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- 12 de março de 2018
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Taxa de gravidez adolescente no Brasil está acima da média latino-americana e caribenha
Segundo relatório divulgado recentemente pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a segunda maior taxa de gravidez adolescente do mundo se encontra na América Latina e no Caribe, com uma média de 65,5 nascimentos para cada mil meninas com idade entre 15 e 19 anos, ficando atrás apenas da África Subsaariana. O Brasil apresenta uma taxa de 68,4 nascimentos, se mantendo acima das médias regional e mundial.
Embora a taxa total de fecundidade na América Latina e no Caribe tenha caído nas últimas décadas, 15% das gestações ainda ocorrem em adolescentes com menos de 20 anos. Já entre meninas com menos de 15 anos, a região é a única do mundo que apresenta uma tendência ascendente. Dentre os países com as taxas mais altas estão República Dominicana, Nicarágua e Venezuela.
No mundo, a cada ano, ficam grávidas 16 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos e 2 milhões com idade inferior a 15 anos. Segundo Carissa F. Etienne, diretora da OPAS, os números continuam muito altos. Ela diz que as principais afetadas são meninas que vivem em condições de vulnerabilidade, que acabam tendo seu desenvolvimento psicossocial.
O relatório mostra também que em países pobres, o risco de morte materna é duas vezes maior entre mães com menos de 15 anos. Além disso, a probabilidade de adolescentes sem escolaridade ou apenas com educação básica ficarem grávidas é quatro vezes maior do que de adolescentes com ensino médio ou superior. Outros grupos afetados são meninas com baixa renda e indígenas, especialmente nas zonas rurais.
Para Esteban Caballero, diretor regional do Fundo de População das Nações Unidas para a América Latina, o problema se deve à falta de acesso a informação e a serviços de saúde sexual e reprodutiva. Esse padrão acaba por perpetuar a situação de pobreza e exclusão social, pois muitas meninas precisam abandonar a escola devido à gravidez na adolescência, como diz a diretoria regional do UNICEF, Marita Perceval.
Além dos dados apresentados, o relatório traz várias recomendações, dentre elas: a criação de leis que proíbam o casamento infantil; o apoio a programas de prevenção à gravidez adolescente; o aumento do atendimento antes, durante e depois do parto; e a promoção da saúde, da igualdade de gênero e dos direitos sexuais das adolescentes.
Para acessar o relatório completo, em espanhol, clique aqui.
Foto: EBC
Com informações da ONU Brasil.
Embora a taxa total de fecundidade na América Latina e no Caribe tenha caído nas últimas décadas, 15% das gestações ainda ocorrem em adolescentes com menos de 20 anos. Já entre meninas com menos de 15 anos, a região é a única do mundo que apresenta uma tendência ascendente. Dentre os países com as taxas mais altas estão República Dominicana, Nicarágua e Venezuela.
No mundo, a cada ano, ficam grávidas 16 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos e 2 milhões com idade inferior a 15 anos. Segundo Carissa F. Etienne, diretora da OPAS, os números continuam muito altos. Ela diz que as principais afetadas são meninas que vivem em condições de vulnerabilidade, que acabam tendo seu desenvolvimento psicossocial.
O relatório mostra também que em países pobres, o risco de morte materna é duas vezes maior entre mães com menos de 15 anos. Além disso, a probabilidade de adolescentes sem escolaridade ou apenas com educação básica ficarem grávidas é quatro vezes maior do que de adolescentes com ensino médio ou superior. Outros grupos afetados são meninas com baixa renda e indígenas, especialmente nas zonas rurais.
Para Esteban Caballero, diretor regional do Fundo de População das Nações Unidas para a América Latina, o problema se deve à falta de acesso a informação e a serviços de saúde sexual e reprodutiva. Esse padrão acaba por perpetuar a situação de pobreza e exclusão social, pois muitas meninas precisam abandonar a escola devido à gravidez na adolescência, como diz a diretoria regional do UNICEF, Marita Perceval.
Além dos dados apresentados, o relatório traz várias recomendações, dentre elas: a criação de leis que proíbam o casamento infantil; o apoio a programas de prevenção à gravidez adolescente; o aumento do atendimento antes, durante e depois do parto; e a promoção da saúde, da igualdade de gênero e dos direitos sexuais das adolescentes.
Para acessar o relatório completo, em espanhol, clique aqui.
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