Opinião
- 19 de outubro de 2011
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140 mil dólares jogados fora
O americano Robert Fitzpatrick, de 60 anos, gastou 140 mil dólares para espalhar a notícia de um tremendo terremoto que atingiria o planeta todo no dia 21 de maio deste ano. Ele acreditou piamente na profecia de outro americano, chamado Harold Camping, fundador e diretor da Family Radio, com sede em Oakland, na Califórnia. Como centenas de outras, essa profecia não se cumpriu.
Aqui no Brasil, o porta-voz do Movimento Salvar Almas, formado por leigos católicos moradores do Estado de Santa Catarina, garante que o fim dos tempos acontecerá no dia 21 de dezembro do próximo ano.
Essas profecias só servem para ridicularizar e desacreditar o Cristianismo. Além do mais, elas conseguem exatamente o oposto. Em vez de aguardar com segurança as promessas bíblicas que dizem respeito à escatologia (doutrina das últimas coisas), o povo zomba dessas coisas. Os falsos profetas e seus sectários são indesculpáveis, pois Jesus deixou bem claro que não nos compete saber “os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade” (Atos 1.7). Ninguém tem o direito de invadir a privacidade do Todo-Poderoso e ninguém tem acesso à sua agenda. O próprio Jesus, em outro momento, declarou enfaticamente: “Quanto ao dia e à hora [dos acontecimentos escatológicos] ninguém sabe” (Marcos 13.32).
O grande erro do tal americano que jogou fora 140 mil dólares (o equivalente a 245 mil reais) para anunciar o juízo final não foi essa providência em si, mas a imprudência de aceitar como absolutamente certa a profecia de Harold Camping.
Eu, de minha parte, continuo crendo, continuo pregando e continuo a alimentar a esperança da plenitude da salvação. Essa plenitude diz respeito às coisas mais desejáveis pelo ser humano: a ressurreição de todos os mortos, a morte da morte, o juízo final e os novos céus e a nova terra. E o que vai dar início a essa esperança é a própria parusia (numa linguagem mais sofisticada) ou o segundo advento de Cristo (numa linguagem mais simples). Eu acredito piamente, tranquilamente, alegremente, que Jesus “aparecerá segunda vez” (Hebreus 9.28), “com poder e grande glória” (Mateus 24.30), e que “todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram e que todos os povos da terra se lamentarão [de tristeza] por causa dele” (Apocalipse 1.7).
Se Robert Fitzpatrick tiver outros 140 mil dólares e quiser me ajudar a espalhar a plenitude da salvação, eu faria uma edição especial da revista Ultimato só sobre o assunto com uma tiragem de 268 mil exemplares, todavia sem mencionar qualquer data!
Aqui no Brasil, o porta-voz do Movimento Salvar Almas, formado por leigos católicos moradores do Estado de Santa Catarina, garante que o fim dos tempos acontecerá no dia 21 de dezembro do próximo ano.
Essas profecias só servem para ridicularizar e desacreditar o Cristianismo. Além do mais, elas conseguem exatamente o oposto. Em vez de aguardar com segurança as promessas bíblicas que dizem respeito à escatologia (doutrina das últimas coisas), o povo zomba dessas coisas. Os falsos profetas e seus sectários são indesculpáveis, pois Jesus deixou bem claro que não nos compete saber “os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade” (Atos 1.7). Ninguém tem o direito de invadir a privacidade do Todo-Poderoso e ninguém tem acesso à sua agenda. O próprio Jesus, em outro momento, declarou enfaticamente: “Quanto ao dia e à hora [dos acontecimentos escatológicos] ninguém sabe” (Marcos 13.32).
O grande erro do tal americano que jogou fora 140 mil dólares (o equivalente a 245 mil reais) para anunciar o juízo final não foi essa providência em si, mas a imprudência de aceitar como absolutamente certa a profecia de Harold Camping.
Eu, de minha parte, continuo crendo, continuo pregando e continuo a alimentar a esperança da plenitude da salvação. Essa plenitude diz respeito às coisas mais desejáveis pelo ser humano: a ressurreição de todos os mortos, a morte da morte, o juízo final e os novos céus e a nova terra. E o que vai dar início a essa esperança é a própria parusia (numa linguagem mais sofisticada) ou o segundo advento de Cristo (numa linguagem mais simples). Eu acredito piamente, tranquilamente, alegremente, que Jesus “aparecerá segunda vez” (Hebreus 9.28), “com poder e grande glória” (Mateus 24.30), e que “todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram e que todos os povos da terra se lamentarão [de tristeza] por causa dele” (Apocalipse 1.7).
Se Robert Fitzpatrick tiver outros 140 mil dólares e quiser me ajudar a espalhar a plenitude da salvação, eu faria uma edição especial da revista Ultimato só sobre o assunto com uma tiragem de 268 mil exemplares, todavia sem mencionar qualquer data!
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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