Opinião
- 21 de outubro de 2021
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Crise no Planeta – encruzilhada na Missão
Por Timóteo Carriker e Matheus Ortega
Em novembro, o planeta estará diante de uma encruzilhada. Essa geração será lembrada pelas decisões que serão tomadas entre 1 a 12 de novembro, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima (COP-26). Existe hoje um consenso científico preocupante: não há mais como conter o aquecimento global abaixo de 1,5°C, número acima da média global do período pré-industrial até 2040.
Para muitos leitores, isto pode parecer ter pouquíssima importância. Entretanto, o aumento da temperatura nos últimos cinquenta anos é maior que em qualquer período nos últimos milhares de anos. Isso significa que estamos vivendo uma era de aquecimento global sem precedentes na história da humanidade.
Por que o aquecimento global é um problema tão crítico?
O aumento na temperatura tem causado distorções no ecossistema e cada vez mais eventos climáticos extremos. Hoje há quatro vezes mais inundações, duas vezes mais secas e incêndios e duas vezes mais tempestades no mundo. O aquecimento global causa o derretimento das geleiras, que aumenta o nível do mar e coloca em risco milhões de pessoas que vivem perto da costa. Ele também faz com que a terra se torne improdutiva (um processo chamado desertificação), e o oceano fique mais ácido (hoje o oceano está 30% mais ácido do que cinquenta anos atrás), causando a morte de corais e a extinção de espécies marinhas.
Ainda pior: essas consequências afetam o ser humano, principalmente os mais vulneráveis. Por exemplo, 1,47 bilhões de pessoas estão expostas a eventos severos de inundações, sendo que 89% delas vivem em países de renda baixa ou média (principalmente no sudeste asiático, África e América Latina). Desde 2010, 21,5 milhões de pessoas por ano foram forçadas a deixarem seus lares por causa de questões climáticas – o dobro do número de refugiados por causa de conflitos. Ou seja, a mudança do clima é um dos problemas mais críticos que temos no mundo hoje.
O que tem causado o aquecimento global?
O grande problema é este: desde a Revolução Industrial, mais especialmente durante os últimos cinquenta anos, as emissões de carbono e de outros gases de efeito estufa na atmosfera têm se multiplicado exponencialmente. Isso está intimamente vinculado a dois fatores – a explosão populacional do último século e o desejo desenfreado de adquirir coisas (consumo) que por sua vez alimenta a indústria e a agricultura. Hoje, 97% dos cientistas concordam que o aquecimento global se deve ao fator humano (veja o gráfico no final do artigo).
Mas como podemos ter tanta certeza de tudo isto? E do ponto de vista bíblico, afinal de contas, Deus não é soberano? E as Escrituras não nos dão esperança? Essas três perguntas tratam de duas áreas principais: a científica e a bíblica. Vamos ver uma de cada vez.
O que a ciência diz sobre o aquecimento global?
Em 1988, as Nações Unidas estabeleceram o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, mais conhecido pela sigla em inglês, IPCC, que é hoje a maior autoridade científica sobre o assunto. O mais recente relatório de avaliação (AR6) do IPCC saiu no dia 6 de agosto de 2021 e tratou sobre a explicação científica das mudanças climáticas no mundo hoje. Suas afirmações, finalizadas e aprovadas por 234 autores cientistas de 195 países, são muito preocupantes. Resumindo mais de 6 mil páginas, elas revelam que:
• As atividades humanas aqueceram o globo em ritmo sem precedentes nos últimos 2 mil anos. Em 2019, as concentrações de carbono, metano e óxido nitroso (principais gases de efeito estufa) foram as maiores já registradas na história.
• O prognóstico para os próximos anos é mais preocupante ainda: o planeta deve alcançar 1,5°C de aquecimento acima do período pré-industrial até o ano 2030 e 2,0 graus até 2040. Antes deste relatório, a previsão de alcançar 2,0 de aquecimento era para 2050. O alerta sobre o aquecimento global vem desde a Conferência de Estocolmo em 1972 quando a população mundial era de 4 bilhões. Hoje, com uma população global de quase 8 bilhões, já passou a hora de medidas drásticas internacionais e este é justamente o assunto da COP-26 no próximo mês de novembro.
• Muitas mudanças já experimentadas e porvir serão irreversíveis por séculos e até milênios, especialmente as mudanças no oceano, nas camadas de gelo e no nível global do mar. Por exemplo, o CO2 que emitimos hoje fica de 300 a 1.000 anos na atmosfera – ou seja, as consequências do que fazemos hoje serão sentidas por muitos séculos.
Infelizmente, o relatório do AR6 de agosto diz ser inequívoco que tanto os limites de aquecimento de 1,5°C como de 2°C serão ultrapassados durante o século 21, a menos que reduzamos a emissão de gases de efeito estufa a zero até 2050.
O que isso tem a ver com a fé bíblica?
A crise no planeta tem tudo a ver com a humanidade, a missão da igreja e o discipulado cristão, a começar com o Primeiro Mandato (Gn 1 e 2), prosseguindo para o primeiro e definitivo pacto de Deus, a Aliança Eterna com a família de Noé e com todas (!) as criaturas (Gn 9), se definindo como o Propósito Redentor de Cristo (Cl 1.15-20)1 e culminando na nossa esperança, promessa e convivência em novo céu e nova terra: um mundo renovado (Ap 21–22).
Deus nos incumbiu de um mandato para cuidar da criação. Esta Comissão Última recebe destaque nos dois relatos iniciais da criação em Gn 1.1–2.3 e Gn 2.4-25. Alguém poderá pensar que a queda anulou a o Primeiro Mandato, mas a sua repetição e aplicação para Noé e toda a criação deixa claro que isto não é o caso, ainda mais quando a esta Primeira Aliança é atribuída o teor de “eterna” (Gn 9.11-12,16). É importante ressaltar que o primeiro indício de uma aliança missionária (Gn 9.18-27, especialmente v.27), bem antes da aliança missionária mais explicitamente ainda com Abraão, se insere dentro deste contexto da Comissão Última.
As lideranças das principais religiões, inclusive dos principais grupos cristãos2 (como a Aliança Evangélica Mundial3 e o Movimento Lausanne4), todos concordam que a fé é intimamente ligada à nossa responsabilidade com a criação. Como escreveu Dave Bookless5,
Embora as previsões científicas para 2050 sejam verdadeiramente assustadoras, nossa esperança não está na inovação tecnológica ou em soluções políticas, embora ambas sejam vitais, mas no compromisso de Deus com seu mundo.
Como cristãos, temos uma visão do reino de Deus na terra como no céu, de um rio de vida com árvores frutíferas, uma nova comunidade de pessoas de todas as raças e nações. Essa visão não fica apenas para a eternidade. É para nos guiar agora para uma ação movida pela esperança.
O que você pode fazer?
1. Pessoalmente, precisamos considerar bem o impacto dos nossos hábitos de alimentação, transporte e o destino dos nossos resíduos no meio ambiente. Toda ação, por menor que possa parecer, é válida. O importante é começar. Para isto, precisamos nos reeducar por meios seguros e fontes das mais confiáveis. No Brasil, algumas organizações que podem fornecer recursos são: Renovar o Nosso Mundo, Nós na Criação, a Iniciativa Inter-religioso pelas Florestas Tropicais, Fé no Clima e o Projeto Éden da ABC2 (Associação Brasileira de Cristãos na Ciência).
2. Como comunidades de fé, precisamos muito fazer o nosso papel de exemplo positivo nas nossas vizinhanças e na sociedade em geral. Primeiro, pensar bem o uso sustentável dos nossos espaços, da nossa energia, do transporte e a especial sensibilidade para os grupos mais carentes que sofrem mais das mudanças climáticas. Por exemplo, a pandemia era e ainda é uma oportunidade inédita para expressar o amor de Deus para os mais fragilizados. Com o aumento da frequência e intensidade de calamidades, comunidades de fé são especialmente posicionadas para ações de socorro.
3. Como cidadãos, profissionais e servidores públicos de nossos países e do mundo. As ações de governo, ONGs, empresas, em todos os níveis local, estadual, nacional e internacional, são absolutamente cruciais para a boa saúde do planeta e da humanidade. É preciso plantar árvores, parar de queimar combustíveis fósseis como o petróleo e carvão e reduzir a pressão sobre a capacidade de carga da Terra. Mas para isto, além das ações pessoais e comunitárias, precisamos levar isto a sério na hora do voto, na ação cidadã ou em nossos ambientes de trabalho. Quem sabe um começo não seja conhecendo iniciativas cristãs que cuidam do planeta e de pessoas afetadas por eventos climáticos extremos. Quem sabe um começo seja você orar e buscar honrar a Deus por meio do cuidado de sua criação.
Notas
1. Ver uma explicação mais detalhada no e-book A Teologia Bíblica da Criação.
2. Holy See: Faith and Science: An Appeal for COP26
3. Manifesto em Defesa do Meio Ambiente
4. ‘Code Red for Humanity’
5. Ver a última nota de rodapé.
• Timóteo Carriker, teólogo, missionário da Igreja Presbiteriana Independente, capelão d’A Rocha Brasil e surfista nas horas vagas. Pela Editora Ultimato, é autor de O Propósito de Deus e a Nossa Vocação, A Visão Missionária na Bíblia e Trabalho, Descanso e Dinheiro. É blogueiro do portal Ultimato.
• Matheus Ortega, gerente sênior de ação climática da C40 Cities.
Leia mais:
» A pandemia e o meio ambiente. Quem se importa?
» Mudanças climáticas: a natureza geme? | Diálogos de Esperança
» A reconciliação, em Cristo, da Criação
Em novembro, o planeta estará diante de uma encruzilhada. Essa geração será lembrada pelas decisões que serão tomadas entre 1 a 12 de novembro, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima (COP-26). Existe hoje um consenso científico preocupante: não há mais como conter o aquecimento global abaixo de 1,5°C, número acima da média global do período pré-industrial até 2040.
Para muitos leitores, isto pode parecer ter pouquíssima importância. Entretanto, o aumento da temperatura nos últimos cinquenta anos é maior que em qualquer período nos últimos milhares de anos. Isso significa que estamos vivendo uma era de aquecimento global sem precedentes na história da humanidade.
Por que o aquecimento global é um problema tão crítico?
O aumento na temperatura tem causado distorções no ecossistema e cada vez mais eventos climáticos extremos. Hoje há quatro vezes mais inundações, duas vezes mais secas e incêndios e duas vezes mais tempestades no mundo. O aquecimento global causa o derretimento das geleiras, que aumenta o nível do mar e coloca em risco milhões de pessoas que vivem perto da costa. Ele também faz com que a terra se torne improdutiva (um processo chamado desertificação), e o oceano fique mais ácido (hoje o oceano está 30% mais ácido do que cinquenta anos atrás), causando a morte de corais e a extinção de espécies marinhas.
Ainda pior: essas consequências afetam o ser humano, principalmente os mais vulneráveis. Por exemplo, 1,47 bilhões de pessoas estão expostas a eventos severos de inundações, sendo que 89% delas vivem em países de renda baixa ou média (principalmente no sudeste asiático, África e América Latina). Desde 2010, 21,5 milhões de pessoas por ano foram forçadas a deixarem seus lares por causa de questões climáticas – o dobro do número de refugiados por causa de conflitos. Ou seja, a mudança do clima é um dos problemas mais críticos que temos no mundo hoje.
O que tem causado o aquecimento global?
O grande problema é este: desde a Revolução Industrial, mais especialmente durante os últimos cinquenta anos, as emissões de carbono e de outros gases de efeito estufa na atmosfera têm se multiplicado exponencialmente. Isso está intimamente vinculado a dois fatores – a explosão populacional do último século e o desejo desenfreado de adquirir coisas (consumo) que por sua vez alimenta a indústria e a agricultura. Hoje, 97% dos cientistas concordam que o aquecimento global se deve ao fator humano (veja o gráfico no final do artigo).
Mas como podemos ter tanta certeza de tudo isto? E do ponto de vista bíblico, afinal de contas, Deus não é soberano? E as Escrituras não nos dão esperança? Essas três perguntas tratam de duas áreas principais: a científica e a bíblica. Vamos ver uma de cada vez.
O que a ciência diz sobre o aquecimento global?
Em 1988, as Nações Unidas estabeleceram o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, mais conhecido pela sigla em inglês, IPCC, que é hoje a maior autoridade científica sobre o assunto. O mais recente relatório de avaliação (AR6) do IPCC saiu no dia 6 de agosto de 2021 e tratou sobre a explicação científica das mudanças climáticas no mundo hoje. Suas afirmações, finalizadas e aprovadas por 234 autores cientistas de 195 países, são muito preocupantes. Resumindo mais de 6 mil páginas, elas revelam que:
• As atividades humanas aqueceram o globo em ritmo sem precedentes nos últimos 2 mil anos. Em 2019, as concentrações de carbono, metano e óxido nitroso (principais gases de efeito estufa) foram as maiores já registradas na história.
• O prognóstico para os próximos anos é mais preocupante ainda: o planeta deve alcançar 1,5°C de aquecimento acima do período pré-industrial até o ano 2030 e 2,0 graus até 2040. Antes deste relatório, a previsão de alcançar 2,0 de aquecimento era para 2050. O alerta sobre o aquecimento global vem desde a Conferência de Estocolmo em 1972 quando a população mundial era de 4 bilhões. Hoje, com uma população global de quase 8 bilhões, já passou a hora de medidas drásticas internacionais e este é justamente o assunto da COP-26 no próximo mês de novembro.
• Muitas mudanças já experimentadas e porvir serão irreversíveis por séculos e até milênios, especialmente as mudanças no oceano, nas camadas de gelo e no nível global do mar. Por exemplo, o CO2 que emitimos hoje fica de 300 a 1.000 anos na atmosfera – ou seja, as consequências do que fazemos hoje serão sentidas por muitos séculos.
Infelizmente, o relatório do AR6 de agosto diz ser inequívoco que tanto os limites de aquecimento de 1,5°C como de 2°C serão ultrapassados durante o século 21, a menos que reduzamos a emissão de gases de efeito estufa a zero até 2050.
O que isso tem a ver com a fé bíblica?
A crise no planeta tem tudo a ver com a humanidade, a missão da igreja e o discipulado cristão, a começar com o Primeiro Mandato (Gn 1 e 2), prosseguindo para o primeiro e definitivo pacto de Deus, a Aliança Eterna com a família de Noé e com todas (!) as criaturas (Gn 9), se definindo como o Propósito Redentor de Cristo (Cl 1.15-20)1 e culminando na nossa esperança, promessa e convivência em novo céu e nova terra: um mundo renovado (Ap 21–22).
Deus nos incumbiu de um mandato para cuidar da criação. Esta Comissão Última recebe destaque nos dois relatos iniciais da criação em Gn 1.1–2.3 e Gn 2.4-25. Alguém poderá pensar que a queda anulou a o Primeiro Mandato, mas a sua repetição e aplicação para Noé e toda a criação deixa claro que isto não é o caso, ainda mais quando a esta Primeira Aliança é atribuída o teor de “eterna” (Gn 9.11-12,16). É importante ressaltar que o primeiro indício de uma aliança missionária (Gn 9.18-27, especialmente v.27), bem antes da aliança missionária mais explicitamente ainda com Abraão, se insere dentro deste contexto da Comissão Última.
As lideranças das principais religiões, inclusive dos principais grupos cristãos2 (como a Aliança Evangélica Mundial3 e o Movimento Lausanne4), todos concordam que a fé é intimamente ligada à nossa responsabilidade com a criação. Como escreveu Dave Bookless5,
Embora as previsões científicas para 2050 sejam verdadeiramente assustadoras, nossa esperança não está na inovação tecnológica ou em soluções políticas, embora ambas sejam vitais, mas no compromisso de Deus com seu mundo.
Como cristãos, temos uma visão do reino de Deus na terra como no céu, de um rio de vida com árvores frutíferas, uma nova comunidade de pessoas de todas as raças e nações. Essa visão não fica apenas para a eternidade. É para nos guiar agora para uma ação movida pela esperança.
O que você pode fazer?
1. Pessoalmente, precisamos considerar bem o impacto dos nossos hábitos de alimentação, transporte e o destino dos nossos resíduos no meio ambiente. Toda ação, por menor que possa parecer, é válida. O importante é começar. Para isto, precisamos nos reeducar por meios seguros e fontes das mais confiáveis. No Brasil, algumas organizações que podem fornecer recursos são: Renovar o Nosso Mundo, Nós na Criação, a Iniciativa Inter-religioso pelas Florestas Tropicais, Fé no Clima e o Projeto Éden da ABC2 (Associação Brasileira de Cristãos na Ciência).
2. Como comunidades de fé, precisamos muito fazer o nosso papel de exemplo positivo nas nossas vizinhanças e na sociedade em geral. Primeiro, pensar bem o uso sustentável dos nossos espaços, da nossa energia, do transporte e a especial sensibilidade para os grupos mais carentes que sofrem mais das mudanças climáticas. Por exemplo, a pandemia era e ainda é uma oportunidade inédita para expressar o amor de Deus para os mais fragilizados. Com o aumento da frequência e intensidade de calamidades, comunidades de fé são especialmente posicionadas para ações de socorro.
3. Como cidadãos, profissionais e servidores públicos de nossos países e do mundo. As ações de governo, ONGs, empresas, em todos os níveis local, estadual, nacional e internacional, são absolutamente cruciais para a boa saúde do planeta e da humanidade. É preciso plantar árvores, parar de queimar combustíveis fósseis como o petróleo e carvão e reduzir a pressão sobre a capacidade de carga da Terra. Mas para isto, além das ações pessoais e comunitárias, precisamos levar isto a sério na hora do voto, na ação cidadã ou em nossos ambientes de trabalho. Quem sabe um começo não seja conhecendo iniciativas cristãs que cuidam do planeta e de pessoas afetadas por eventos climáticos extremos. Quem sabe um começo seja você orar e buscar honrar a Deus por meio do cuidado de sua criação.
Notas
1. Ver uma explicação mais detalhada no e-book A Teologia Bíblica da Criação.
2. Holy See: Faith and Science: An Appeal for COP26
3. Manifesto em Defesa do Meio Ambiente
4. ‘Code Red for Humanity’
5. Ver a última nota de rodapé.
• Timóteo Carriker, teólogo, missionário da Igreja Presbiteriana Independente, capelão d’A Rocha Brasil e surfista nas horas vagas. Pela Editora Ultimato, é autor de O Propósito de Deus e a Nossa Vocação, A Visão Missionária na Bíblia e Trabalho, Descanso e Dinheiro. É blogueiro do portal Ultimato.
• Matheus Ortega, gerente sênior de ação climática da C40 Cities.
Leia mais:
» A pandemia e o meio ambiente. Quem se importa?
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Ricardo Barbosa