Opinião
25 de março de 2025
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Viagens interplanetárias: as visões de Elon Musk e C.S. Lewis
Musk é otimista sobre o progresso tecnológico, enquanto Lewis era cético em relação ao utopismo científico
Por Paulo F. Ribeiro
Fiquei interessado em viagens espaciais depois de trabalhar em um projeto de pesquisa no Glenn Research Center da NASA, nos Estados Unidos, sobre uma rede elétrica para uma base lunar.
Então, ao ler Além do Planeta Silencioso, parte da Trilogia Espacial de C.S. Lewis, me fez pensar sobre a possibilidade de tais viagens.
No entanto, quando olhei para as distâncias e a complexidade, nada comparado a uma viagem à lua, percebi que viajar para os planetas era outra coisa.
Além do Planeta Silencioso (1938) acompanha o Dr. Ransom, um filólogo que é sequestrado por dois homens, Devine e Weston, e levado para Marte (Malacandra). Os captores planejam oferecê-lo como um sacrifício humano aos marcianos nativos, mas Ransom escapa e descobre os pacíficos e espiritualmente iluminados habitantes do planeta.
Ele descobre que a Terra (Thulcandra, o "planeta silencioso") está isolada do resto do cosmos devido à sua natureza caída e ao uso ineficiente de energia. Em contraste, Malacandra prospera sob a orientação de Oyarsa, um governante espiritual benevolente. Eventualmente, Ransom retorna à Terra com uma compreensão da ordem cósmica, do bem e do mal, e da natureza falha da humanidade.
Enquanto isso, o plano de Elon Musk para a exploração de Marte é criar uma colônia humana autossustentável no planeta para eventualmente tornar as viagens interplanetárias acessíveis e também para a sobrevivência da humanidade, fornecendo um backup em caso de catástrofes globais.
Portanto, tanto Lewis quanto Musk consideram explorar a expansão da humanidade além da Terra, mas suas motivações e fundamentos filosóficos são muito diferentes.
Além do Planeta Silencioso, de Lewis, imagina uma jornada a Marte onde um viajante humano encontra seres alienígenas e aprende sobre uma ordem espiritual cósmica. O projeto de Musk busca fazer de Marte um segundo lar para a humanidade, argumentando que a colonização interplanetária é necessária para a sobrevivência das espécies.

Lewis via a viagem espacial não como a salvação da humanidade, mas como um desafio espiritual e moral. Ele temia que colonizar outros planetas com a mesma mentalidade imperialista da Terra espalharia corrupção em vez de esclarecimento.
Musk é otimista sobre o progresso tecnológico, enfatizando soluções de engenharia para problemas, enquanto Lewis era cético em relação ao utopismo científico. Em Aquela Fortaleza Medonha, ele alerta sobre elites tecnocráticas usando a ciência para controlar o poder em vez do progresso genuíno.
Se Lewis estivesse vivo hoje, ele alertaria Musk que levar falhas humanas para Marte poderia levar à replicação dos erros da Terra em um novo planeta, já que a visão de Musk está principalmente preocupada com política, economia e engenharia.
Em última análise, enquanto Musk imagina Marte como o futuro refúgio da humanidade, Lewis nos lembraria que não importa o quão longe viajemos, a maior jornada continua sendo a transformação da alma humana.
Epílogo
Será que Elon Musk dará um exemplo não apenas de visão, mas de coragem, ao participar do primeiro voo para Marte? Afinal, qual melhor maneira de provar seu comprometimento com o futuro interplanetário da humanidade do que liderar a investida e experimentar em primeira mão as alegrias de uma longa viagem em gravidade zero, radiação cósmica e imóveis marcianos?
Tenho certeza de que Lewis preferiria ir ao Pub conversar com seus amigos sobre literatura e teologia.
Imagem: Pixabay.
REVISTA ULTIMATO – COMO VIVEM OS QUE TÊM ESPERANÇA
Com a matéria “Como vivem os que têm esperança”, Ultimato quer colocar Cristo no centro e enfatizar que a vida dos que têm esperança atrai outros para a Esperança. Quer lembrar que a comunidade dos que têm esperança deve ser uma ponte para aqueles que “passam por necessidades, cuja esperança para o futuro não é sustentada pela experiência de bênção no passado, que não conheceram cura, ou fé, ou prosperidade e que não têm esperança”.
É disso que trata a matéria de capa da edição 412 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Surpreendido Pela Alegria, C. S. Lewis
» O Regresso do Peregrino - Uma defesa alegórica do cristianismo, da razão e do romantismo, C. S. Lewis
» O Ajuste Fino do Universo - Em busca de Deus na ciência e na tecnologia, Alister McGrath
Por Paulo F. Ribeiro

Então, ao ler Além do Planeta Silencioso, parte da Trilogia Espacial de C.S. Lewis, me fez pensar sobre a possibilidade de tais viagens.
No entanto, quando olhei para as distâncias e a complexidade, nada comparado a uma viagem à lua, percebi que viajar para os planetas era outra coisa.
Além do Planeta Silencioso (1938) acompanha o Dr. Ransom, um filólogo que é sequestrado por dois homens, Devine e Weston, e levado para Marte (Malacandra). Os captores planejam oferecê-lo como um sacrifício humano aos marcianos nativos, mas Ransom escapa e descobre os pacíficos e espiritualmente iluminados habitantes do planeta.
Ele descobre que a Terra (Thulcandra, o "planeta silencioso") está isolada do resto do cosmos devido à sua natureza caída e ao uso ineficiente de energia. Em contraste, Malacandra prospera sob a orientação de Oyarsa, um governante espiritual benevolente. Eventualmente, Ransom retorna à Terra com uma compreensão da ordem cósmica, do bem e do mal, e da natureza falha da humanidade.
Enquanto isso, o plano de Elon Musk para a exploração de Marte é criar uma colônia humana autossustentável no planeta para eventualmente tornar as viagens interplanetárias acessíveis e também para a sobrevivência da humanidade, fornecendo um backup em caso de catástrofes globais.
Portanto, tanto Lewis quanto Musk consideram explorar a expansão da humanidade além da Terra, mas suas motivações e fundamentos filosóficos são muito diferentes.
Além do Planeta Silencioso, de Lewis, imagina uma jornada a Marte onde um viajante humano encontra seres alienígenas e aprende sobre uma ordem espiritual cósmica. O projeto de Musk busca fazer de Marte um segundo lar para a humanidade, argumentando que a colonização interplanetária é necessária para a sobrevivência das espécies.

Lewis via a viagem espacial não como a salvação da humanidade, mas como um desafio espiritual e moral. Ele temia que colonizar outros planetas com a mesma mentalidade imperialista da Terra espalharia corrupção em vez de esclarecimento.
Musk é otimista sobre o progresso tecnológico, enfatizando soluções de engenharia para problemas, enquanto Lewis era cético em relação ao utopismo científico. Em Aquela Fortaleza Medonha, ele alerta sobre elites tecnocráticas usando a ciência para controlar o poder em vez do progresso genuíno.
Se Lewis estivesse vivo hoje, ele alertaria Musk que levar falhas humanas para Marte poderia levar à replicação dos erros da Terra em um novo planeta, já que a visão de Musk está principalmente preocupada com política, economia e engenharia.
Em última análise, enquanto Musk imagina Marte como o futuro refúgio da humanidade, Lewis nos lembraria que não importa o quão longe viajemos, a maior jornada continua sendo a transformação da alma humana.
Epílogo
Será que Elon Musk dará um exemplo não apenas de visão, mas de coragem, ao participar do primeiro voo para Marte? Afinal, qual melhor maneira de provar seu comprometimento com o futuro interplanetário da humanidade do que liderar a investida e experimentar em primeira mão as alegrias de uma longa viagem em gravidade zero, radiação cósmica e imóveis marcianos?
Tenho certeza de que Lewis preferiria ir ao Pub conversar com seus amigos sobre literatura e teologia.
Imagem: Pixabay.

Com a matéria “Como vivem os que têm esperança”, Ultimato quer colocar Cristo no centro e enfatizar que a vida dos que têm esperança atrai outros para a Esperança. Quer lembrar que a comunidade dos que têm esperança deve ser uma ponte para aqueles que “passam por necessidades, cuja esperança para o futuro não é sustentada pela experiência de bênção no passado, que não conheceram cura, ou fé, ou prosperidade e que não têm esperança”.
É disso que trata a matéria de capa da edição 412 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Surpreendido Pela Alegria, C. S. Lewis
» O Regresso do Peregrino - Uma defesa alegórica do cristianismo, da razão e do romantismo, C. S. Lewis
» O Ajuste Fino do Universo - Em busca de Deus na ciência e na tecnologia, Alister McGrath
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Manchester, na Inglaterra, foi Professor em Universidades nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Holanda, e Pesquisador em Centros de Pesquisa (EPRI, NASA). Atualmente é Professor Titular Livre na Universidade Federal de Itajubá, MG. É originário do Vale do Pajeú e torcedor do Santa Cruz.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao
Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao
Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
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