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- 21 de setembro de 2007
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Televisão pode ter potencial educativo
(ENVOLVERDE) "Ao longo dos anos, ensinamos crianças a manusear tantas coisas, no entanto, o que menos ensinamos é como trabalhar as questões trazidas pela TV", defendeu a presidente do Conselho Federal de Psicologia Ana Mercês Bock, durante o Seminário Internacional Televisão – Educação, Cultura e Inserção Social, que aconteceu na cidade de São Paulo (SP). "A sociedade tem pouco recurso intelectual e está fragilizada, portanto, projetos como o da classificação indicativa devem ser apoiados", defendeu.
Ela acredita que mesmo diante da tamanha influência que a televisão exerce e da passividade da sociedade diante do veículo, é possível absorver conteúdos e transformá-los em objetos de reflexão. "Não temos que acabar com esse veículo ou mesmo mudá-lo. Minisséries que retratam fatos importantes da história, ou o modo como a mulher é retratada nas novelas e na publicidade são assuntos a serem debatidos nas escolas", exemplificou. "O problema não é a TV ter erros, mas não discutirmos os modelos que estão sendo mostrados e deixar que sejam reafirmados. Por isso, a escola não deve desconhecer a TV", reconheceu.
Já para a repórter especial da Rede Globo Neide Duarte, as pessoas quando assistem TV têm capacidade de selecionar o que classificam importante e, disso, tiram um aprendizado. "A televisão é um grande meio para transmissão da educação. Nós escolhemos o que vamos aprender, e quem está aparecendo na tela ensina de alguma forma", afirmou.
A escritora e dramaturga Maria Adelaide Amaral, concorda. "A TV tem força para educar. Já vi novelas que conseguiram mobilizar pessoas a irem aos museus, ou levar ao público grandes obras da literatura por meio das adaptações", defendeu. "Poderia, entretanto, haver projetos como o de um canal da TV francesa que, durante uma hora, fala sobre livros e escritores".
O vice-presidente da Fundação Padre Anchieta, Fernando Almeida, acredita que as escolas ainda dão as costas para a TV porque ainda não descobriram que esse instrumento pode ser fonte de aprendizado. "Fazem o mesmo com as novas tecnologias. Além disso, a TV é marcada pelo compromisso de formar consumidores, e por isso não tem relação intrínseca com a escola", marcou.
Para o diretor executivo do canal SESCTV, Valter Sales, a intervenção da TV em relação à educação só acontece hoje por uma questão legal. "São aqueles programas que passam no fim da madrugada e começo da manhã, que ninguém vê e que são feitos por uma questão de cumprimento de legislação. Esses programas não passam de apostilas escolares adaptadas para a TV e apresentadas por atores de novela", criticou.
Sales lembrou que a TV tem grande responsabilidade, por ser muitas vezes a única fonte de informação para as pessoas. "É importante que não seja apresentado para os telespectadores unicamente relações de entretenimento e consumo. O problema é que alguns canais chegam a ter até cinco novelas e os que não as produzem transformam a tarde na TV em grandes fóruns de debate sobre essas produções. Grande parte da sociedade tem a TV como paradigma", disse.
A pesquisadora e professora titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Cremilda Medina, explicou que além da falta de conteúdo educacional a TV entrou em estado de inércia quanto ao conceito de cultura ao escolher programação. "Cultura não é o ato de expressão de eruditos e de pessoas consagradas, muito menos saber exclusivo dos filósofos, artistas e cientistas", criticou. "Todos somos agentes de cultura, a época que a difusão de informações formava cabeças já passou. O contundente hoje é partilha e troca".
Fonte: www.envolverde.ig.com.br
Ela acredita que mesmo diante da tamanha influência que a televisão exerce e da passividade da sociedade diante do veículo, é possível absorver conteúdos e transformá-los em objetos de reflexão. "Não temos que acabar com esse veículo ou mesmo mudá-lo. Minisséries que retratam fatos importantes da história, ou o modo como a mulher é retratada nas novelas e na publicidade são assuntos a serem debatidos nas escolas", exemplificou. "O problema não é a TV ter erros, mas não discutirmos os modelos que estão sendo mostrados e deixar que sejam reafirmados. Por isso, a escola não deve desconhecer a TV", reconheceu.
Já para a repórter especial da Rede Globo Neide Duarte, as pessoas quando assistem TV têm capacidade de selecionar o que classificam importante e, disso, tiram um aprendizado. "A televisão é um grande meio para transmissão da educação. Nós escolhemos o que vamos aprender, e quem está aparecendo na tela ensina de alguma forma", afirmou.
A escritora e dramaturga Maria Adelaide Amaral, concorda. "A TV tem força para educar. Já vi novelas que conseguiram mobilizar pessoas a irem aos museus, ou levar ao público grandes obras da literatura por meio das adaptações", defendeu. "Poderia, entretanto, haver projetos como o de um canal da TV francesa que, durante uma hora, fala sobre livros e escritores".
O vice-presidente da Fundação Padre Anchieta, Fernando Almeida, acredita que as escolas ainda dão as costas para a TV porque ainda não descobriram que esse instrumento pode ser fonte de aprendizado. "Fazem o mesmo com as novas tecnologias. Além disso, a TV é marcada pelo compromisso de formar consumidores, e por isso não tem relação intrínseca com a escola", marcou.
Para o diretor executivo do canal SESCTV, Valter Sales, a intervenção da TV em relação à educação só acontece hoje por uma questão legal. "São aqueles programas que passam no fim da madrugada e começo da manhã, que ninguém vê e que são feitos por uma questão de cumprimento de legislação. Esses programas não passam de apostilas escolares adaptadas para a TV e apresentadas por atores de novela", criticou.
Sales lembrou que a TV tem grande responsabilidade, por ser muitas vezes a única fonte de informação para as pessoas. "É importante que não seja apresentado para os telespectadores unicamente relações de entretenimento e consumo. O problema é que alguns canais chegam a ter até cinco novelas e os que não as produzem transformam a tarde na TV em grandes fóruns de debate sobre essas produções. Grande parte da sociedade tem a TV como paradigma", disse.
A pesquisadora e professora titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Cremilda Medina, explicou que além da falta de conteúdo educacional a TV entrou em estado de inércia quanto ao conceito de cultura ao escolher programação. "Cultura não é o ato de expressão de eruditos e de pessoas consagradas, muito menos saber exclusivo dos filósofos, artistas e cientistas", criticou. "Todos somos agentes de cultura, a época que a difusão de informações formava cabeças já passou. O contundente hoje é partilha e troca".
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