38).
Precisamos orar, pois Deus ouve e responde às orações.
Precisamos orar por trabalhadores, aqueles que são chamados e preparados por Deus para a seara.
Precisamos orar pelo envio desses trabalhadores, pois é o Senhor quem os manda.
Precisamos orar pela força desses trabalhadores, para que não se quebrem. Precisamos orar pela perseverança dos trabalhadores, para que sigam até o fim.
Que Deus abra os nossos olhos para enxergar a grande seara. E que Ele abra também os nossos corações para termos compaixão dos perdidos.
Como Jesus fez, sigamos por todas as cidades e vilarejos pregando o evangelho do reino, para a glória de Deus, a alegria do perdido e a edificação da igreja. Envolva-se! A missão é urgente.
Artigo publicado originalmente no Instagram do autor. Reproduzido com permissão.
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Este é o desafio: voltar a ler as bem-aventuranças como quem lê a mensagem pela primeira vez, com reverência – para perceber e memorizar as exigências do seguimento – e alegre expectativa.
É disso que trata a matéria de capa da edição 409 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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Ronaldo Lidório é teólogo e antropólogo, missionário (APMT e WEC) entre grupos pouco ou não evangelizados. É organizador de Indígenas do Brasil -- avaliando a missão da igreja e A Questão Indígena -- Uma Luta Desigual.
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