Opinião
- 13 de outubro de 2022
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Aquietar-se é uma escolha
Por Silêda Silva Steuernagel
No arrependimento e no descanso está a salvação de vocês, na quietude e na confiança está o seu vigor, mas vocês não quiseram. [Isaías 30.15]
Os dias que vivemos não convidam à quietude. Nem permitem! Com tantas demandas e cobranças, aquietar-se não seria irresponsabilidade? Para sermos respeitados e valorizados, precisamos “produzir e trabalhar, trabalhar para vencer”, como diz o hino do colégio onde meus filhos estudaram.
O exemplo clássico é o de Marta e Maria, símbolos da “trabalhadora” e da “contemplativa”. Uma corre como louca para dar conta de tudo, enquanto a outra escolhe assentar-se e ouvir. Marta e Maria: dois ícones das nossas tendências e anseios contraditórios.Em Isaías 30.15-17 há uma imagem que retrata nossa natureza impetuosa e desenfreada e a busca por sanidade. A prescrição do Senhor para a doença da ansiedade humana aponta para uma mudança radical (arrependimento), marcada por descanso, quietude e confiança. Nisso está, diz ele, “a salvação de vocês e a fonte do seu vigor” (v. 15).
Mas a resposta dos doentes é: “Não! Nós vamos fugir! Cavalgaremos cavalos velozes!” (v. 16).
E nós? Não preferimos também confiar nas estratégias às quais estamos acostumados? Aquietar-se significa parar, esperar, não saber. Não temos tempo nem paciência para isso. Descansar é contra nossa natureza. É preciso correr! Nossos “cavalos” são clones de como nos vemos: velozes, incansáveis, invencíveis. Eles, sim, são confiáveis, e o controle, pensamos, está em nossas mãos.
E nós? Não preferimos também confiar nas estratégias às quais estamos acostumados? Aquietar-se significa parar, esperar, não saber. Não temos tempo nem paciência para isso. Descansar é contra nossa natureza. É preciso correr! Nossos “cavalos” são clones de como nos vemos: velozes, incansáveis, invencíveis. Eles, sim, são confiáveis, e o controle, pensamos, está em nossas mãos.
O que não vemos, e o Senhor sim, é que freios e cabrestos têm limites e dependem da força e da destreza de quem os segura. Se o cavaleiro estiver descontrolado e destituído de vigor, quem comandará os cavalos? Os seus perseguidores (o cansaço, a ansiedade, a falsa segurança) são igualmente velozes! E, ao fugir, logo cavalo e cavaleiro serão vencidos e expostos em sua
fragilidade.
Mas o Senhor nos surpreende com um “contudo”: ele mesmo espera! Ele aguarda o momento de ser bondoso conosco e mostrar-nos compaixão (v. 18).
Deus quer nos dar descanso. Experimentá-lo depende de nós.
Qual é a sua escolha: aquietar-se e descansar ou fugir em cavalos velozes?
- Silêda Silva Steuernagel – Escritora, tradutora, palestrante e um coração que ouve.
Texto originalmente publicado no devocionário Refeições Diárias – Celebrando a Reconciliação.
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