Opinião
- 18 de janeiro de 2017
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De quem é o Evangelho?
O evangelho não é de direita, centro ou esquerda. O evangelho é de Cristo.
Vejo com preocupação as tentativas de associar e submeter o evangelho a sistemas culturais, científicos, políticos ou partidários, um crescente fenômeno global.
É certo que como cristãos devemos votar, apoiar, protestar e nos envolvermos com os sistemas sociais que apresentam afinidades com os valores do evangelho. Não para protegermos nossas posições em um movimento de corporativismo religioso, mas por entendermos que o evangelho e seus valores promovem a verdade, a liberdade e a justiça, visto que não cega, mas aguça a nossa cidadania – “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Lc 20.25).
Entretanto, o evangelho não se conforma a sistemas sociais, pois "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16). O evangelho não foi manifesto por Deus somente para melhorar a sociedade, mas para redimi-la. Não trás tranquilidade, mas paz. Não provê sucesso, mas obediência. Não se contenta com a tolerância, mas promove o amor. Não se conforma, mas transforma. Não proclama a glória dos homens, mas de Deus.
Tentativas de igualar os valores do evangelho aos sistemas sociais (culturais, científicos, políticos ou partidários) resultarão em frustrações e distorções, pois não se consegue confinar os claríssimos raios do sol em frágeis caixinhas de papelão.
No início do século 3, os cristãos se encantaram com o apoio e os favores do imperador Constantino, associando o evangelho ao império romano. No colonialismo dos séculos 15 e 16 a Igreja cristã promoveu o evangelho, associando-o a um sistema cultural, no caso o europeu, proclamando-os como complementares. Em dias atuais o evangelho tem sido comumente associado a estruturas culturais, linhas de pesquisa científica e posicionamentos sociopolíticos. Nos últimos meses, ouvimos amplas discussões norte-americanas sobre os valores democratas e republicanos e aquilo que mais se assemelharia ao evangelho. Perante tais quadros precisamos nos lembrar que o evangelho não se conforma com o mundo, mas o confronta, expõe, redime e julga.
O evangelho não é de direita, centro ou esquerda. Não é petista ou psdbista, republicano ou democrata, comunista ou capitalista. Não é da zona sul ou norte, dos países ricos ou pobres. Não segue a escola positivista de Comte ou interpretativa de Geertz. O evangelho é de Deus, tem origem em Deus, é manifesto por Deus, pela graça e justiça de Deus, para julgar o mundo e redimir um povo que dê glória a Deus.
Participei recentemente de um grupo de estudos cristãos em que a temática era o evangelho e a cultura. Alguns cristãos apresentaram posições científicas demonstrando como as ciências sociais reconhecem, em alguma medida, as verdades de Deus. A ciência social naquele caso era a antropologia e os elementos apresentados apontavam para a ética universal, o reconhecimento de que a humanidade possui verdades universais, não apenas particularismos culturais. Entendo que, semelhante a este caso, o cristão tem o privilégio de encontrar em diferentes sistemas sociais diversos valores que tenham alguma afinidade com o evangelho, como políticas públicas que promovem a liberdade e a paz, ou iniciativas privadas de assistência aos desabrigados. Entretanto, os sistemas sociais não são o crivo de avaliação do evangelho, mas sim o contrário. Em uma perspectiva bíblica, devemos avaliar todas as coisas, em qualquer área da existência, pela régua do evangelho. Sistemas sociais colaboram para que o homem compreenda a si mesmo e desenvolva padrões saudáveis de vida e relacionamento, mas não o redimem. Apenas o evangelho o faz.
Alguns anos atrás, um grupo de cristãos europeus celebrou quando estudos arqueológicos apresentaram evidências sobre histórias bíblicas, sobretudo os relatos sobre Sodoma e Gomorra. Algo semelhante foi publicado na mídia cristã em 2016 a respeito de novas descobertas arqueológicas que apoiam o relato bíblico da travessia do mar vermelho pelo povo de Deus, especialmente antigos artefatos de guerra e carruagens encontrados em um ponto no fundo do mar. É sempre interessante ver como as ciências vão reconhecendo os relatos bíblicos, mas não são os achados arqueológicos, teorias científicas ou posicionamentos políticos e partidários que validam a nossa fé. Ao contrário, é pela fé e com os olhos da fé que devemos olhar para todas as coisas e entendê-las dentro de uma cosmovisão cristã, como reveladas por Deus (Hb 11).
Percebo que tentativas de associar e submeter o evangelho aos sistemas sociais têm ocorrido nas diversas esferas do saber ou fazer humano e precisamos de discernimento cristão para nos posicionarmos. Creio que devemos apoiar, promover e participar do que for justo e bom em nossa sociedade, bem como repudiar, protestar e boicotar aquilo que for degradante e corrosivo, mas sem nos iludirmos com as soluções humanas, pois estas não podem nos salvar. Ao fim do dia, a postura essencial do povo de Deus continua sendo aquela que Paulo ensinou a Timóteo: “prega a palavra, quer seja oportuno quer não…” (2Tm 4.2). E declara que esta pregação deve acontecer com perseverante paciência (“toda longanimidade”) e fidelidade bíblica (“doutrina”), usando três verbos que devem marcar a apresentação do evangelho: “corrige”, (do grego elegcho: apontar o erro, mesmo quando inconveniente), “repreende” (do grego epitimao: apresentar claramente as consequências do pecado), e “exorta” (do grego parakaleo: trazer para o lado, consolar, confortar). O evangelho de Deus, apresentado nos critérios de Deus, faz sempre estes dois movimentos: confronta o pecador, lançando luz sobre o seu pecado, e apresenta a graça de Deus, capaz de perdoar e redimir.
O evangelho é o crivo de compreensão e avaliação de nossas vidas, relacionamentos, igreja, fé, cultura, ciência, política e sociedade. Paul Hiebert, missionário-antropólogo, nos ensinou que o evangelho transforma o homem em três dimensões: suas convicções, seu comportamento e sua cosmovisão. Passamos a crer diferente, agir diferente e ver o mundo diferente, com as lentes do evangelho de Deus.
O evangelho é supracultural, revelação de Deus a todas as culturas. É multicultural, pois visa trazer pessoas de todas as tribos, povos, línguas e nações ao Senhor Jesus. É intercultural, visto que estas pessoas, redimidas, passam a ter comunhão e fazer parte de um só corpo. É cultural, pois foi revelado por Deus em nosso tempo e história. É transcultural, devendo ser levado de uma cultura para outra cultura. É contracultural, pois confronta o homem em sua própria cultura, trazendo-o das trevas para a luz.
Fujamos das ideias alienantes que propõem uma espécie de clausura cristã, sugerindo que observemos a deterioração da humanidade sem qualquer reação, a não ser o afastamento, perdendo o privilégio de chorar com os que choram e de ser sal e luz, como nos induzindo a pedir a Deus aquilo que o próprio Cristo não pediu – tirar-nos do mundo. Na outra ponta, fujamos também das propostas antropocêntricas que desejam tornar o cristão apenas em um bom cidadão – e a cidade uma boa cidade – como se a Igreja fosse vocacionada para ser uma boa ONG com alguns diferenciais de espiritualidade. A proposta do evangelho vai muito além destas percepções, pois faz com que o cristão se revolte contra o pecado, se sensibilize com o sofrimento alheio e tenha imensa sede de apresentar a verdade que, em Cristo, redime o homem e glorifica a Deus.
Na Palavra Sagrada o evangelho é apresentado por uma história – a maior e mais fantástica história de nossas vidas: Deus amorosamente criou a humanidade para com Ele se relacionar, mas a humanidade se perdeu, corrompida pelo pecado, cobiçando ser algo diferente da sua natureza e se afastando do Criador. Movido por profundo amor e indizível graça o Eterno se encarnou em homem, Jesus Cristo, para pagar o preço do nosso pecado, nossa impagável dívida. Ele se fez maldição em nosso lugar, morreu crucificado e o seu sangue comprou para Deus pessoas de todas as tribos, povos, línguas e nações, dando paz aos homens para que estes possam dar glórias a Deus. A morte não o segurou, pois ressuscitou, sendo Ele Rei dos reis e Senhor dos senhores, Salvador de todo aquele que crê. Está presente, pelo Espírito Santo, que conduz a Sua Igreja a amar, seguir e proclamar a todos sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Voltará para julgar vivos e mortos e levar os Seus, finalizando este impensável plano de amor, sacrifício, perdão, redenção e glória (Gn 1.1; Rm 3.23; Jo 3.16; Rm 1.1-5; Mt 16.27; Ap 5.9)
Em qualquer esfera de relacionamento, trabalho, estudo, engajamento político, social ou desenvolvimento científico, coloquemos o evangelho em tudo o que somos, falamos e fazemos. E lembremo-nos: o evangelho jamais se conforma. Se a mensagem que proclamamos não confronta e constrange o mundo – e também nossos próprios corações – precisamos rever o que de fato estamos pregando, se o evangelho ou outra coisa.
*****
• Ronaldo Lidório é pastor presbiteriano, antropólogo e missionário da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais e da WEC. É organizador de Indígenas do Brasil; avaliando a missão da igreja e A Questão Indígena – uma luta desigual.
Leia mais
O Evangelho pertence a uma denominação? [Martin Weingaertner]
O Evangelho como superação da religião [Ed René Kivitz]
A simplicidade do evangelho e a sofisticação da igreja [Ricardo Barbosa]
O Jesus do evangelho não é mártir
A Verdade do Evangelho [John Stott]
Foto: Toivo Lagerweij/Freeimages.com.
Vejo com preocupação as tentativas de associar e submeter o evangelho a sistemas culturais, científicos, políticos ou partidários, um crescente fenômeno global.
É certo que como cristãos devemos votar, apoiar, protestar e nos envolvermos com os sistemas sociais que apresentam afinidades com os valores do evangelho. Não para protegermos nossas posições em um movimento de corporativismo religioso, mas por entendermos que o evangelho e seus valores promovem a verdade, a liberdade e a justiça, visto que não cega, mas aguça a nossa cidadania – “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Lc 20.25).
Entretanto, o evangelho não se conforma a sistemas sociais, pois "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16). O evangelho não foi manifesto por Deus somente para melhorar a sociedade, mas para redimi-la. Não trás tranquilidade, mas paz. Não provê sucesso, mas obediência. Não se contenta com a tolerância, mas promove o amor. Não se conforma, mas transforma. Não proclama a glória dos homens, mas de Deus.
Tentativas de igualar os valores do evangelho aos sistemas sociais (culturais, científicos, políticos ou partidários) resultarão em frustrações e distorções, pois não se consegue confinar os claríssimos raios do sol em frágeis caixinhas de papelão.
No início do século 3, os cristãos se encantaram com o apoio e os favores do imperador Constantino, associando o evangelho ao império romano. No colonialismo dos séculos 15 e 16 a Igreja cristã promoveu o evangelho, associando-o a um sistema cultural, no caso o europeu, proclamando-os como complementares. Em dias atuais o evangelho tem sido comumente associado a estruturas culturais, linhas de pesquisa científica e posicionamentos sociopolíticos. Nos últimos meses, ouvimos amplas discussões norte-americanas sobre os valores democratas e republicanos e aquilo que mais se assemelharia ao evangelho. Perante tais quadros precisamos nos lembrar que o evangelho não se conforma com o mundo, mas o confronta, expõe, redime e julga.
O evangelho não é de direita, centro ou esquerda. Não é petista ou psdbista, republicano ou democrata, comunista ou capitalista. Não é da zona sul ou norte, dos países ricos ou pobres. Não segue a escola positivista de Comte ou interpretativa de Geertz. O evangelho é de Deus, tem origem em Deus, é manifesto por Deus, pela graça e justiça de Deus, para julgar o mundo e redimir um povo que dê glória a Deus.
Participei recentemente de um grupo de estudos cristãos em que a temática era o evangelho e a cultura. Alguns cristãos apresentaram posições científicas demonstrando como as ciências sociais reconhecem, em alguma medida, as verdades de Deus. A ciência social naquele caso era a antropologia e os elementos apresentados apontavam para a ética universal, o reconhecimento de que a humanidade possui verdades universais, não apenas particularismos culturais. Entendo que, semelhante a este caso, o cristão tem o privilégio de encontrar em diferentes sistemas sociais diversos valores que tenham alguma afinidade com o evangelho, como políticas públicas que promovem a liberdade e a paz, ou iniciativas privadas de assistência aos desabrigados. Entretanto, os sistemas sociais não são o crivo de avaliação do evangelho, mas sim o contrário. Em uma perspectiva bíblica, devemos avaliar todas as coisas, em qualquer área da existência, pela régua do evangelho. Sistemas sociais colaboram para que o homem compreenda a si mesmo e desenvolva padrões saudáveis de vida e relacionamento, mas não o redimem. Apenas o evangelho o faz.
Alguns anos atrás, um grupo de cristãos europeus celebrou quando estudos arqueológicos apresentaram evidências sobre histórias bíblicas, sobretudo os relatos sobre Sodoma e Gomorra. Algo semelhante foi publicado na mídia cristã em 2016 a respeito de novas descobertas arqueológicas que apoiam o relato bíblico da travessia do mar vermelho pelo povo de Deus, especialmente antigos artefatos de guerra e carruagens encontrados em um ponto no fundo do mar. É sempre interessante ver como as ciências vão reconhecendo os relatos bíblicos, mas não são os achados arqueológicos, teorias científicas ou posicionamentos políticos e partidários que validam a nossa fé. Ao contrário, é pela fé e com os olhos da fé que devemos olhar para todas as coisas e entendê-las dentro de uma cosmovisão cristã, como reveladas por Deus (Hb 11).
Percebo que tentativas de associar e submeter o evangelho aos sistemas sociais têm ocorrido nas diversas esferas do saber ou fazer humano e precisamos de discernimento cristão para nos posicionarmos. Creio que devemos apoiar, promover e participar do que for justo e bom em nossa sociedade, bem como repudiar, protestar e boicotar aquilo que for degradante e corrosivo, mas sem nos iludirmos com as soluções humanas, pois estas não podem nos salvar. Ao fim do dia, a postura essencial do povo de Deus continua sendo aquela que Paulo ensinou a Timóteo: “prega a palavra, quer seja oportuno quer não…” (2Tm 4.2). E declara que esta pregação deve acontecer com perseverante paciência (“toda longanimidade”) e fidelidade bíblica (“doutrina”), usando três verbos que devem marcar a apresentação do evangelho: “corrige”, (do grego elegcho: apontar o erro, mesmo quando inconveniente), “repreende” (do grego epitimao: apresentar claramente as consequências do pecado), e “exorta” (do grego parakaleo: trazer para o lado, consolar, confortar). O evangelho de Deus, apresentado nos critérios de Deus, faz sempre estes dois movimentos: confronta o pecador, lançando luz sobre o seu pecado, e apresenta a graça de Deus, capaz de perdoar e redimir.
O evangelho é o crivo de compreensão e avaliação de nossas vidas, relacionamentos, igreja, fé, cultura, ciência, política e sociedade. Paul Hiebert, missionário-antropólogo, nos ensinou que o evangelho transforma o homem em três dimensões: suas convicções, seu comportamento e sua cosmovisão. Passamos a crer diferente, agir diferente e ver o mundo diferente, com as lentes do evangelho de Deus.
O evangelho é supracultural, revelação de Deus a todas as culturas. É multicultural, pois visa trazer pessoas de todas as tribos, povos, línguas e nações ao Senhor Jesus. É intercultural, visto que estas pessoas, redimidas, passam a ter comunhão e fazer parte de um só corpo. É cultural, pois foi revelado por Deus em nosso tempo e história. É transcultural, devendo ser levado de uma cultura para outra cultura. É contracultural, pois confronta o homem em sua própria cultura, trazendo-o das trevas para a luz.
Fujamos das ideias alienantes que propõem uma espécie de clausura cristã, sugerindo que observemos a deterioração da humanidade sem qualquer reação, a não ser o afastamento, perdendo o privilégio de chorar com os que choram e de ser sal e luz, como nos induzindo a pedir a Deus aquilo que o próprio Cristo não pediu – tirar-nos do mundo. Na outra ponta, fujamos também das propostas antropocêntricas que desejam tornar o cristão apenas em um bom cidadão – e a cidade uma boa cidade – como se a Igreja fosse vocacionada para ser uma boa ONG com alguns diferenciais de espiritualidade. A proposta do evangelho vai muito além destas percepções, pois faz com que o cristão se revolte contra o pecado, se sensibilize com o sofrimento alheio e tenha imensa sede de apresentar a verdade que, em Cristo, redime o homem e glorifica a Deus.
Na Palavra Sagrada o evangelho é apresentado por uma história – a maior e mais fantástica história de nossas vidas: Deus amorosamente criou a humanidade para com Ele se relacionar, mas a humanidade se perdeu, corrompida pelo pecado, cobiçando ser algo diferente da sua natureza e se afastando do Criador. Movido por profundo amor e indizível graça o Eterno se encarnou em homem, Jesus Cristo, para pagar o preço do nosso pecado, nossa impagável dívida. Ele se fez maldição em nosso lugar, morreu crucificado e o seu sangue comprou para Deus pessoas de todas as tribos, povos, línguas e nações, dando paz aos homens para que estes possam dar glórias a Deus. A morte não o segurou, pois ressuscitou, sendo Ele Rei dos reis e Senhor dos senhores, Salvador de todo aquele que crê. Está presente, pelo Espírito Santo, que conduz a Sua Igreja a amar, seguir e proclamar a todos sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Voltará para julgar vivos e mortos e levar os Seus, finalizando este impensável plano de amor, sacrifício, perdão, redenção e glória (Gn 1.1; Rm 3.23; Jo 3.16; Rm 1.1-5; Mt 16.27; Ap 5.9)
Em qualquer esfera de relacionamento, trabalho, estudo, engajamento político, social ou desenvolvimento científico, coloquemos o evangelho em tudo o que somos, falamos e fazemos. E lembremo-nos: o evangelho jamais se conforma. Se a mensagem que proclamamos não confronta e constrange o mundo – e também nossos próprios corações – precisamos rever o que de fato estamos pregando, se o evangelho ou outra coisa.
*****
• Ronaldo Lidório é pastor presbiteriano, antropólogo e missionário da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais e da WEC. É organizador de Indígenas do Brasil; avaliando a missão da igreja e A Questão Indígena – uma luta desigual.
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A simplicidade do evangelho e a sofisticação da igreja [Ricardo Barbosa]
O Jesus do evangelho não é mártir
A Verdade do Evangelho [John Stott]
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