Por Escrito
- 08 de novembro de 2019
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Aprendendo a entregar tudo nas mãos de Deus
Por Gabriel Sant’Ana
Nascido e criado em uma família de pai e mãe evangélicos, não tive uma experiência marcante de conversão. Frequentar a igreja e participar das atividades dela sempre foi algo rotineiro para mim.
A principal questão era que, mesmo frequentando regularmente a igreja, minha forma de viver não refletia muito bem uma vida verdadeiramente cristã. Exemplificando: minha forma de lidar com o dia a dia, com os problemas e até mesmo a forma de pensar não se baseavam muito no que a Bíblia orienta. Eu acreditava e tinha certa comunhão, orava e louvava, mas era tudo muito no automático; não tinha muita aplicação no dia a dia.
Assim, eu vivia apressado, buscando a perfeição naquilo que eu fazia, e querendo fazer tudo pelas minhas forças. Com o passar da adolescência, essa pressa só aumentava, as tensões do Enem se tornaram mais perceptíveis, as cobranças desse mundo se intensificaram e o desejo de fazer tudo por minha conta ficava mais forte. Não que querer fazer as coisas direito seja ruim, pelo contrário. Mas eu almejava fazer tudo de forma perfeita, não queria errar nunca.
Como resultado, as decepções se tornaram rotina, o cansaço intensificou-se e tudo isso começou a ter consequências cada vez mais incômodas em muitas áreas da minha vida. Nas orações, pedia com fervor a Deus, mas na prática eu não entregava a Deus, buscava tudo por minhas mãos. Por mais que as coisas melhorassem às vezes, era uma vida de altos e baixos.
Como disse antes, eu não tive uma experiência marcante de conversão, mas participei de diversos acampamentos e programações que me ajudaram muito na caminhada durante esses anos. No entanto, houve algo bem marcante que aconteceu em 2019. Uma conferência de jovens foi instrumento de Deus em diversas áreas da minha vida.
Na conferência ouvimos dos atributos de Deus. E, depois de ver quão grande e maravilhoso Ele é, a ficha caiu: quão minúsculos são os problemas do dia a dia, quão insignificantes são os motivos de minhas preocupações, e quão desnecessária é minha pressa!
Então, todas as peças reunidas durante toda a caminhada começaram a fazer sentido. Fiquei maravilhado! Não só pelo que vi e vivi naquela conferência, mas pelas grandiosas obras que o grande Rei faz, por tudo que Ele é.
Como é bom confiar nEle e a Ele tudo entregar no nosso viver. Aprender a confiar e a entregar tem sido essencial em minha caminhada. Ainda há muito a trilhar, mas cada vez mais o Senhor dá ânimo e força. Que entreguemos tudo a Ele!
• Gabriel Sant’Ana tem 19 anos, é membro da Igreja Presbiteriana de Viçosa, estudante de Administração na Universidade Federal de Viçosa e estagiário do setor financeiro na Ultimato.
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