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- 16 de janeiro de 2020
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Da catástrofe à reconstrução: dois acontecimentos que mudaram a história da humanidade
Por Ariane Gomes | Resenha
Refletir profunda e seriamente sobre o estrago produzido pela entrada do pecado na história traz tristeza e dor. Que cristão guiado pelo Espírito não sente enorme pesar ao refletir sobre os versos: “Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus” e “O salário do pecado é a morte” da carta aos Romanos (3.23 e 6.23)? Pensar que a desobediência do primeiro homem fez com que toda a humanidade saísse da experiência na qual “tudo era muito bom” para viver sob a realidade da maldade, da decadência e da morte eterna é assustador. Além do caos espalhado por toda parte – o que inclui toda a criação –, a separação do homem de seu Criador foi o ápice de um “final” infeliz.
Por outro lado, saber que desde a eternidade, Deus providenciou um meio para acabar de uma vez com o estrago feito pelo pecado e colocar as coisas em ordem é um grande alívio, uma notícia muito boa. Na verdade, o “final” infeliz tinha data de validade. A morte como consequência do pecado não seria o último capítulo da história. Havia algo mais para acontecer. E, no tempo certo, por causa do grande amor de Deus, veio Cristo, “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, para reconstruir o que a humanidade, com Adão, tinha quebrado ao abrir a porta para o pecado.
É sobre estes dois acontecimentos: a catástrofe – “Por um só homem entrou o pecado no mundo” (Rm 5.12) – e a reconstrução – “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29) – que trata o livreto A Grande Reconstrução, do pastor Elben César.
Escrito em 1966 com o objetivo de “aumentar a convicção dos crentes daquela época” e com pouco mais de cinquenta páginas o texto é agradável e objetivo. Com clareza, o autor conduz o leitor pela história da queda e da salvação, destacando a grandeza da justiça e do amor de Deus.
Na primeira parte, o autor lembra quando a criação vivia em harmonia com o Criador até que a entrada do pecado manchou a experiência humana: “Adão sai de seu estado original, desfigura sua presença com Deus e perde a inocência pessoal [...]. Aos seus descendentes imediatos e remotos transmite Adão sua própria imagem e suas tendências pecaminosas recentemente adquiridas. Daí a multiplicação da espécie coincide com a multiplicação do mal” (p. 14). Desse dia em diante, a humanidade passa a ser importunada por sua própria pecaminosidade e pelas forças externas do mal – com Satanás se intrometendo na esfera humana –, e é condenada à morte.
A segunda parte do livro traz a boa notícia da reconstrução, da chegada da Luz. A santidade e a justiça de Deus não permitiam indiferença da parte dele, todos se fizeram culpados pelo pecado e o salário do pecado é a morte. A condenação era necessária, embora dolorosa – este não era o plano de Deus para o homem. Mas Deus é santo, justo e também amoroso e é por meio do seu amor que ele oferece salvação e livramento à humanidade.
A reconstrução é, segundo o pastor Elben, “o maior e mais extraordinário programa de recuperação da história: ‘Jesus tira o pecado do mundo’” (p. 32). O plano de salvação oferece o Filho unigênito, o Cordeiro de Deus, que assume consciente e voluntariamente as culpas do pecado do homem e sofre no corpo e no espírito as consequências naturais. Jesus é o substituto perfeito que morre pelos injustos para reconduzi-los a Deus.
A providência divina em favor do homem é completa, e Jesus, o Cordeiro que foi morto e com seu sangue comprou para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, é “Digno de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap. 4-5). Sim, ele é digno!
• Ariane Gomes é colaboradora da Editora Ultimato desde 2011. Atua como coordenadora de produção da Ultimato e gestora de conteúdos do Portal Ultimato.
>> O ebook A Grande Reconstrução está disponível para download gratuitamente
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