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26 de novembro de 2019
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A Igreja e os protestos
![Micah Network](/image/atualiza_home/principal/ultimas/noticias/2019/11%20novembro/Not_26_11_2019_Libano.jpg)
As manifestações, por vezes infiltradas por desordeiros interessados em sabotar o movimento, são acompanhadas por bloqueios de estradas que têm paralisado setores vitais no país, incluindo educação, banco e transporte. A situação é bastante crítica e nós buscamos a intervenção de Deus em oração.
Enquanto isso, conversas interessantes estão acontecendo nos círculos eclesiásticos: Devemos participar das manifestações ou não? Talvez, a questão real seja mais profunda do que esta e tenha a ver com a percepção do papel da igreja ou com o nível de envolvimento dela na esfera pública. Acreditamos, de fato, que a igreja precisa se posicionar contra a corrupção e a injustiça; abrir a boca a favor do mundo, pela causa de todos que são designados à destruição.... e fazer justiça aos pobres e aos necessitados (Pv 31.8-9)?
A própria zona de conforto é conveniente demais. Não é para isso que somos chamados. Com o influxo dos refugiados sírios no Líbano, um número considerável das nossas igrejas saiu da zona de conforto e estendeu a mão aos seus novos próximos. Foi uma experiência completamente nova e diante da qual muitos tinham razão para ter dificuldades, dada a história entre os dois países. Contudo, o resultado foi uma mudança inspiradora tanto para quem acolheu, como para quem foi acolhido. As igrejas que responderam ao chamado experimentaram o que significa ser enviado para servir o mundo. E, hoje, várias destas igrejas são as que participam das manifestações. Algumas montam barracas de orações entre o povo.
Se é para a igreja ser efetiva e relevante na comunidade, ela precisa estar onde o povo está e posicionar-se com ele nas alegrias e dificuldades. Como cristãos, precisamos arregaçar as mangas e caminhar lado a lado com o oprimido e o vulnerável. Nem é preciso dizer que esta também é uma forma de sermos testemunhas de Deus na comunidade.
Apenas deste modo a igreja será uma voz à qual as pessoas darão ouvidos. E apenas assim a igreja será considerada como parte da comunidade.
Unam-se em oração conosco pelo Líbano e pelo povo do Líbano. Orem pela igreja também – por discernimento em meio a tempos desafiadores.
• Alia Abboud é membro da diretoria da Miqueias Global do Líbano e diretora de desenvolvimento da sociedade, do desenvolvimento educacional e social libanês.
Texto originalmente publicado no boletim de Miqueias Global, de novembro de 2019.
Leia mais:
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26 de novembro de 2019
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