Trabalho, traumas e vida emocional são motivos de oração em favor de pessoas do Rio Grande do Sul

Por Ultimatoonline

Passados quase dois meses desde o início das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, a condição do estado ainda causa preocupação: a contínua ameaça de elevação do nível dos lagos, a chegada do inverno, os problemas de saúde, a reconstrução de casas etc. São vários desafios.

Esforços públicos e privados, organizações e pessoas, iniciativas nacionais e internacionais marcaram esses dias em favor da população e do estado. E a igreja também.

Há poucos dias, o Movimento Renovar Nosso Mundo sugeriu três assuntos para orar pela população do Estado: trabalho, traumas e vida emocional. Confira a seguir.

Trabalho
Em Gênesis, a primeira atividade de Adão concedida por Deus foi a de nomeação dos animais. Como trabalhador, o ser humano tem um aspecto que o assemelha a Deus: a capacidade criativa e transformadora, que dá condições de sobrevivência (veja Gênesis 2.15; 2.19; Jeremias 29:5-6, 28).

Oremos
Que Deus dê forças, coragem, ânimo e sabedoria para a população e as autoridades trabalharem na reconstrução das cidades que foram destruídas, prezando pela sustentabilidade e maior respeito para com a criação de Deus.

Que as pessoas que perderam suas lojas, lavouras, criações e qualquer outro tipo de trabalho, possam ter a ajuda necessária para voltarem a trabalhar e reconstruírem suas vidas.

Que os profissionais e voluntários das áreas de segurança, saúde, assistência psicossocial e outros que estão trabalhando na linha de frente, sejam capacitados, protegidos e fortalecidos por Deus, para não sucumbirem diante do caos instalado.

Traumas
Acontecimentos traumáticos nos afligem e nos transformam em “estátuas de sal” – congelamos, olhando sempre para trás, onde aconteceu a tragédia e a destruição. Acontece uma paralisação emocional – o olhar segue na direção do perigo e do desastre. É difícil olhar para adiante, enxergar o futuro. A vida e os traumas nos rompem, situações muito fortes nos marcam profundamente e formamos pequenas “estátuas de sal”. As terapias podem e ajudam muito a sair desse congelamento, mas o que de fato cura é o amor: É o amor que derrete o inverno interminável da estátua presa na visão de terror e destruição – tal como aconteceu na visita de Deus a Abraão (veja Gênesis 17.15; 18.10).

Oremos
Que as pessoas que tiveram perdas consigam, com a ajuda de Deus, desenvolver a resiliência e a esperança necessárias para lidar com o luto e os traumas.

Que os voluntários e profissionais envolvidos nas ações de socorro sejam capacitados pelo Espírito Santo para realizarem um acolhimento com compaixão, escuta e amor.

Que Deus use a sua Igreja como sinal de esperança para os que sofrem, de maneira que eles possam confiar em Jesus e acreditar na cura e num amanhã melhor.

Reconstruindo muralhas na vida emocional
Pensar na reconstrução das muralhas de Jerusalém como uma interessante metáfora emocional da constituição do ser humano, da reconstrução de sua vida, após grandes traumas resultantes de períodos de lutas e perdas.

Oremos:
Que as igrejas no Rio Grande do Sul sejam lugares de cura e reconstrução para alma.

Que os profissionais que cuidam da área emocional sejam capacitados e usados por Deus como instrumentos de acolhida, afeto e restauração.

Que as pessoas que perderam familiares, amigos e bens nas inundações recebam graça da parte de Deus, de modo que consigam desenvolver resiliência para reconstruírem suas vidas, ressignificarem suas emoções e superarem os traumas.


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Conteúdo em colaboração com Maria Agnes Fröhlich Seewald, psicopedagoga e integrante dos redatores da Bíblia de Estudo Conselheira (SBB).

Foto: Voluntários da Aliança Evangélica ajudam o senhor Marcos, produtor rural local, a empilhar o que restou da sua plantação de soja (Crédito: @wendellmoraess publicada pela Aliança Evangélica Brasileira).

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