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- 28 de maio de 2021
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Cheia dos rios aumenta os desafios de comunidades no Amazonas
Igreja em Ação
Por Márcio Schmidel
“Mas os pobres nunca serão esquecidos, nem se frustrará a esperança dos necessitados.” (Sl 9.18)
A Palavra de Deus nos ensina a ter corações compassivos, a chorarmos com quem chora e a acudirmos o aflito e necessitado (Pv 31.20; Sl 82.3; Rm 12.15). Esses são privilégios e responsabilidades da Igreja do Senhor Jesus.
Dentre tantas necessidades e desafios em nossa nação, gostaria de apresentar-lhes as cheias no Norte do nosso país.
Todos os anos, ocorre o ciclo das águas na Amazônia, um fenômeno natural em que durante os primeiros seis meses, os rios enchem e, nos outros seis, as águas baixam. A diferença de profundidade dos rios nesta época pode variar mais de 10 metros de altura em seus extremos. Os povos amazônicos estão adaptados a essa realidade e aprendem a conviver com a sazonalidade e seus desafios.
Enquanto as grandes secas dificultam a navegação e aumentam o isolamento, as grandes cheias inundam casas, plantações e até cidades inteiras. Dos 62 municípios do Amazonas, 52 sofrem com alagamentos e vários já decretaram estado de emergência. Segundo dados da Defesa Civil, mais de 400 mil pessoas já foram afetadas e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) prevê que em 2021 a cheia faça os rios ultrapassarem 30 metros. O último recorde foi em 2012, quando o Rio Negro chegou a 29,97 metros na bacia de Manaus e 2021 promete ser a terceira maior cheia dos últimos 110 anos.
Nessa época as populações ribeirinhas, indígenas e de diversas cidades acabam tendo que abandonar suas habitações e seus pertences, ficam nas moradias enquanto ainda podem se movimentar em um assoalho improvisado, de madeira, conhecido como maromba. À medida que o nível da água sobe, o assoalho é levantado até chegar a um limite e não dar mais para permanecerem nas casas. A maromba é também usada para manter os animais em local seco, mas muitos não resistem devido à fome e, inclusive, aos ataques de jacarés.
O abastecimento de energia é afetado e o perigo é maximizado com o uso das passarelas, principalmente para as crianças que correm o risco de cair nas águas ao brincar ou caminhar sobre as mesmas, além da infestação de insetos e animais peçonhentos como aranhas, cobra jararaca (comum na região e muito venenosa) que migram para as casas à procura de abrigo, onde os incidentes com picadas são quase inevitáveis.
Não bastasse a pandemia da Covid-19 que vem tornando a vida mais difícil, surgem outras doenças, como a gripe, devido ao constante contato com a água. A falta de alimento se torna mais aguda, pois as populações perdem suas hortas e roças. Este ano, muitos já perderam a safra inteira de alguns dos principais cultivos como a banana e a mandioca. Em muitas regiões, as casas de farinha (um dos principais meios de subsistência do povo amazônico), estão, em sua maioria, alagadas.
São várias semanas nesta luta e, provavelmente, os rios retornarão para os seus leitos apenas a partir de julho. Então virão as doenças resultantes dos alagamentos, como dengue, verminoses, doenças de pele, entre outras. Em tempos de distanciamento social e sob a ameaça de uma terceira onda da pandemia a atual configuração obriga as pessoas a se aglomerarem nas poucas casas e terras secas, um dilema complexo em um tempo difícil.
Em meio à triste realidade e grande necessidade, pode-se perceber a Palavra de Deus no Salmo 9.18 sendo cumprida no esmero e nas iniciativas do Corpo de Cristo a partir das igrejas locais e várias outras instituições missionárias na Amazônia, auxiliando a população com a doação de alimentos, medicamentos, material de higiene, roupas, calçados e também com transporte de pertences pessoais e traslados de pessoas para moradias temporárias de parentes ou vizinhos solidários. Mas ainda há muito por fazer e o Senhor quer usar a Sua igreja para levar, além do socorro material, a verdadeira esperança, o Cordeiro, que é Cristo.
Junte-se a nós! Ore pelos povos amazônicos! Envolva-se com as organizações que estão engajadas neste socorro!
Aliança Evangélica Pró Ribeirinhos (AEPR)
E-mail: aliancaepr@gmail.com
Departamento de Alianças Estratégicas (DAE/AMTB)
E-mail: aliancasestrategicas@amtb.org.br
Coordenador do DAE: Márcio Schmidel
Leia mais:
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Por Márcio Schmidel
“Mas os pobres nunca serão esquecidos, nem se frustrará a esperança dos necessitados.” (Sl 9.18)
A Palavra de Deus nos ensina a ter corações compassivos, a chorarmos com quem chora e a acudirmos o aflito e necessitado (Pv 31.20; Sl 82.3; Rm 12.15). Esses são privilégios e responsabilidades da Igreja do Senhor Jesus.
Dentre tantas necessidades e desafios em nossa nação, gostaria de apresentar-lhes as cheias no Norte do nosso país.
Todos os anos, ocorre o ciclo das águas na Amazônia, um fenômeno natural em que durante os primeiros seis meses, os rios enchem e, nos outros seis, as águas baixam. A diferença de profundidade dos rios nesta época pode variar mais de 10 metros de altura em seus extremos. Os povos amazônicos estão adaptados a essa realidade e aprendem a conviver com a sazonalidade e seus desafios.
Enquanto as grandes secas dificultam a navegação e aumentam o isolamento, as grandes cheias inundam casas, plantações e até cidades inteiras. Dos 62 municípios do Amazonas, 52 sofrem com alagamentos e vários já decretaram estado de emergência. Segundo dados da Defesa Civil, mais de 400 mil pessoas já foram afetadas e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) prevê que em 2021 a cheia faça os rios ultrapassarem 30 metros. O último recorde foi em 2012, quando o Rio Negro chegou a 29,97 metros na bacia de Manaus e 2021 promete ser a terceira maior cheia dos últimos 110 anos.
Nessa época as populações ribeirinhas, indígenas e de diversas cidades acabam tendo que abandonar suas habitações e seus pertences, ficam nas moradias enquanto ainda podem se movimentar em um assoalho improvisado, de madeira, conhecido como maromba. À medida que o nível da água sobe, o assoalho é levantado até chegar a um limite e não dar mais para permanecerem nas casas. A maromba é também usada para manter os animais em local seco, mas muitos não resistem devido à fome e, inclusive, aos ataques de jacarés.
O abastecimento de energia é afetado e o perigo é maximizado com o uso das passarelas, principalmente para as crianças que correm o risco de cair nas águas ao brincar ou caminhar sobre as mesmas, além da infestação de insetos e animais peçonhentos como aranhas, cobra jararaca (comum na região e muito venenosa) que migram para as casas à procura de abrigo, onde os incidentes com picadas são quase inevitáveis.
Não bastasse a pandemia da Covid-19 que vem tornando a vida mais difícil, surgem outras doenças, como a gripe, devido ao constante contato com a água. A falta de alimento se torna mais aguda, pois as populações perdem suas hortas e roças. Este ano, muitos já perderam a safra inteira de alguns dos principais cultivos como a banana e a mandioca. Em muitas regiões, as casas de farinha (um dos principais meios de subsistência do povo amazônico), estão, em sua maioria, alagadas.
São várias semanas nesta luta e, provavelmente, os rios retornarão para os seus leitos apenas a partir de julho. Então virão as doenças resultantes dos alagamentos, como dengue, verminoses, doenças de pele, entre outras. Em tempos de distanciamento social e sob a ameaça de uma terceira onda da pandemia a atual configuração obriga as pessoas a se aglomerarem nas poucas casas e terras secas, um dilema complexo em um tempo difícil.
Em meio à triste realidade e grande necessidade, pode-se perceber a Palavra de Deus no Salmo 9.18 sendo cumprida no esmero e nas iniciativas do Corpo de Cristo a partir das igrejas locais e várias outras instituições missionárias na Amazônia, auxiliando a população com a doação de alimentos, medicamentos, material de higiene, roupas, calçados e também com transporte de pertences pessoais e traslados de pessoas para moradias temporárias de parentes ou vizinhos solidários. Mas ainda há muito por fazer e o Senhor quer usar a Sua igreja para levar, além do socorro material, a verdadeira esperança, o Cordeiro, que é Cristo.
Junte-se a nós! Ore pelos povos amazônicos! Envolva-se com as organizações que estão engajadas neste socorro!
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