Opinião
- 05 de junho de 2018
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De olho (e ouvido em pé) em Jesus
Por Jony Wagner de Almeida
Em mãos com a reedição do livro do pastor Elben César, “Não Perca Jesus de Vista”, lembrei-me de um amigo que não cansa de repetir uma frase, com certo ar de ironia: “o pior cego é aquele que não quer ouvir”. Certamente não é de sua autoria, mas nos faz refletir sobre o que é mais importante.
O livro pode parecer indicado para aqueles que não conhecem ou não acreditam ainda na mensagem salvadora, mas este não é o propósito que o autor sublinha. Elben diz que o livro foi escrito “para desenferrujar a igreja cristã e trazer de volta o Jesus dos Evangelhos para dentro das comunidades cristãs”.
O título sugestivo do livro fala aos olhos para que sejam atenciosos em relação à pessoa central em nossa vida. Por que isso me faz recordar a frase curiosa do meu amigo? Porque creio que, mesmo que embaçados e turvados, o maior problema dos crentes não está relacionado com os olhos. Creio que o problema primeiro está nos ouvidos. As perguntas mais solenes e de antemão das Sagradas Escrituras são: “Vocês estão escutando? Realmente escutando?”. O pastor Eugene Peterson lembra que “A palavra divina é primordial, então o ouvido humano é essencial: é necessário que ouçamos”.
Uma maneira bíblica de autoexame da qualidade da audição é inspirada na parábola do semeador. É possível com esta ferramenta saber como estão meus ouvidos em relação a Jesus e sua palavra.
Encontro em mim ouvidos tão cheios, na verdade abarrotados e impenetráveis para tudo que vale a pena? Estão eles como uma antiga trilha de uma mata abandonada?
Descubro-me com ouvidos cheios de calos onde aquilo que consegue penetrar não alcança nada além da superfície, como uma terra deserta e seca?
Meus ouvidos estão cheios do que é barulhento, fugitivo, coreografia vã, sem a menor cerimônia com o profundo, a verdade, o belo e o frutífero? Estão eles como uma terra de todos e, ao mesmo tempo, de ninguém?
Ou meus ouvidos são plenos de cultivo, cuidado e disposição para receber o que é apropriado de maneira franca e intensa? Como a terra vermelha e casta que sabe distinguir e abrigar a boa semente?
Ah! Este tipo de ouvido conhece e escolhe distintamente a voz de Deus e rejeita as falsidades do mundo. Estes ouvidos aceitam a prática ajuizada da escuta silenciosa, do respeito e da atenção. Com certeza eles não vão perder Jesus de vista, em tempo algum.
>> Conheça a Série Ultimato 50 Anos <<
• Jony Wagner de Almeida é pastor da Igreja Presbiteriana de Viçosa, MG.
Imagem ilustrativa: Photo by frank mckenna on Unsplash
Em mãos com a reedição do livro do pastor Elben César, “Não Perca Jesus de Vista”, lembrei-me de um amigo que não cansa de repetir uma frase, com certo ar de ironia: “o pior cego é aquele que não quer ouvir”. Certamente não é de sua autoria, mas nos faz refletir sobre o que é mais importante.
O livro pode parecer indicado para aqueles que não conhecem ou não acreditam ainda na mensagem salvadora, mas este não é o propósito que o autor sublinha. Elben diz que o livro foi escrito “para desenferrujar a igreja cristã e trazer de volta o Jesus dos Evangelhos para dentro das comunidades cristãs”.
O título sugestivo do livro fala aos olhos para que sejam atenciosos em relação à pessoa central em nossa vida. Por que isso me faz recordar a frase curiosa do meu amigo? Porque creio que, mesmo que embaçados e turvados, o maior problema dos crentes não está relacionado com os olhos. Creio que o problema primeiro está nos ouvidos. As perguntas mais solenes e de antemão das Sagradas Escrituras são: “Vocês estão escutando? Realmente escutando?”. O pastor Eugene Peterson lembra que “A palavra divina é primordial, então o ouvido humano é essencial: é necessário que ouçamos”.
Uma maneira bíblica de autoexame da qualidade da audição é inspirada na parábola do semeador. É possível com esta ferramenta saber como estão meus ouvidos em relação a Jesus e sua palavra.
Encontro em mim ouvidos tão cheios, na verdade abarrotados e impenetráveis para tudo que vale a pena? Estão eles como uma antiga trilha de uma mata abandonada?
Descubro-me com ouvidos cheios de calos onde aquilo que consegue penetrar não alcança nada além da superfície, como uma terra deserta e seca?
Meus ouvidos estão cheios do que é barulhento, fugitivo, coreografia vã, sem a menor cerimônia com o profundo, a verdade, o belo e o frutífero? Estão eles como uma terra de todos e, ao mesmo tempo, de ninguém?
Ou meus ouvidos são plenos de cultivo, cuidado e disposição para receber o que é apropriado de maneira franca e intensa? Como a terra vermelha e casta que sabe distinguir e abrigar a boa semente?
Ah! Este tipo de ouvido conhece e escolhe distintamente a voz de Deus e rejeita as falsidades do mundo. Estes ouvidos aceitam a prática ajuizada da escuta silenciosa, do respeito e da atenção. Com certeza eles não vão perder Jesus de vista, em tempo algum.
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