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- 06 de maio de 2019
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Como a igreja pode contribuir para o combate às drogas
Por Phelipe Reis
Mais de 8 milhões de brasileiros são dependentes de maconha, álcool ou cocaína, segundo matéria publicada na revista Exame. De acordo com as informações publicadas, em 2012, o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD) apontou que cerca de 1,5 milhão de adolescentes e adultos usam maconha diariamente no Brasil, mais de 6 milhões de brasileiros já experimentaram cocaína ou derivados ao longo da vida, e 2 milhões fumaram crack, óxi ou merla alguma vez1.
Qual o papel das igrejas e organizações cristãs diante deste cenário? Para Juberto Galdino, coordenador da Rede Cristã de Agentes em Proteção e Prevenção às Drogas (Reage), há várias formas da igreja se envolver, tanto no trabalho de prevenção como no tratamento. Para ele, o primeiro passo pode ser a promoção de capacitação, cursos, rodas de diálogos e exposição bíblica sobre o tema.
Composta por representantes de denominações e organizações cristãs, a Reage tem entre seus objetivos a promoção do relacionamento, troca de experiências entre gestor público e segmentos da sociedade civil, por meio do conhecimento, divulgação, reflexão e aplicação das políticas públicas. Há três anos a Reage desenvolve atividades em Botucatu, interior de São Paulo.
Entre as ações desenvolvidas, está a realização de oficinas em escolas, que resultaram na diminuição da evasão escolar e na melhoria do desempenho dos alunos. No âmbito das políticas públicas, a Rede encabeça a frente de instalações de conselhos municipais (Comads), e promove a aproximação e criação de redes com os diversos agentes que trabalham com o tema drogas.
Além dessas iniciativas, a Reage atua nas comunidades promovendo mensalmente o projeto Impacto “Meu Bairro Longe das Drogas”, com foco na prevenção por meio da arte. Também há a solicitação de audiências públicas, encaminhamentos de Projetos de Lei, e a realização de ciclos de diálogos com líderes de bairros e gestores públicos.
Para Juberto Galdino, as igrejas evangélicas também podem ser importante agentes neste trabalho fazendo o mapeamento dos projetos de bairros, escolas, Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), delegacias e igrejas; realizando projetos de impacto, com atividades culturais, artísticas e espirituais; quando se fizer necessário, efetuando os devidos encaminhamentos para postos de saúde e comunidades terapêuticas; articulando redes de apoio que trabalhem com a família; e até mesmo criando uma rede de empresários cristãos para ajudar na reinserção no mercado de trabalho.
Mais de 8 milhões de brasileiros são dependentes de maconha, álcool ou cocaína, segundo matéria publicada na revista Exame. De acordo com as informações publicadas, em 2012, o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD) apontou que cerca de 1,5 milhão de adolescentes e adultos usam maconha diariamente no Brasil, mais de 6 milhões de brasileiros já experimentaram cocaína ou derivados ao longo da vida, e 2 milhões fumaram crack, óxi ou merla alguma vez1.
Qual o papel das igrejas e organizações cristãs diante deste cenário? Para Juberto Galdino, coordenador da Rede Cristã de Agentes em Proteção e Prevenção às Drogas (Reage), há várias formas da igreja se envolver, tanto no trabalho de prevenção como no tratamento. Para ele, o primeiro passo pode ser a promoção de capacitação, cursos, rodas de diálogos e exposição bíblica sobre o tema.
Composta por representantes de denominações e organizações cristãs, a Reage tem entre seus objetivos a promoção do relacionamento, troca de experiências entre gestor público e segmentos da sociedade civil, por meio do conhecimento, divulgação, reflexão e aplicação das políticas públicas. Há três anos a Reage desenvolve atividades em Botucatu, interior de São Paulo.
Entre as ações desenvolvidas, está a realização de oficinas em escolas, que resultaram na diminuição da evasão escolar e na melhoria do desempenho dos alunos. No âmbito das políticas públicas, a Rede encabeça a frente de instalações de conselhos municipais (Comads), e promove a aproximação e criação de redes com os diversos agentes que trabalham com o tema drogas.
Além dessas iniciativas, a Reage atua nas comunidades promovendo mensalmente o projeto Impacto “Meu Bairro Longe das Drogas”, com foco na prevenção por meio da arte. Também há a solicitação de audiências públicas, encaminhamentos de Projetos de Lei, e a realização de ciclos de diálogos com líderes de bairros e gestores públicos.
Para Juberto Galdino, as igrejas evangélicas também podem ser importante agentes neste trabalho fazendo o mapeamento dos projetos de bairros, escolas, Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), delegacias e igrejas; realizando projetos de impacto, com atividades culturais, artísticas e espirituais; quando se fizer necessário, efetuando os devidos encaminhamentos para postos de saúde e comunidades terapêuticas; articulando redes de apoio que trabalhem com a família; e até mesmo criando uma rede de empresários cristãos para ajudar na reinserção no mercado de trabalho.
Quais os dados oficiais mais recentes sobre o uso de drogas no Brasil?
Não há dados oficiais divulgados pelo governo quanto ao consumo de drogas no país, desde a publicação do 2º Levantamento Nacional Domiciliar sobre o Uso de Drogas, feito em 2005. O terceiro estudo do tipo foi concluído em 2016, mas os resultados não foram divulgados pela Secretaria Nacional de Política de Drogas (Senad)2.
Em abril deste ano, o site de notícias Intercept divulgou com exclusividade dados do documento. Pesquisadores consultados pela reportagem são unânimes em dizer que, embora preocupantes, os índices não fundamentam o que o governo classifica como epidemia3.
Para os especialistas, o problema que mais preocupa é o uso do álcool, e não o uso do crack. Segundo a pesquisa, 66,4% já fizeram uso de álcool na vida. Também é preocupante a facilidade para encontrar bebidas alcoólicas e a baixa percepção dos seus riscos. Tentativa de estrangulamento e ameaça com arma de fogo são as violências mais comuns decorrentes do abuso do álcool.
Notas
1. Matéria da Exame, baseada em dados do Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
2. Em estudo que governo engaveta, álcool preocupa mais que crack.
3. Reportagem da Intercept.
Imagens
1. A rede leva apresentações de dança, música e teatro às comunidades por meio do projeto “Meu Bairro Longe das Drogas”.
2. Nas audiências públicas, a Reage leva aos vereadores as demandas das comunidades, ouvidas nas rodas de conversas.
3. Trabalho de economia solidária para a ressocialização, promovida pela Reage, em parceria com o Sarad, Hospital de álcool e outras drogas.
Leia mais
» Uma história sobre drogas com final feliz
» Como Evitar — princípios para pais e educadores
» O que pode acontecer quando uma igreja local se abre para drogados?
Não há dados oficiais divulgados pelo governo quanto ao consumo de drogas no país, desde a publicação do 2º Levantamento Nacional Domiciliar sobre o Uso de Drogas, feito em 2005. O terceiro estudo do tipo foi concluído em 2016, mas os resultados não foram divulgados pela Secretaria Nacional de Política de Drogas (Senad)2.
Em abril deste ano, o site de notícias Intercept divulgou com exclusividade dados do documento. Pesquisadores consultados pela reportagem são unânimes em dizer que, embora preocupantes, os índices não fundamentam o que o governo classifica como epidemia3.
Para os especialistas, o problema que mais preocupa é o uso do álcool, e não o uso do crack. Segundo a pesquisa, 66,4% já fizeram uso de álcool na vida. Também é preocupante a facilidade para encontrar bebidas alcoólicas e a baixa percepção dos seus riscos. Tentativa de estrangulamento e ameaça com arma de fogo são as violências mais comuns decorrentes do abuso do álcool.
Notas
1. Matéria da Exame, baseada em dados do Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
2. Em estudo que governo engaveta, álcool preocupa mais que crack.
3. Reportagem da Intercept.
Imagens
1. A rede leva apresentações de dança, música e teatro às comunidades por meio do projeto “Meu Bairro Longe das Drogas”.
2. Nas audiências públicas, a Reage leva aos vereadores as demandas das comunidades, ouvidas nas rodas de conversas.
3. Trabalho de economia solidária para a ressocialização, promovida pela Reage, em parceria com o Sarad, Hospital de álcool e outras drogas.
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