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Opinião

Vinte anos da queda do muro de Berlim

Lenildo Medeiros

"Estávamos preparados para tudo. Mas não para velas e orações." A declaração foi dada pelo membro do Comitê Central da Alemanha Oriental (RDA), Horst Sindermann, pouco antes de sua morte, e referia-se à derrubada do muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989. As reuniões de oração de uma igreja evangélica (protestante, de fato!) foram decisivas para a mobilização popular que derrubou aquela estrutura de concreto que separava o mundo. Hoje, 20 anos depois, a celebração inclui o convite à continuidade das orações, feito por meio da página da igreja na internet. Na igreja de São Nicolau os pastores destacam a necessidade de orar pelo ser humano como um todo, inserido no seu contexto social. Eles dizem: "Os nossos cultos de oração de paz continuarão! Trataremos com problemas de hoje -- o apoio ao desempregado e esforços para integrar estrangeiros na nossa cidade -- como tratamos com problemas no passado. As nossas intercessões e o nosso compromisso são tão necessários hoje como no passado, especialmente para as áreas críticas do mundo onde as novas guerras e os conflitos estouram constantemente".

No Brasil, talvez levados por um noticiário da mídia nacional que subestima tais fatos que exaltam a postura de uma igreja protestante num acontecimento tão importante mundialmente, os evangélicos perdem a oportunidade de espalhar esse testemunho para outras pessoas e, assim, atrair mais gente ao convívio cristão.

Na Alemanha, a igreja celebra e tem o reconhecimento da sociedade. E relembram que, além das orações, a palavra do Evangelho fez grande impacto até na vida daqueles que estavam ali para perseguir e reprimir o povo. Durante as reuniões semanais de orações pela paz que levaram o povo a derrubar o muro, com repercussões mundiais até o dia de hoje, as palavras de Jesus eram enfatizadas, como conta o pastor da igreja, Reverendo C. Führer:

"Eu sempre apreciava que os membros da polícia secreta estavam ouvindo as bem-aventuranças bíblicas do Sermão do Monte cada segunda-feira. Onde mais eles ouviriam isso? Assim, muita gente e os membros infiltrados do governo ouviram o Evangelho de Jesus Cristo que eles não conheciam, em uma igreja onde eles não podiam fazer nada. Eles receberam as boas-novas de Jesus que disse: ‘Abençoado são os pobres!’, e não: ‘Só gente rica é feliz’. Jesus disse: ‘Ame os seus inimigos!’, e não: ‘Abaixo com o seu oponente’. Jesus disse: ‘Muitos que agora são primeiros, serão últimos!’, e não: ‘Tudo ficará sempre o mesmo’. Jesus disse: ‘Quem salvar a sua vida, a perderá; e seja quem for que perder a sua vida por amor de mim, a encontrará!’, e não: ‘Tome grande cuidado’. Jesus disse: ‘Você é o sal!’, e não: ‘Você é a nata’."

As orações da paz começaram o processo que levou o povo a derrubar o muro de Berlim. Deus estava nisso! (Comente isso ainda hoje com seu colega de trabalho, escola, vizinho, familiar.) Flores enfeitavam a igreja de dia e velas chamavam a atenção à noite. O povo, mesmo os não-cristãos, se achegavam esperançosos e confiantes. A igreja orava. A mobilização espontânea confundia a repressão.

“O espírito de não-violência de Jesus agarrou as massas e tornou-se um poder material, pacífico. As tropas e a polícia retiraram-se. O partido e a ditadura ideológica caíram. Como diz a Bíblia: "Ele destrona os poderosos e entroniza os débeis"; "Você terá sucesso não pelo poder militar ou pela sua própria força, mas pelo meu espírito, diz o Senhor". É o que experimentamos. Houve milhares nas igrejas. Centenas de milhares nas ruas em volta do centro da cidade. Mas nenhuma janela de loja foi despedaçada. Isto foi a experiência incrível do poder da não-violência”, relata o reverendo da igreja de São Nicolau. O então líder da Alemanha Oriental, Sindermann, não soube como reagir a velas e orações.


• Lenildo Medeiros é jornalista, fundador da agência cristã de notícias Soma e pastor. lenildo@soma.org.br

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