Opinião
- 10 de janeiro de 2017
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Uma revolução não violenta
Por Shane Claiborne [Tradução: Mozart Archilla]
Dr. Martin Luther King Jr. disse: a “revolta é a linguagem dos que não são ouvidos”.
O que acontece quando as pessoas acham que suas vozes não estão sendo ouvidas?
Eles falam mais alto.
Revolta é o que quase aconteceu na cidade de Ferguson no EUA, e todos nós, que vivemos em bairros frágeis e com uma profunda injustiça racial como pano de fundo, precisamos prestar atenção.
Em Ferguson, uma comunidade bastante unida foi devastada por algo novamente entendido como injustiça. Eles queriam ser ouvidos. Porém, marchas pacíficas foram respondidas com brutalidade sem precedentes.
Lágrimas foram recebidas com gás lacrimogêneo.
É como se as autoridades estivessem tapando suas orelhas. Então as pessoas gritaram ainda mais alto – e o mundo começou a prestar atenção.
Num momento delicado de emoções à flor da pele, o povo de Ferguson teve que escolher entre a revolta e a ação direta não violenta nas ruas. Um grupo muito pequeno (muitos deles discutivelmente ativistas vindos de fora) apelaram para algumas formas de dano à propriedade alheia. Isso chamou a atenção da imprensa.
Alguns podem dizer que isso capturou as manchetes.
Mas não é assim que eu vou me lembrar de Ferguson.
O que chamou mais atenção do que o breve momento de depredação de bens, foi o cuidado disciplinado com o qual o povo de Ferguson começou a se organizar e treinar. Eles não combateram fogo com fogo. Eles fizeram seminários em não-violência e organização da comunidade. Eles montaram postos de inscrição de eleitores e de oração. Redes completamente novas de líderes cristãos foram formadas.
Essa rebelião não violenta tem sido incrível de se ver. Um movimento devagar, firme, disciplinado em Ferguson chamou a atenção do mundo. Outro dia, em uma teleconferência com líderes da igreja, alguém disse muito eloquentemente:
“Eles estão transformando um momento num movimento.”
O Dr. King estava certo. Revolta é uma maneira de fazer as pessoas prestarem atenção. Contudo, não é a única maneira.
CLIQUE AQUI E CONTINUE LENDO O ARTIGO NO BLOG DIGNIDADE
Nota: Traduzido de A Nonviolent Uprising
• Shane Claiborne é o autor de best-sellers, reconhecido ativista e preletor, além de um auto-declarado “pecador em recuperação”. Shane publica e palestra em vários países sobre promoção da paz, justiça social, e Jesus, e é autor de inúmeros livros como A Revolução Irresistível, Jesus for President, e o mais recente, Executing Grace (sobre a pena de morte). Ele é o líder visionário da comunidade The Simple Way, na Filadélfia, e co-diretor dos Cristãos da Letra Vermelha. Seu trabalho já foi citado e reconhecido pela Fox News, Esquire, SPIN, The Wall Street Journal, NPR e CNN.
Foto: Reuters/J. Miczek
Dr. Martin Luther King Jr. disse: a “revolta é a linguagem dos que não são ouvidos”.
O que acontece quando as pessoas acham que suas vozes não estão sendo ouvidas?
Eles falam mais alto.
Revolta é o que quase aconteceu na cidade de Ferguson no EUA, e todos nós, que vivemos em bairros frágeis e com uma profunda injustiça racial como pano de fundo, precisamos prestar atenção.
Em Ferguson, uma comunidade bastante unida foi devastada por algo novamente entendido como injustiça. Eles queriam ser ouvidos. Porém, marchas pacíficas foram respondidas com brutalidade sem precedentes.
Lágrimas foram recebidas com gás lacrimogêneo.
É como se as autoridades estivessem tapando suas orelhas. Então as pessoas gritaram ainda mais alto – e o mundo começou a prestar atenção.
Num momento delicado de emoções à flor da pele, o povo de Ferguson teve que escolher entre a revolta e a ação direta não violenta nas ruas. Um grupo muito pequeno (muitos deles discutivelmente ativistas vindos de fora) apelaram para algumas formas de dano à propriedade alheia. Isso chamou a atenção da imprensa.
Alguns podem dizer que isso capturou as manchetes.
Mas não é assim que eu vou me lembrar de Ferguson.
O que chamou mais atenção do que o breve momento de depredação de bens, foi o cuidado disciplinado com o qual o povo de Ferguson começou a se organizar e treinar. Eles não combateram fogo com fogo. Eles fizeram seminários em não-violência e organização da comunidade. Eles montaram postos de inscrição de eleitores e de oração. Redes completamente novas de líderes cristãos foram formadas.
Essa rebelião não violenta tem sido incrível de se ver. Um movimento devagar, firme, disciplinado em Ferguson chamou a atenção do mundo. Outro dia, em uma teleconferência com líderes da igreja, alguém disse muito eloquentemente:
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O Dr. King estava certo. Revolta é uma maneira de fazer as pessoas prestarem atenção. Contudo, não é a única maneira.
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Nota: Traduzido de A Nonviolent Uprising
• Shane Claiborne é o autor de best-sellers, reconhecido ativista e preletor, além de um auto-declarado “pecador em recuperação”. Shane publica e palestra em vários países sobre promoção da paz, justiça social, e Jesus, e é autor de inúmeros livros como A Revolução Irresistível, Jesus for President, e o mais recente, Executing Grace (sobre a pena de morte). Ele é o líder visionário da comunidade The Simple Way, na Filadélfia, e co-diretor dos Cristãos da Letra Vermelha. Seu trabalho já foi citado e reconhecido pela Fox News, Esquire, SPIN, The Wall Street Journal, NPR e CNN.
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