Por Escrito
- 21 de novembro de 2017
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Um vazio do tamanho de Deus
Lilian C. Q. Rodrigues
Nasci em um lar católico e desestruturado, mas desde pequena meus pais me levavam à igreja. Aos domingos rezava na missa e participava de outras atividades religiosas. Contudo o meu coração estava insatisfeito com aqueles rituais, eu ansiava por algo maior, alguma coisa que preenchesse o vazio do meu coração.
De alguma forma eu sabia que existia um Deus que fosse mais pessoal e que me ajudaria a enfrentar as dificuldades em casa. Participava das atividades da igreja, tocava violão no grupo de jovens, ia aos retiros que as freiras organizavam. Houve uma vez que num desses encontros, elas passaram um filme da paixão de Cristo. Eu não conseguia conter as lágrimas olhando o sofrimento de Jesus e pensava “como alguém pode ter tanto amor assim?” Mas, nada trazia sentido para o meu triste coração, eu ansiava por algo que desse sentido a minha vida, que me salvasse de tantos problemas em meu lar.
Então, quando eu estava no primeiro colegial, aos quatorze anos, fiz amizade com uma colega evangélica e ela começou a questionar meus ritos de igreja, sempre enfatizando a Bíblia; eu devia ler e buscar nela as respostas para meus anseios. Nós estudávamos juntas em sua casa e achava muito estranho porque a família orava antes das refeições e ela orava comigo antes de começarmos as tarefas da escola.
Daí aconteceu um fato surpreendente: eu comecei a ler e compreender a Bíblia! Isto era maravilhoso porque, até então, eu não conseguia entender as Escrituras. Os meus olhos se abriram... Parecia que Deus estava falando diretamente ao meu coração! O Deus pessoal que eu tanto buscava tornou-se real e se importava comigo! Ele dizia naqueles textos que eu era especial para ele, que “jamais me deixaria, jamais me abandonaria”. Isso foi entrando de tal forma em meu ser que acabei me rendendo totalmente a Jesus e ao seu amor. Aquele vazio que existia dentro de mim foi completamente preenchido! Assim, eu não precisava buscar mais nada porque Cristo era suficiente. A igreja da minha amiga, Igreja Batista Jardim das Oliveiras, SP, pastoreada pelo querido pastor Manoel Thé, acolheu-me completamente! Agora eu sabia o que era uma família cristã.
Mais tarde, num acampamento evangélico, Deus me chamou em uma de minhas devocionais, para levar o evangelho “até os confins da terra”. Não entendi muito bem o que isso significava, mas prossegui servindo e buscando a vontade de Deus em sua Palavra, a fim de entender o que ele queria de mim.
Depois de uma jornada bem tortuosa e cheia de percalços, fiz no seminário o curso de missiologia. Hoje, casada com Leandro, servo também do Senhor, entendemos que não poderíamos ficar calados diante de tão grande amor e aceitamos o desafio de missões. Depois de um projeto de curto prazo na África, voltamos, estamos nos preparando e desejamos retornar para servirmos como missionários em tempo integral. Hoje posso afirmar com convicção que Deus preencheu todas as lacunas do meu coração e sou filha amada por ele: “O próprio SENHOR irá à sua frente e estará com você; ele nunca a deixará, nunca a abandonará. Não tenha medo! Não desanime!” (Dt 31.8).
• Lilian C. Q. Rodrigues é revisora na Editora Ultimato.
Leia mais
O justo viverá pela fé
A menina que se “perverteu”
O Cão de Caça do Céu e o Menino Sorriso
Photo by Nsey Benajah on Unsplash
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De alguma forma eu sabia que existia um Deus que fosse mais pessoal e que me ajudaria a enfrentar as dificuldades em casa. Participava das atividades da igreja, tocava violão no grupo de jovens, ia aos retiros que as freiras organizavam. Houve uma vez que num desses encontros, elas passaram um filme da paixão de Cristo. Eu não conseguia conter as lágrimas olhando o sofrimento de Jesus e pensava “como alguém pode ter tanto amor assim?” Mas, nada trazia sentido para o meu triste coração, eu ansiava por algo que desse sentido a minha vida, que me salvasse de tantos problemas em meu lar.
Então, quando eu estava no primeiro colegial, aos quatorze anos, fiz amizade com uma colega evangélica e ela começou a questionar meus ritos de igreja, sempre enfatizando a Bíblia; eu devia ler e buscar nela as respostas para meus anseios. Nós estudávamos juntas em sua casa e achava muito estranho porque a família orava antes das refeições e ela orava comigo antes de começarmos as tarefas da escola.
Daí aconteceu um fato surpreendente: eu comecei a ler e compreender a Bíblia! Isto era maravilhoso porque, até então, eu não conseguia entender as Escrituras. Os meus olhos se abriram... Parecia que Deus estava falando diretamente ao meu coração! O Deus pessoal que eu tanto buscava tornou-se real e se importava comigo! Ele dizia naqueles textos que eu era especial para ele, que “jamais me deixaria, jamais me abandonaria”. Isso foi entrando de tal forma em meu ser que acabei me rendendo totalmente a Jesus e ao seu amor. Aquele vazio que existia dentro de mim foi completamente preenchido! Assim, eu não precisava buscar mais nada porque Cristo era suficiente. A igreja da minha amiga, Igreja Batista Jardim das Oliveiras, SP, pastoreada pelo querido pastor Manoel Thé, acolheu-me completamente! Agora eu sabia o que era uma família cristã.
Mais tarde, num acampamento evangélico, Deus me chamou em uma de minhas devocionais, para levar o evangelho “até os confins da terra”. Não entendi muito bem o que isso significava, mas prossegui servindo e buscando a vontade de Deus em sua Palavra, a fim de entender o que ele queria de mim.
Depois de uma jornada bem tortuosa e cheia de percalços, fiz no seminário o curso de missiologia. Hoje, casada com Leandro, servo também do Senhor, entendemos que não poderíamos ficar calados diante de tão grande amor e aceitamos o desafio de missões. Depois de um projeto de curto prazo na África, voltamos, estamos nos preparando e desejamos retornar para servirmos como missionários em tempo integral. Hoje posso afirmar com convicção que Deus preencheu todas as lacunas do meu coração e sou filha amada por ele: “O próprio SENHOR irá à sua frente e estará com você; ele nunca a deixará, nunca a abandonará. Não tenha medo! Não desanime!” (Dt 31.8).
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