Prateleira
- 23 de abril de 2009
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Deu na Folha, no Jornal do Brasil, no Estado de Minas...
Para quem não está acostumado a confetes ou circunstâncias, o lançamento de Cartas entre Freud & Pfister foi quase um escândalo. Deu no Caderno “Mais”, da Folha de S. Paulo, no Estado de Minas e, pasme, uma página inteira no Caderno “Idéias” do Jornal do Brasil.
Cem anos depois do início de tudo, agora com nova capa e de acordo com a nova ortografia, a Editora Ultimato lança a segunda edição (sexta impressão) de um dos seus mais “aclamados” títulos — uma espécie de diálogo entre a fé cristã e a psicanálise. As Cartas entre Freud & Pfister revelam 30 anos de pequenas rusgas, confidências, afagos e influências entre um “cura de almas espiritual” — o teólogo protestante Oskar Pfister — e o mais conhecido dos ateus, que se apresenta como um “cura de almas mundano”. Talvez, um pouco mais. Nas palavras do psicanalista Joel Birman, trata-se do “arquivo discursivo mais importante para balizarmos a relação entre os discursos psicanalítico e religioso”.
O que pode parecer estranho não é novidade. Em setembro de 2007 publicamos aqui na Prateleira a mesma pergunta que fazia naqueles dias a revista dominical do The New York Times: Freud era um defensor da fé cristã? A resposta, óbvia, é não. No entanto, o mais conhecido dos ateus dizia “graças a Deus” com alguma frequência, para o arrepio dos seus pares. O autor de Deus em Questão: C.S. Lewis e Freud é ainda mais específico: “Freud cita frequentemente a Bíblia [...]. As cartas são repletas de ‘se Deus quiser’; 'o bom Senhor'; 'a vontade de Deus'; 'pela graça de Deus'; 'minha oração secreta' [...]”.
Como se não bastasse, além destas poucas e boas razões para se ler as Cartas, temos no prefácio o veredicto da própria filha do pai da psicanálise, Anna Freud: “Se você quiser conhecer o meu pai, não leia a sua biografia: leia as suas cartas”.
Cem anos depois do início de tudo, agora com nova capa e de acordo com a nova ortografia, a Editora Ultimato lança a segunda edição (sexta impressão) de um dos seus mais “aclamados” títulos — uma espécie de diálogo entre a fé cristã e a psicanálise. As Cartas entre Freud & Pfister revelam 30 anos de pequenas rusgas, confidências, afagos e influências entre um “cura de almas espiritual” — o teólogo protestante Oskar Pfister — e o mais conhecido dos ateus, que se apresenta como um “cura de almas mundano”. Talvez, um pouco mais. Nas palavras do psicanalista Joel Birman, trata-se do “arquivo discursivo mais importante para balizarmos a relação entre os discursos psicanalítico e religioso”.
O que pode parecer estranho não é novidade. Em setembro de 2007 publicamos aqui na Prateleira a mesma pergunta que fazia naqueles dias a revista dominical do The New York Times: Freud era um defensor da fé cristã? A resposta, óbvia, é não. No entanto, o mais conhecido dos ateus dizia “graças a Deus” com alguma frequência, para o arrepio dos seus pares. O autor de Deus em Questão: C.S. Lewis e Freud é ainda mais específico: “Freud cita frequentemente a Bíblia [...]. As cartas são repletas de ‘se Deus quiser’; 'o bom Senhor'; 'a vontade de Deus'; 'pela graça de Deus'; 'minha oração secreta' [...]”.
Como se não bastasse, além destas poucas e boas razões para se ler as Cartas, temos no prefácio o veredicto da própria filha do pai da psicanálise, Anna Freud: “Se você quiser conhecer o meu pai, não leia a sua biografia: leia as suas cartas”.
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