Sobrou muita camisinha no Carnaval

Sexta-feira passada, 13 de fevereiro, eu estava almoçando o saboroso peixe tucunaré junto ao Açude São Gonçalo (que comporta 44 milhões de metros cúbicos de água), no sertão da Paraíba, na companhia do vice-presidente e da deã do Seminário Teológico Sertanejo de Sousa. Em uma mesa vizinha, a secretária de saúde da Prefeitura Municipal de São José da Lagoa Tapada, PB, e outros cinco funcionários públicos da área de saúde também almoçavam. Era véspera de Carnaval. De repente, a secretária se aproximou da nossa mesa e distribuiu um folheto com os seguintes dizeres: “No Carnaval caia na folia, mas seja consciente: use camisinha”. Para reforçar o apelo, a senhora nos deu algumas camisinhas.

Nenhum de nós fez cara feia ou nos perturbamos. O vice-presidente do seminário, Hartmurt Ziegler, um missionário alemão que já passou pelo Centro Evangélico de Missões (CEM), em Viçosa, apenas disse que não precisaria das camisinhas porque a esposa naqueles dias estava na Alemanha. No cumprimento de seu dever, a sra. Josefa Vanóbia explicou que o preservativo não serve apenas para impedir a concepção, mas também para proteger o usuário de alguma doença sexualmente transmissível. “Para tanto”, replicou Hartmurt Ziegler, “a fidelidade conjugal é muito mais eficiente”. A secretária municipal de saúde concordou plenamente.

Aproveitei a oportunidade do diálogo, levantei-me e levei para ela a mais recente Ultimato. Ao final do almoço, a sra. Josefa me agradeceu o presente e disse que à primeira vista estava apreciando a revista. Tornei a me valer da oportunidade e ofereci a ela uma assinatura de Ultimato.

Ao retornar a Viçosa no domingo de madrugada, tive a saudável impressão de que deve ter sobrado muitas camisinhas aqui na cidade. Muitos jovens não caíram naquele tipo de folia que exige de fato o uso da camisinha. Um grupo enorme enchia o Espaço Multiuso da UFV por conta do Seara 2009 e das quarenta horas de adoração da renovação carismática católica. Mais de quatrocentas pessoas participavam dos eventos realizados na Assembléia de Deus da rua da Conceição. Cerca de 120 pessoas das congregações presbiterianas ao redor de Viçosa estavam reunidas na Casa Kilombra, no bairro de Fátima. O pessoal da Igreja Presbiteriana do Vale do Sol encheu o sítio JCJ, perto de Pedra do Anta, e o da Comunidade Presbiteriana de Viçosa lotou as acomodações da Fazenda Vista Alegre, entre Ponte Nova e Escalvado. Jovens e adultos da Segunda Igreja Batista de Viçosa, da Igreja Presbiteriana de Viçosa, do Centro Evangélico de Missões e da Editora Ultimato juntaram-se a pessoas de outras cidades (Belo Horizonte, Campinas, Olinda, Rio de Janeiro, Vila Velha etc.) e participaram do bem-sucedido 7º Encontro Missionário Estudantil e Profissional (EMEP), na sede do CEM. Os assuntos apresentados em todos esses ajuntamentos religiosos do Carnaval foram muito sérios, tais como adoração, disponibilidade para o reino de Deus, santidade e avivamento.