Por Escrito
- 23 de julho de 2018
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Um encontro entre cultura, saúde e missão
Por Marlene Grigório dos Santos
Ao lado da reserva indígena em Dourados (MS), encontra-se a Missão Caiuá. Nascida em 1928, foi fundada por missionários presbiterianos norte-americanos que vieram ao Brasil para investir na expansão do Evangelho entre o povo Caiuá. Aqui chegaram e criaram uma escola infantil, um instituto bíblico para formação de líderes indígenas e um hospital.
O Hospital e Maternidade Porta da Esperança mantém 50 leitos ativos com atendimento ambulatorial, internações em clínica médica, pediatria, gestação de baixo risco e o centrinho, local que abriga crianças com desnutrição. O serviço apresenta inúmeras demandas que precisam ser atendidas para uma melhor assistência às etnias que buscam o atendimento. O trabalho realizado na unidade constitui-se uma bela interface entre saúde, cultura e missão.
Conviver com profissionais e pacientes durante meu período de voluntariado ampliou minha visão sobre a saúde no campo missionário. Nesse período, pude participar da rotina do hospital, auxiliando os profissionais locais em suas atividades e podendo aprender mais sobre as peculiaridades da saúde indígena. Durante esse período, pude presenciar o nascimento de Uidimile, indígena terena, de parto natural.
O atendimento à gestação de baixo risco é realizado de maneira integral, de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde, garantindo qualidade no atendimento à mulher e ao recém-nascido. Quando da alta hospitalar, a instituição oferece um kit para a família, contendo roupas e fraldas para o bebê e alguns outros itens de primeira necessidade. Pude perceber de perto o carinho dos profissionais no campo materno-infantil. Dentro dessa dinâmica de cuidado, em que alguns profissionais aproveitam para compartilhar o amor de Deus, uma técnica de enfermagem relata que, sempre que possível, ora com as mães e bebês, abençoando toda a família.
Ao andar pelos corredores do hospital, eu imaginava o amor, a nobreza e a entrega dos missionários americanos que, pensando em uma proposta de missão integral que congrega saúde, educação e discipulado, desbravaram o cerrado brasileiro há 90 anos, quando não havia o desenvolvimento e a tecnologia de hoje, e a todos aqueles que permanecem fazendo a missão, seguindo esta proposta da Missão Integral.
O nosso chamado como profissionais em saúde e integrantes da associação Médicos de Cristo1 é exercer cuidado ao próximo com o olhar de Cristo, pois o olhar de Cristo exala amor. Fazer isso é possível em qualquer lugar, em qualquer campo transcultural.
A Missão Caiuá nasceu e subsiste com forte ênfase na Missão Integral, acreditando no evangelho completo, o Evangelho do Reino, em que Deus se manifesta através do dom que os profissionais vocacionados exercem.
As portas da Missão Caiuá estão abertas para receber profissionais de saúde para atividades de curto prazo, especialmente enfermeiros e médicos que entendem a profissão como um dom a serviço do Reino. Nós, como profissionais de saúde e Médicos de Cristo, entendemos que a graça de Deus pode ser manifestada através de atos e serviços em favor dos povos da terra. O amor é a linguagem que pode ser expressada em qualquer cultura mesmo quando não entendemos o dialeto local.
A você que deseja uma experiência em um campo transcultural em saúde, não perca a oportunidade de conhecer o Hospital Porta da Esperança, da Missão Caiuá, em Dourados (MS). Você pode doar o seu tempo e manifestar o amor e a graça de Deus entre os povos indígenas brasileiros.
Nota
1. Médicos de Cristo é uma associação criada em 1995 e que atua mobilizando, inspirando e capacitando profissionais da saúde cristãos para testemunhar o Evangelho de Cristo no Brasil e no mundo.
• Marlene Grigório dos Santos é enfermeira, especialista em Obstetrícia e Direito Sanitário. Reside em Brasília (DF) e é membro do ministério Comunidade das Nações e faz parte dos Médicos de Cristo. O texto foi escrito durante o período em que serviu como voluntária no Hospital da Missão Evangélica Caiuá durante parte de suas férias em maio de 2018.
Leia mais
» Capelania Hospitalar e Ética do Cuidado
» O Mineiro com Cara de Matuto na Missão Evangélica Caiuá
Ao lado da reserva indígena em Dourados (MS), encontra-se a Missão Caiuá. Nascida em 1928, foi fundada por missionários presbiterianos norte-americanos que vieram ao Brasil para investir na expansão do Evangelho entre o povo Caiuá. Aqui chegaram e criaram uma escola infantil, um instituto bíblico para formação de líderes indígenas e um hospital.
O Hospital e Maternidade Porta da Esperança mantém 50 leitos ativos com atendimento ambulatorial, internações em clínica médica, pediatria, gestação de baixo risco e o centrinho, local que abriga crianças com desnutrição. O serviço apresenta inúmeras demandas que precisam ser atendidas para uma melhor assistência às etnias que buscam o atendimento. O trabalho realizado na unidade constitui-se uma bela interface entre saúde, cultura e missão.
Conviver com profissionais e pacientes durante meu período de voluntariado ampliou minha visão sobre a saúde no campo missionário. Nesse período, pude participar da rotina do hospital, auxiliando os profissionais locais em suas atividades e podendo aprender mais sobre as peculiaridades da saúde indígena. Durante esse período, pude presenciar o nascimento de Uidimile, indígena terena, de parto natural.
O atendimento à gestação de baixo risco é realizado de maneira integral, de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde, garantindo qualidade no atendimento à mulher e ao recém-nascido. Quando da alta hospitalar, a instituição oferece um kit para a família, contendo roupas e fraldas para o bebê e alguns outros itens de primeira necessidade. Pude perceber de perto o carinho dos profissionais no campo materno-infantil. Dentro dessa dinâmica de cuidado, em que alguns profissionais aproveitam para compartilhar o amor de Deus, uma técnica de enfermagem relata que, sempre que possível, ora com as mães e bebês, abençoando toda a família.
Ao andar pelos corredores do hospital, eu imaginava o amor, a nobreza e a entrega dos missionários americanos que, pensando em uma proposta de missão integral que congrega saúde, educação e discipulado, desbravaram o cerrado brasileiro há 90 anos, quando não havia o desenvolvimento e a tecnologia de hoje, e a todos aqueles que permanecem fazendo a missão, seguindo esta proposta da Missão Integral.
O nosso chamado como profissionais em saúde e integrantes da associação Médicos de Cristo1 é exercer cuidado ao próximo com o olhar de Cristo, pois o olhar de Cristo exala amor. Fazer isso é possível em qualquer lugar, em qualquer campo transcultural.
A Missão Caiuá nasceu e subsiste com forte ênfase na Missão Integral, acreditando no evangelho completo, o Evangelho do Reino, em que Deus se manifesta através do dom que os profissionais vocacionados exercem.
As portas da Missão Caiuá estão abertas para receber profissionais de saúde para atividades de curto prazo, especialmente enfermeiros e médicos que entendem a profissão como um dom a serviço do Reino. Nós, como profissionais de saúde e Médicos de Cristo, entendemos que a graça de Deus pode ser manifestada através de atos e serviços em favor dos povos da terra. O amor é a linguagem que pode ser expressada em qualquer cultura mesmo quando não entendemos o dialeto local.
A você que deseja uma experiência em um campo transcultural em saúde, não perca a oportunidade de conhecer o Hospital Porta da Esperança, da Missão Caiuá, em Dourados (MS). Você pode doar o seu tempo e manifestar o amor e a graça de Deus entre os povos indígenas brasileiros.
Nota
1. Médicos de Cristo é uma associação criada em 1995 e que atua mobilizando, inspirando e capacitando profissionais da saúde cristãos para testemunhar o Evangelho de Cristo no Brasil e no mundo.
• Marlene Grigório dos Santos é enfermeira, especialista em Obstetrícia e Direito Sanitário. Reside em Brasília (DF) e é membro do ministério Comunidade das Nações e faz parte dos Médicos de Cristo. O texto foi escrito durante o período em que serviu como voluntária no Hospital da Missão Evangélica Caiuá durante parte de suas férias em maio de 2018.
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