Opinião
- 07 de maio de 2018
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A liberdade do artista, seguida de um convite
Por Marcos Almeida
“Todos deveriam ter o direito de contemplar pelo menos 30 minutos, por dia, daquilo que já existe; a ansiedade se cura compreendendo a dádiva!”
Essa é uma das minhas resoluções de vida, um tipo de Constituição, uma lei, sempre quebrada – é claro.
É que o fazer artístico gera no artesão (ou artista) muitas expectativas, ansiedades, excesso de futuro, sentimentos romanticamente vestidos de “esperança”, “resistência”, “militância” ou “revolução”, algo que parece sempre estar um passo adiante, como uma miragem, na outra margem do rio, margem que nunca chega, futuro do futuro, tão tão distante.
A fé (não a crença), neste cenário, chega como a verdadeira contracultura, porque ela diz assim: o que se espera já é. E uma arte que tem esta fé como berço, não como adereço, ou seja, útero para gestar a poesia, jamais nascerá como expectativa ou ansiedade. A arte vira testemunho, resposta, uma voz responsiva, filha exuberante da dádiva. Revolução aqui e agora.
Ah! Mas, os afetos e sentimentos que acompanham essa outra consciência, são assim: sem pressa, cuidam do que acontece dentro de mim, não são “sentimentos do futuro”, percebem o tempo, o ritmo e o rito, a doce sacralidade da vida; louca experiência de liberdade.
Serviço
Marcos Almeida realiza turnê com Palavrantiga em 14 cidades, começando em São Paulo e terminando em Vila Velha, com a gravação de DVD. Mais informações, aqui.
“Todos deveriam ter o direito de contemplar pelo menos 30 minutos, por dia, daquilo que já existe; a ansiedade se cura compreendendo a dádiva!”
Essa é uma das minhas resoluções de vida, um tipo de Constituição, uma lei, sempre quebrada – é claro.
É que o fazer artístico gera no artesão (ou artista) muitas expectativas, ansiedades, excesso de futuro, sentimentos romanticamente vestidos de “esperança”, “resistência”, “militância” ou “revolução”, algo que parece sempre estar um passo adiante, como uma miragem, na outra margem do rio, margem que nunca chega, futuro do futuro, tão tão distante.
A fé (não a crença), neste cenário, chega como a verdadeira contracultura, porque ela diz assim: o que se espera já é. E uma arte que tem esta fé como berço, não como adereço, ou seja, útero para gestar a poesia, jamais nascerá como expectativa ou ansiedade. A arte vira testemunho, resposta, uma voz responsiva, filha exuberante da dádiva. Revolução aqui e agora.
Ah! Mas, os afetos e sentimentos que acompanham essa outra consciência, são assim: sem pressa, cuidam do que acontece dentro de mim, não são “sentimentos do futuro”, percebem o tempo, o ritmo e o rito, a doce sacralidade da vida; louca experiência de liberdade.
Serviço
Marcos Almeida realiza turnê com Palavrantiga em 14 cidades, começando em São Paulo e terminando em Vila Velha, com a gravação de DVD. Mais informações, aqui.
Marcos Almeida é compositor, músico, professor e membro da banda brasileira de rock Palavrantiga. Colunista do portal, Marcos Almeida mantém seu blog pessoal "nossa brasilidade", um livro em construção.
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