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- 03 de abril de 2019
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Conheça a história do movimento das diaconisas, mulheres cristãs solteiras, que fundaram uma instituição filantrópica em Curitiba
Por Clayton Rucaly
Com a essência baseada no termo bíblico “diaconia”, os trabalhos acontecem desde 1980 em prol de servir ao próximo através de ações sociais e educacionais.
No mês de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Neste período, atos realizados por elas são lembrados e homenageados. É também o momento oportuno para olhar a própria história e reconhecer o trabalho de mulheres que dedicaram sua vida para Cristo e também pelo próximo. É o caso das irmãs diaconisas que foram uma das responsáveis por transformar a Irmandade Evangélica Betânia em uma instituição filantrópica voltada a ações educacionais e sociais, em Curitiba e Colombo no Paraná.
A Irmandade Evangélica Betânia surgiu como instituição na década de 80 e desde então tem buscado cumprir sua missão que é: “servir ao homem integral, movido pelo amor de Deus”. Mas a instituição tem suas origens na Alemanha, mais especificamente a partir de um movimento religioso de mulheres solteiras que se dedicavam a fazer missões, por vezes em locais muito distantes.
As primeiras mulheres diaconisas
O movimento das irmãs diaconisas surgiu no século 19, na Alemanha. O pastor luterano Theodor Fliedner, inconformado com a situação de pobreza decidiu trabalhar para transformar a realidade de muitas pessoas da época. Para isso, ele convidou mulheres cristãs, solteiras e que sentiram o chamado de Deus para servir. Juntos, deram início a um trabalho nas igrejas e com pessoas em vulnerabilidade na sociedade.
Assim surgia a primeira casa matriz das irmãs diaconisas, que trabalhavam no auxílio aos pobres, viúvas e necessitados. O movimento ganhou força rapidamente e nas igrejas muitos as viam como mães da comunidade. Não demorou para o movimento tornar-se referência para outros movimentos missionários na Europa.
Diaconisas atuando no Brasil
No Brasil, a chegada das primeiras diaconisas coincidiu com a presença dos colonos alemães nas terras gaúchas, catarinenses e paranaenses, logo após a 1ª Guerra Mundial. Muitos dos que chegaram não tinham suporte espiritual e suas comunidades se viam fragilizadas devido às dificuldades encontradas em solo brasileiro. Já na 2ª Guerra Mundial, as irmãs diaconisas foram chamadas para trabalharem não apenas no suporte aos colonos alemães, mas também atuando na sociedade brasileira, ajudando a erguer as vilas e comunidades, dando suporte aos doentes, mulheres, gestantes e crianças.
Catarina Cordeiro, uma das diaconisas da Irmandade Betânia conta que trabalhou na região de Joinville, em Santa Catarina, como enfermeira e também parteira. “Ajudei tantas crianças a nascerem que já perdi a conta”, brinca com bom humor. Hanni Schein, que atuou no interior do Paraná e até em vilas de pescadores da Bahia, compartilha que apesar de não ter tido filhos, Deus deu para as diaconisas centenas de filhos e filhas que hoje, estão espalhados por todo o Brasil, e elas os amam incondicionalmente, como uma mãe.
Com o passar do tempo, o movimento das irmãs sofreu uma diminuição no número de mulheres que ingressaram como diaconisas. Gabriele Kumm, uma das fundadoras da Irmandade Betânia, explica que mesmo que esse movimento deixe de existir na configuração inicial, a missão continuará. “Nosso principal objetivo não é fazer com que nosso movimento se perpetue no Brasil, sabemos que vai chegar um tempo em que ele irá passar. No entanto, queremos que nossa missão continue, que nossos princípios se tornem princípios de outras pessoas, e que eles passem a servir ao próximo em amor e movidos unicamente pelo amor de Deus”, conta.
Atualmente, a Irmandade Evangélica Betânia tem cerca de 60 pessoas em seu quadro de associados constituídos em três categorias: diaconisas, obreiros e cooperadores. Os associados são pessoas comprometidas com Cristo, que querem servir a Deus por meio de convivência e comunhão fraterna, apoiando-se mutuamente no exercício da diaconia como estilo de vida.
Para conhecer mais a Irmandade Betânia, clique aqui.
• Clayton Rucaly é jornalista e atua no departamento de comunicação da Irmandade Betânia.
Leia mais
» Deus fez muito mais com a minha vida do que o meu nascimento sinalizava!
» Livro Enviados para servir
Com a essência baseada no termo bíblico “diaconia”, os trabalhos acontecem desde 1980 em prol de servir ao próximo através de ações sociais e educacionais.
No mês de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Neste período, atos realizados por elas são lembrados e homenageados. É também o momento oportuno para olhar a própria história e reconhecer o trabalho de mulheres que dedicaram sua vida para Cristo e também pelo próximo. É o caso das irmãs diaconisas que foram uma das responsáveis por transformar a Irmandade Evangélica Betânia em uma instituição filantrópica voltada a ações educacionais e sociais, em Curitiba e Colombo no Paraná.
A Irmandade Evangélica Betânia surgiu como instituição na década de 80 e desde então tem buscado cumprir sua missão que é: “servir ao homem integral, movido pelo amor de Deus”. Mas a instituição tem suas origens na Alemanha, mais especificamente a partir de um movimento religioso de mulheres solteiras que se dedicavam a fazer missões, por vezes em locais muito distantes.
As primeiras mulheres diaconisas
O movimento das irmãs diaconisas surgiu no século 19, na Alemanha. O pastor luterano Theodor Fliedner, inconformado com a situação de pobreza decidiu trabalhar para transformar a realidade de muitas pessoas da época. Para isso, ele convidou mulheres cristãs, solteiras e que sentiram o chamado de Deus para servir. Juntos, deram início a um trabalho nas igrejas e com pessoas em vulnerabilidade na sociedade.
Assim surgia a primeira casa matriz das irmãs diaconisas, que trabalhavam no auxílio aos pobres, viúvas e necessitados. O movimento ganhou força rapidamente e nas igrejas muitos as viam como mães da comunidade. Não demorou para o movimento tornar-se referência para outros movimentos missionários na Europa.
No Brasil, a chegada das primeiras diaconisas coincidiu com a presença dos colonos alemães nas terras gaúchas, catarinenses e paranaenses, logo após a 1ª Guerra Mundial. Muitos dos que chegaram não tinham suporte espiritual e suas comunidades se viam fragilizadas devido às dificuldades encontradas em solo brasileiro. Já na 2ª Guerra Mundial, as irmãs diaconisas foram chamadas para trabalharem não apenas no suporte aos colonos alemães, mas também atuando na sociedade brasileira, ajudando a erguer as vilas e comunidades, dando suporte aos doentes, mulheres, gestantes e crianças.
Catarina Cordeiro, uma das diaconisas da Irmandade Betânia conta que trabalhou na região de Joinville, em Santa Catarina, como enfermeira e também parteira. “Ajudei tantas crianças a nascerem que já perdi a conta”, brinca com bom humor. Hanni Schein, que atuou no interior do Paraná e até em vilas de pescadores da Bahia, compartilha que apesar de não ter tido filhos, Deus deu para as diaconisas centenas de filhos e filhas que hoje, estão espalhados por todo o Brasil, e elas os amam incondicionalmente, como uma mãe.
Com o passar do tempo, o movimento das irmãs sofreu uma diminuição no número de mulheres que ingressaram como diaconisas. Gabriele Kumm, uma das fundadoras da Irmandade Betânia, explica que mesmo que esse movimento deixe de existir na configuração inicial, a missão continuará. “Nosso principal objetivo não é fazer com que nosso movimento se perpetue no Brasil, sabemos que vai chegar um tempo em que ele irá passar. No entanto, queremos que nossa missão continue, que nossos princípios se tornem princípios de outras pessoas, e que eles passem a servir ao próximo em amor e movidos unicamente pelo amor de Deus”, conta.
Atualmente, a Irmandade Evangélica Betânia tem cerca de 60 pessoas em seu quadro de associados constituídos em três categorias: diaconisas, obreiros e cooperadores. Os associados são pessoas comprometidas com Cristo, que querem servir a Deus por meio de convivência e comunhão fraterna, apoiando-se mutuamente no exercício da diaconia como estilo de vida.
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