Opinião
- 26 de agosto de 2022
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As alegrias e os perigos de escrever
A paixão do argumento é ligada à posição nunca a uma pessoa. Oposição é amizade verdadeira
Por Paulo Ribeiro
Recentemente alguém me perguntou: “Por que você está escrevendo tanto?”. Confesso que ainda não sei responder completamente. Talvez, escrever seja uma forma de exteriorizar minhas preocupações, alegrias, tristezas e relatar o que está acontecendo ao nosso redor, ou talvez como uma forma de evitar o tédio da vida.
Em Oxford, havia um pequeno grupo de professores que se reunia regularmente em um pub para tomar chá ou cerveja e discutir seus projetos acadêmicos e literários – ou qualquer outro assunto. Entre eles estavam: J.R.R. Tolkien, C. Williams, O. Barfield, C. S. Lewis e outros.
O grupo era chamado The Inklings. Um nome muito apropriado para a função do grupo. Inkling significa uma leve ideia de que algo é verdadeiro ou provável de acontecer, embora não seja certo. As discussões que cobriram a vida, em geral, ajudaram também a moldar a forma final de suas obras. “O Senhor dos Anéis” é, provavelmente, o manuscrito mais conhecido discutido pelo grupo.
As discussões eram amigáveis, mas acaloradas no estilo inglês impessoal (a paixão do argumento é ligada à posição nunca a uma pessoa). “Oposição é amizade verdadeira” foi uma das maneiras pelas quais Barfield carregava suas discordâncias com seus amigos. É importante notar que o The Inklings Group foi mais ativo durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Europa estava à beira da destruição.
Anseio por um pequeno grupo literário (mesmo remoto) no qual mais amigos possam compor suas ideias e preocupações e discutir sobre o mundo e revisar e aprimorar os rascunhos. Adoro quando publico meus textos na Ultimato e LinkedIn e tenho amigos que complementam, corrigem e adicionam seus insights.
Escrever não é bom apenas para evitar o tédio da vida, mas também para a saúde mental. Como alguém disse: “a tinta (agora, o teclado) é a grande cura para todos os males humanos”.
Enfim, continuarei escrevendo sabendo que não tenho o dom de escrever, mas porque no momento “não posso deixar de escrever”. Eu sei que mais cedo ou mais tarde a compulsão irá embora. Até lá, eu vou continuar escrevendo e seguindo o conselho de um dos membros dos Inklings: “Quando a história parar de se contar para mim, eu tenho que parar de contar para outras pessoas; se eu tentar, só soaria forçado e maçante”. Espero que todo assunto que aborde eu possa manter os valores do evangelho latente em tudo que escrever.
Salomão estava certo quando disse: “Meu filho, deixe-me dar-lhe mais um conselho: tenha cuidado, pois escrever livros não tem fim, e estudar demais é cansativo” (Ec 12.12).
PS: E quando dois amigos discutem ... “Na realidade (embora jamais lhe pareça assim no momento), vocês dois modificam as ideias um do outro; dessa eterna e inflamada rixa, surge uma comunhão de mentalidades e uma profunda afeição. Acho, porém, que ele me mudou bem mais que eu a ele” (Surpreendido Pela Alegria, Ultimato).
Saiba mais:
» Conhecendo a Deus ao Logo do Ano, J. I. Packer
» É Preciso Saber Envelhecer, Paul Tournier
» Legado & Louvor - Grupo quer celebrar a riqueza do Evangelho dos anos 60 a ano 2000
» Capacita-me na arte de escrever
Por Paulo Ribeiro
Recentemente alguém me perguntou: “Por que você está escrevendo tanto?”. Confesso que ainda não sei responder completamente. Talvez, escrever seja uma forma de exteriorizar minhas preocupações, alegrias, tristezas e relatar o que está acontecendo ao nosso redor, ou talvez como uma forma de evitar o tédio da vida.
Em Oxford, havia um pequeno grupo de professores que se reunia regularmente em um pub para tomar chá ou cerveja e discutir seus projetos acadêmicos e literários – ou qualquer outro assunto. Entre eles estavam: J.R.R. Tolkien, C. Williams, O. Barfield, C. S. Lewis e outros.
O grupo era chamado The Inklings. Um nome muito apropriado para a função do grupo. Inkling significa uma leve ideia de que algo é verdadeiro ou provável de acontecer, embora não seja certo. As discussões que cobriram a vida, em geral, ajudaram também a moldar a forma final de suas obras. “O Senhor dos Anéis” é, provavelmente, o manuscrito mais conhecido discutido pelo grupo.
As discussões eram amigáveis, mas acaloradas no estilo inglês impessoal (a paixão do argumento é ligada à posição nunca a uma pessoa). “Oposição é amizade verdadeira” foi uma das maneiras pelas quais Barfield carregava suas discordâncias com seus amigos. É importante notar que o The Inklings Group foi mais ativo durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Europa estava à beira da destruição.
Anseio por um pequeno grupo literário (mesmo remoto) no qual mais amigos possam compor suas ideias e preocupações e discutir sobre o mundo e revisar e aprimorar os rascunhos. Adoro quando publico meus textos na Ultimato e LinkedIn e tenho amigos que complementam, corrigem e adicionam seus insights.
Escrever não é bom apenas para evitar o tédio da vida, mas também para a saúde mental. Como alguém disse: “a tinta (agora, o teclado) é a grande cura para todos os males humanos”.
Enfim, continuarei escrevendo sabendo que não tenho o dom de escrever, mas porque no momento “não posso deixar de escrever”. Eu sei que mais cedo ou mais tarde a compulsão irá embora. Até lá, eu vou continuar escrevendo e seguindo o conselho de um dos membros dos Inklings: “Quando a história parar de se contar para mim, eu tenho que parar de contar para outras pessoas; se eu tentar, só soaria forçado e maçante”. Espero que todo assunto que aborde eu possa manter os valores do evangelho latente em tudo que escrever.
Salomão estava certo quando disse: “Meu filho, deixe-me dar-lhe mais um conselho: tenha cuidado, pois escrever livros não tem fim, e estudar demais é cansativo” (Ec 12.12).
PS: E quando dois amigos discutem ... “Na realidade (embora jamais lhe pareça assim no momento), vocês dois modificam as ideias um do outro; dessa eterna e inflamada rixa, surge uma comunhão de mentalidades e uma profunda afeição. Acho, porém, que ele me mudou bem mais que eu a ele” (Surpreendido Pela Alegria, Ultimato).
A (RE)DESCOBERTA DA SERENIDADE – DEIXO COM VOCÊS A PAZ! NÃO FIQUEM AFLITOS | REVISTA ULTIMATO
"Serenidade” é definida como o estado da pessoa serena, que age de maneira calma e tranquila. Pode ser entendida também como a paz da mente, o equilíbrio emocional, o estado não perturbado, o domínio de si mesmo. Fúria, preocupação, inquietude e agitação são alguns de seus antônimos.
É disso que trata a matéria de capa da edição de 395 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Conhecendo a Deus ao Logo do Ano, J. I. Packer
» É Preciso Saber Envelhecer, Paul Tournier
» Legado & Louvor - Grupo quer celebrar a riqueza do Evangelho dos anos 60 a ano 2000
» Capacita-me na arte de escrever
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Manchester, na Inglaterra, foi Professor em Universidades nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Holanda, e Pesquisador em Centros de Pesquisa (EPRI, NASA). Atualmente é Professor Titular Livre na Universidade Federal de Itajubá, MG. É originário do Vale do Pajeú e torcedor do Santa Cruz.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao
Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao
Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
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