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- 01 de março de 2011
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Vítimas da tragédia serrana precisam de psiquiatras voluntários
(ALC) A diretora do Departamento de Assistência de Saúde da Cruz Vermelha, Beth Benítez, apelou a médicos psiquiatras voluntários para que se disponham a ajudar nos fins de semana no atendimento às famílias que tiveram perdas por causa dos deslizamentos, enxurradas e cheias na serra do Rio, em janeiro. Segundo ela, têm surgido casos de surtos psicóticos e depressivos entre as vítimas da tragédia.
Antonio Carlos Ribeiro
Petrópolis, segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
As chuvas de 12 de janeiro mataram 893 pessoas na região serrana carioca. O último relatório divulgado pela polícia civil contabilizava 473 mortos em Nova Friburgo, 373 em Teresópolis, a segunda cidade mais castigada pela enxurrada; 71 mortos no distrito de Itaipava, em Petrópolis; 21 em Sumidouro; quatro em São José do Vale do Rio Preto; e um em Bom Jardim. Mais de 400 pessoas ainda estão desaparecidas.
Segundo Benítez, “como já era esperado, estamos tendo muitos casos de surtos psicóticos e depressivos, tanto em adultos e idosos, quanto em crianças, devido ao trauma vivido nas horas mais intensas da chuva, deslizamentos e enchentes que resultaram na tragédia”.
A médica explicou que “muitos que se encontravam ‘anestesiados’ estão tomando consciência de tudo agora e, ao se verem sem casa, sem familiares queridos, sem história, sem passado e achando-se sem futuro, entram em depressão profunda, com altíssimo risco de suicídio”.
Existem relatos de pessoas que estão sem dormir, informou a diretora da Cruz Vermelha, pois, contam as vítimas, “ao fecharem os olhos se veem envoltos aos corpos que ficaram no caminho. Muitos tiveram que enterrar seus próprios parentes, depois de alguns dias esperando auxílio, porque já não podiam mais suportar o cheiro do apodrecimento natural”.
Como estas imagens estão nas mentes de centenas de sobreviventes, a ajuda médica se torna urgente, enfatizou. A urgência é de tal monta que obrigou a entidade a um pedido direcionado ao grupo profissional.
A Cruz Vermelha de Teresópolis, localizada na Igreja de Santo Antônio, no Alto, recebe as inscrições de voluntários das 8h às 20h, munidos de documentos comprobatórios do ofício e demais materiais de trabalho (receituários, carimbos).
Antonio Carlos Ribeiro
Petrópolis, segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
As chuvas de 12 de janeiro mataram 893 pessoas na região serrana carioca. O último relatório divulgado pela polícia civil contabilizava 473 mortos em Nova Friburgo, 373 em Teresópolis, a segunda cidade mais castigada pela enxurrada; 71 mortos no distrito de Itaipava, em Petrópolis; 21 em Sumidouro; quatro em São José do Vale do Rio Preto; e um em Bom Jardim. Mais de 400 pessoas ainda estão desaparecidas.
Segundo Benítez, “como já era esperado, estamos tendo muitos casos de surtos psicóticos e depressivos, tanto em adultos e idosos, quanto em crianças, devido ao trauma vivido nas horas mais intensas da chuva, deslizamentos e enchentes que resultaram na tragédia”.
A médica explicou que “muitos que se encontravam ‘anestesiados’ estão tomando consciência de tudo agora e, ao se verem sem casa, sem familiares queridos, sem história, sem passado e achando-se sem futuro, entram em depressão profunda, com altíssimo risco de suicídio”.
Existem relatos de pessoas que estão sem dormir, informou a diretora da Cruz Vermelha, pois, contam as vítimas, “ao fecharem os olhos se veem envoltos aos corpos que ficaram no caminho. Muitos tiveram que enterrar seus próprios parentes, depois de alguns dias esperando auxílio, porque já não podiam mais suportar o cheiro do apodrecimento natural”.
Como estas imagens estão nas mentes de centenas de sobreviventes, a ajuda médica se torna urgente, enfatizou. A urgência é de tal monta que obrigou a entidade a um pedido direcionado ao grupo profissional.
A Cruz Vermelha de Teresópolis, localizada na Igreja de Santo Antônio, no Alto, recebe as inscrições de voluntários das 8h às 20h, munidos de documentos comprobatórios do ofício e demais materiais de trabalho (receituários, carimbos).
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