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- 20 de janeiro de 2010
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Zilda ajudou a reduzir índices de mortalidade infantil
(MÃOS DADAS) A coordenadora e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, foi atingida pelo desabamento de uma igreja no Haiti nesta terça-feira (12/01) e morreu na hora. Segundo relato de seu sobrinho, o senador Flávio Arns (PSDB-PR), “a Dra. Zilda estava em uma igreja, onde proferiu uma palestra para cerca de 150 pessoas. Ela já tinha acabado seu discurso e estava conversando com um sacerdote, que queria mais informações sobre o trabalho da Pastoral da Criança. De repente, começou o tremor. O padre que estava conversando com ela, deu um passo para o lado e a Dra. Zilda recuou um passo e foi atingida diretamente na cabeça, quando o teto desabou. Ela morreu na hora".
Médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns Neumann tinha 75 anos. Ela era o símbolo da luta contra a mortalidade infantil no Brasil. Seu legado está nas mãos dos 260 mil voluntários em todo o mundo, espalhados em 20 países.
A Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) destacou o trabalho da pediatra Zilda Arns no combate à mortalidade infantil e apontou que seus esforços deixaram o Brasil "bem próximo de alcançar pelo menos um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", o de diminuir em dois terços a taxa de morte de crianças até cinco anos até 2015. A Andi informou que, segundo o Ministério da Saúde, a parceria com a Pastoral da Criança beneficiou 1,9 milhão de gestantes e crianças menores de seis anos, em 4.063 municípios brasileiros, nos últimos dois anos. A taxa de mortalidade caiu de 47,1 óbitos por mil nascidos vivos em 1990 para 19,3 mortes, em 2007-59,7% a menos. Em 2001, por exemplo, a Pastoral registrou taxa de mortalidade infantil inferior a 13 mortes por mil nascidos vivos. Fora do programa, a média nacional de mortalidade infantil é de 34,6 óbitos por mil nascidos.
Em um trecho da palestra proferida aos padres e seminaristas, Zilda explicou como surgiu a metodologia da Pastoral da Criança:
"Tive a seguridade de seguir a metodologia de Jesus: organizar as pessoas em pequenas comunidades; identificar líderes, famílias com grávidas e crianças menores de seis anos. Os líderes que se dispusessem a trabalhar voluntariamente nessa missão de salvar vidas, seriam capacitados, no espírito da fé e vida, e preparados técnica e cientificamente, em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. Seriam acompanhados em seu trabalho para que não se desanimassem. Teriam a missão de compartilhar com as famílias a solidariedade fraterna, o amor, os conhecimentos sobre os cuidados com as grávidas e as crianças, para que estes sejam saudáveis e felizes. Assim como Jesus ordenou que considerassem se todos estavam saciados, tínhamos que implantar um sistema de informações, com alguns indicadores de fácil compreenção, inclusive para líderes analfabetos ou de baixa escolaridade. E vi diante de mim muitos gestos de sabedoria e amor apreendidos com o povo".
A Pastoral da Criança, fundada em 1983, é um órgão de Ação Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), da Igreja Católica. Zilda Arns foi indicada por três vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
Para ler a palestra de Zilda Arns na íntegra, clique em www.folha.uol.com.br
Fonte: www.maosdadas.org
Médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns Neumann tinha 75 anos. Ela era o símbolo da luta contra a mortalidade infantil no Brasil. Seu legado está nas mãos dos 260 mil voluntários em todo o mundo, espalhados em 20 países.
A Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) destacou o trabalho da pediatra Zilda Arns no combate à mortalidade infantil e apontou que seus esforços deixaram o Brasil "bem próximo de alcançar pelo menos um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", o de diminuir em dois terços a taxa de morte de crianças até cinco anos até 2015. A Andi informou que, segundo o Ministério da Saúde, a parceria com a Pastoral da Criança beneficiou 1,9 milhão de gestantes e crianças menores de seis anos, em 4.063 municípios brasileiros, nos últimos dois anos. A taxa de mortalidade caiu de 47,1 óbitos por mil nascidos vivos em 1990 para 19,3 mortes, em 2007-59,7% a menos. Em 2001, por exemplo, a Pastoral registrou taxa de mortalidade infantil inferior a 13 mortes por mil nascidos vivos. Fora do programa, a média nacional de mortalidade infantil é de 34,6 óbitos por mil nascidos.
Em um trecho da palestra proferida aos padres e seminaristas, Zilda explicou como surgiu a metodologia da Pastoral da Criança:
"Tive a seguridade de seguir a metodologia de Jesus: organizar as pessoas em pequenas comunidades; identificar líderes, famílias com grávidas e crianças menores de seis anos. Os líderes que se dispusessem a trabalhar voluntariamente nessa missão de salvar vidas, seriam capacitados, no espírito da fé e vida, e preparados técnica e cientificamente, em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. Seriam acompanhados em seu trabalho para que não se desanimassem. Teriam a missão de compartilhar com as famílias a solidariedade fraterna, o amor, os conhecimentos sobre os cuidados com as grávidas e as crianças, para que estes sejam saudáveis e felizes. Assim como Jesus ordenou que considerassem se todos estavam saciados, tínhamos que implantar um sistema de informações, com alguns indicadores de fácil compreenção, inclusive para líderes analfabetos ou de baixa escolaridade. E vi diante de mim muitos gestos de sabedoria e amor apreendidos com o povo".
A Pastoral da Criança, fundada em 1983, é um órgão de Ação Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), da Igreja Católica. Zilda Arns foi indicada por três vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
Para ler a palestra de Zilda Arns na íntegra, clique em www.folha.uol.com.br
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