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- 06 de fevereiro de 2009
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Vaticano chama bispo à retratação
(ALC) O bispo católico tradicionalista Richard Williamson foi convocado, no dia 4 de fevereiro, "inequivoca e publicamente de qualquer distância" para uma explicação ao Vaticano, antes de sua reinstalação como bispo.
A anulação da excomunhão dos negacionistas do Holocausto, Williamson e outros três bispos da conservadora Fraternidade Sacerdotal Pio X pelo papa Bento XVI tem causado uma tempestade de indignação.
A explicação dada é que Bento XVI não sabia da entrevista de Williamson concedida à televisão sueca à época da decisão e que determinou sua convocação para explicar-se no Vaticano. Na entrevista, Williamson nega a existência de câmaras de gás nos campos de concentração nazistas.
A explicação do Vaticano não foi suficientemente crítica. O secretário-geral do Conselho Central de Judeus na Alemanha, Stephan Kramer, entendeu que a reação carece de consistência, mas admitiu que foi um passo certo. A questão é mais complexa e não se reduz a Williamson, mas toca na questão principal do contato com a Fraternidade.
As opiniões de Williamson se tornaram conhecidas através de sua entrevista à tv sueca Station SVT e transmitida até o dia 21 de janeiro, já tendo sido divulgada na edição do dia 19 da revista Der Spiegel.
A Fraternidade Sacerdotal Pio X contesta as evidências históricas da existência de câmaras de gás no período do nacional-socialismo e a morte de seis milhões de judeus, admitindo apenas que entre 200 e 300 mil judeus tenham sido assassinados pelos nazistas.
No dia 24 de janeiro foi publicada a decisão papal de aceitar Williamson novamente na Igreja Católica.
Nesta terça-feira, dia 3, a chanceler Angela Merkel (CDU), evangélica, filha de pastor e a primeira chefe de governo na Alemanha, insistiu por uma não-ambígua clarificação do papa, que é alemão.
Apesar da convocação, na audiência-geral de ontem de manhã, sob a expectativa de tensão no Vaticano, o papa Bento XVI não disse nada a respeito da reabilitação dos negacionistas do Holocausto, e nem reagiu à chamada insistente da chanceler da Alemanha.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Estado de Israel declarou que vê com “pesar e preocupação” a decisão do Vaticano de reintegrar ao quadro da Igreja Católica o bispo Richard Williamson.
“Este ato pela Santa Sé ofende a cada judeu, em Israel e ao redor do mundo, e humilha a memória das vítimas e sobreviventes do Holocausto”, disse.
O Estado de Israel considera, contudo, as recentes observações da Santa Sé e de representantes do Vaticano, de advertência contra a negação do Holocausto, como um primeiro passo, mas espera “decisões mais explícitas e inequívocas sobre a questão”.
Williamson foi excomungado em 1988. Atualmente, mora na Argentina.
Fonte: www.alcnoticias.org
A anulação da excomunhão dos negacionistas do Holocausto, Williamson e outros três bispos da conservadora Fraternidade Sacerdotal Pio X pelo papa Bento XVI tem causado uma tempestade de indignação.
A explicação dada é que Bento XVI não sabia da entrevista de Williamson concedida à televisão sueca à época da decisão e que determinou sua convocação para explicar-se no Vaticano. Na entrevista, Williamson nega a existência de câmaras de gás nos campos de concentração nazistas.
A explicação do Vaticano não foi suficientemente crítica. O secretário-geral do Conselho Central de Judeus na Alemanha, Stephan Kramer, entendeu que a reação carece de consistência, mas admitiu que foi um passo certo. A questão é mais complexa e não se reduz a Williamson, mas toca na questão principal do contato com a Fraternidade.
As opiniões de Williamson se tornaram conhecidas através de sua entrevista à tv sueca Station SVT e transmitida até o dia 21 de janeiro, já tendo sido divulgada na edição do dia 19 da revista Der Spiegel.
A Fraternidade Sacerdotal Pio X contesta as evidências históricas da existência de câmaras de gás no período do nacional-socialismo e a morte de seis milhões de judeus, admitindo apenas que entre 200 e 300 mil judeus tenham sido assassinados pelos nazistas.
No dia 24 de janeiro foi publicada a decisão papal de aceitar Williamson novamente na Igreja Católica.
Nesta terça-feira, dia 3, a chanceler Angela Merkel (CDU), evangélica, filha de pastor e a primeira chefe de governo na Alemanha, insistiu por uma não-ambígua clarificação do papa, que é alemão.
Apesar da convocação, na audiência-geral de ontem de manhã, sob a expectativa de tensão no Vaticano, o papa Bento XVI não disse nada a respeito da reabilitação dos negacionistas do Holocausto, e nem reagiu à chamada insistente da chanceler da Alemanha.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Estado de Israel declarou que vê com “pesar e preocupação” a decisão do Vaticano de reintegrar ao quadro da Igreja Católica o bispo Richard Williamson.
“Este ato pela Santa Sé ofende a cada judeu, em Israel e ao redor do mundo, e humilha a memória das vítimas e sobreviventes do Holocausto”, disse.
O Estado de Israel considera, contudo, as recentes observações da Santa Sé e de representantes do Vaticano, de advertência contra a negação do Holocausto, como um primeiro passo, mas espera “decisões mais explícitas e inequívocas sobre a questão”.
Williamson foi excomungado em 1988. Atualmente, mora na Argentina.
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