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- 14 de novembro de 2016
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A imaginação tem espaço na leitura bíblica?
“Acho que a Bíblia estimula a imaginação”, é a resposta de João Cesário Leonel Ferreira, teólogo e professor de Letras na Universidade Mackenzie, com quem Ultimato conversou durante o I Congresso Internacional de Ciências da Religião da instituição.
“Os relatos nos livros dos profetas, em Apocalipse, nos evangelhos, nas cartas de Paulo, todos trabalham com alegorias. A igreja como noiva, como corpo de Cristo, o modo de funcionamento de seus membros. Tudo isso é um chamado para se imaginar as coisas”, diz João Leonel.
Ele explica que nosso problema, especificamente tratando-se do protestantismo histórico, “é que conduzimos tudo para um caminho só, o da razão. Quando a razão se torna o único critério, acabamos mutilando as potencialidades que um texto literário, categoria que se aplica também à Bíblia, pode exercer”.
Para o teólogo, quando interrompemos a imaginação e ficamos só na razão, perdemos muito do que a Bíblia tem a nos ensinar. A Bíblia fala à razão, que deve ser um caminho para a elaboração das imagens da imaginação.
João Leonel lembra que não foi por acaso que quando chegaram ao Brasil no século 19, protestantes como Robert Kalley, Ashbel Simonton e outros logo começaram a usar ficção religiosa em seus ensinos. Eles vinham de contextos norte-americanos e europeus nos quais a ficção já estava muito presente.
“No protestantismo, muitos acharão ruim se tocarmos uma música tida como secular, mas se o pastor usar uma citação de um poema que não é cristão, aí pode. A grande questão é: qual é a diferença? Entra então a concepção do que é o quê dentro do serviço religioso”, expõe o professor, que remete nossa falta de uso de aspectos como música e imagem no protestantismo a um histório de anti-catolicismo.
É preciso lembrar, no caso particular da literatura, que ela revela muito do que o ser humano é, em suas opções e contradições, em sua beleza e também na negridão.
“A literatura nos ajuda a compreender em profundidade quem somos e o que é a coletividade humana. As Escrituras fazem isso também, mas enquanto a Bíblia me faz entender o ser humano do passado, a literatura me faz entender o ser humano de hoje”, conclui o teólogo.
Foto: Aaron Burden/Unsplash
“Os relatos nos livros dos profetas, em Apocalipse, nos evangelhos, nas cartas de Paulo, todos trabalham com alegorias. A igreja como noiva, como corpo de Cristo, o modo de funcionamento de seus membros. Tudo isso é um chamado para se imaginar as coisas”, diz João Leonel.
Ele explica que nosso problema, especificamente tratando-se do protestantismo histórico, “é que conduzimos tudo para um caminho só, o da razão. Quando a razão se torna o único critério, acabamos mutilando as potencialidades que um texto literário, categoria que se aplica também à Bíblia, pode exercer”.
Para o teólogo, quando interrompemos a imaginação e ficamos só na razão, perdemos muito do que a Bíblia tem a nos ensinar. A Bíblia fala à razão, que deve ser um caminho para a elaboração das imagens da imaginação.
João Leonel lembra que não foi por acaso que quando chegaram ao Brasil no século 19, protestantes como Robert Kalley, Ashbel Simonton e outros logo começaram a usar ficção religiosa em seus ensinos. Eles vinham de contextos norte-americanos e europeus nos quais a ficção já estava muito presente.
“No protestantismo, muitos acharão ruim se tocarmos uma música tida como secular, mas se o pastor usar uma citação de um poema que não é cristão, aí pode. A grande questão é: qual é a diferença? Entra então a concepção do que é o quê dentro do serviço religioso”, expõe o professor, que remete nossa falta de uso de aspectos como música e imagem no protestantismo a um histório de anti-catolicismo.
É preciso lembrar, no caso particular da literatura, que ela revela muito do que o ser humano é, em suas opções e contradições, em sua beleza e também na negridão.
“A literatura nos ajuda a compreender em profundidade quem somos e o que é a coletividade humana. As Escrituras fazem isso também, mas enquanto a Bíblia me faz entender o ser humano do passado, a literatura me faz entender o ser humano de hoje”, conclui o teólogo.
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