Notícias
- 17 de janeiro de 2012
- Visualizações: 2677
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Um ano após tragédia, mais de 200 continuam desaparecidos na serra do Rio
(BBC) Ainda restam 215 pessoas desaparecidas desde as fortes chuvas que causaram enchentes e desabamentos em diversos municípios da região serrana do Rio de Janeiro há exatamente um ano, deixando mais de 900 mortos confirmados.
Atualizados no início de janeiro, os números do Programa de Identificação de Vítimas (PIV) indicam que 137 pessoas ainda estão desaparecidas no município de Teresópolis, enquanto Nova Friburgo tem 44, Petrópolis 18 e Sumidouro uma; outros 15 desaparecidos não tiveram a localidade informada.
Atualizados no início de janeiro, os números do Programa de Identificação de Vítimas (PIV) indicam que 137 pessoas ainda estão desaparecidas no município de Teresópolis, enquanto Nova Friburgo tem 44, Petrópolis 18 e Sumidouro uma; outros 15 desaparecidos não tiveram a localidade informada.
O Programa de Identificação de Vítimas faz parte de outro mais amplo, o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), mantido em parceria entre o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil, e que conta com a colaboração de outros órgãos públicos, como a Defesa Civil, o Detran e o Corpo de Bombeiros.
A ação do programa consiste em identificar as pessoas cujo desaparecimento foi comunicado por parentes.
Segundo o coordenador do Plid, o promotor de Justiça Pedro Borges, foram feitas 698 comunicações relacionadas à tragédia na serra fluminense.
No caso de Teresópolis, onde comunidades inteiras foram dizimadas pela enxurrada de lama e pedras, acredita-se que vários corpos ainda estejam soterrados pelos escombros. Moradores afirmam que ossos humanos são encontrados semanalmente por funcionários que trabalham em obras de reparação.
Técnicas de identificação
A identificação das vítimas é feita basicamente por meio de três técnicas: a papiloscopia (recolhimento de impressões digitais), exames de arcada dentária e verificação de DNA.
O coordenador do Plid afirma que, para a identificação por meio de digitais, a maior dificuldade é a decomposição dos corpos e os danos causados a eles pelos desmoronamentos.
Já o exame de arcada dentária é dificultado, segundo ele, pelo fato de muitas vítimas serem de baixa renda e não terem prontuário odontológico registrado em dentistas.
Para a identificação por DNA, segundo Borges, a maior dificuldade decorre do deterioramento dos restos mortais encontrados sob a lama e os escombros, que gera a contaminação das amostras, prejudicando a análise.
Além disso, de acordo com o promotor, a dificuldade em fazer a identificação por DNA é maior de acordo com o grau de parentesco da pessoa que busca com a vítima encontrada. Se a relação for direta, como de mãe e filho, o trabalho é mais rápido do que se o restos mortais forem de um familiar mais distante.
Segundo o coordenador do Plid, 110 mortos cujo desaparecimento foi comunicado por parentes foram identificados por meio de exame papiloscópico. Já o exame de arcada dentária permitiu a identificação de apenas duas vítimas, enquanto 35 foram identificadas por meio de material genético.
Até janeiro deste ano, 342 pessoas cujo desaparecimento foi comunicado foram encontradas com vida em seis municípios da serra fluminense.
Esperança
Àqueles que desejam pelo menos encontrar os restos de seus familiares, a fim de realizar um sepultamento, o promotor pede que mantenham as esperanças.
"A Operação Serra (nome dado aos esforços para identificação das vítimas das enchentes de 2011) só será encerrada quando zerarmos o número de comunicações de desaparecidos", diz.
Borges diz que, mesmo um ano após a tragédia, muitas pessoas ainda são localizadas com vida, por vários motivos. Um deles é o fato de que o reaparecimento de diversos moradores dados como desaparecidos - que somente estavam incomunicáveis durante as chuvas - acabou não sendo relatado às autoridades.
"Já nessa semana houve o caso de uma pessoa que deixou sua família no período exato da tragédia. Assim, o que parecia um desaparecimento devido à chuva tratava-se tão somente de um abandono de lar", afirma o promotor.
"Ou seja, este é um universo variado. Nada pode ser presumido, tudo tem de ser esgotado."
- 17 de janeiro de 2012
- Visualizações: 2677
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Leia mais em Notícias
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Em janeiro: CIMA 2025 - Cumpra seu destino
- Corpos doentes [fracos, limitados, mutilados] também adoram
- Cheiro de graça no ar
- Vem aí o Congresso ALEF 2024 – “Além dos muros – Quando a igreja abraça a cidade”
- Todos querem Ser milionários
- A visão bíblica sobre a velhice
- Vem aí o Congresso AME: Celebremos e avancemos no Círculo Asiático
- A colheita da fé – A semente caiu em boa terra, e deu fruto
- IV Encontro do MC 60+ reúne idosos de todo o país – Um espaço preferencial
- A era inconclusa