Opinião
- 25 de julho de 2008
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Se eles podem fazer propaganda do homossexualismo, sinto-me à vontade para fazer propaganda do heterossexualismo
Elben M. Lenz César
Se professores do COLUNI (Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa — considerado a melhor escola pública do país de acordo com as notas do ENEM) podem fazer propaganda do homossexualismo em aula, para alunos de 15 a 17 anos, por que eu, pastor evangélico, leitor assíduo da Bíblia e cristão convicto, não posso fazer propaganda do heterossexualismo?
Se a colunista social Heloisa Tolipan pode publicar em sua coluna no Jornal do Brasil três fotos de afagos sucessivos entre Daniela Mercury e Alinne Rosa, vocalista da banda Cheiro de Amor, por que eu não posso fazer propaganda do heterossexualismo?
Se as novelas da Globo podem mostrar “casais” de homem com homem e de mulher com mulher (e até de dois homens e uma mulher) se acariciando, por que eu não posso fazer propaganda do heterossexualismo?
Se mulheres e homens homossexuais podem fazer um barulho enorme em favor da prática homossexual, do casamento gay e da adoção de filhos, por que eu não posso fazer propaganda do heterossexualismo?
Não se faz propaganda nem do homo nem do hetero de boca fechada. Desde que saíram definitivamente do armário, os gays abrem a boca para justificar a opção e a prática homossexual. Os pregadores da opção e da prática heterossexual estão sendo empurrados para dentro do armário, agora vazio e desocupado, por pressão da mídia, da sociedade permissiva e do movimento gay. O Projeto de Lei 122/06 favorece a propaganda da homossexualidade e desfavorece a propaganda da heterossexualidade.
Como posso fazer a propaganda da heterossexualidade? Voltando ao princípio de tudo, ao princípio do tempo, ao princípio da história, quando Deus criou o homem e a mulher (Gn 1.27) e apresentou um único modelo de relação sexual: “O homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne [ou uma só pessoa]” (Gn 2.24). A relação homossexual sempre aconteceu, mas nunca foi considerada normal. Até bem pouco tempo em qualquer dicionário ou enciclopédia, casamento era “o relacionamento que une um homem e uma mulher” (Enciclopédia Delta Universal) ou “a união legítima de um homem e uma mulher com o objetivo de fundar um lar” (Grande Enciclopédia Delta Larousse) ou “ato solene de união entre duas pessoas de sexos diferentes” (Novo Dicionário Aurélio). Para atender ao clamor gay, os dicionários estão acrescentando ou revendo alguma coisa. Por exemplo, o Dicionário Enciclopédico Ilustrado Veja Larousse, publicado em 2006, diz que casamento é a “união legal entre um homem e uma mulher”, mas, por extensão, pode ser também “qualquer relação conjugal entre duas pessoas”. O também recente Dicionário de Psicologia Dorsch (2001) define a formação de casal como a “reunião de parceiros sexuais”.
Ainda como propaganda da heterossexualidade, posso tornar conhecidos os textos das Sagradas Escrituras que tratam do assunto, todos de fácil compreensão, sem, contudo, centralizar essa anomalia (palavra de origem latina que significa irregularidade), deixando de lado todas as outras anomalias (apropriação indébita, corrupção, egocentrismo, injustiça social, intriga e muitas outras). Também não devo me deixar possuir por qualquer sentimento de arrogância ou de homofobia.
No meu modo de entender, o mais explícito, o mais contundente, o mais veemente texto contra a prática da homossexualidade está na Epístola aos Romanos, a maior e a mais teológica das treze cartas escritas por Paulo. É uma passagem dura, mas que não pode ser olvidada nem retocada. O apóstolo ensina que as práticas homossexuais não são primeiramente a causa, mas o resultado da depravação histórica e globalizada do ser humano. Por causa desse problema básico, Deus “soltou as rédeas” e está deixando a humanidade livre, não só para trocar “suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza” (Rm 1.26), mas também para matar, roubar, fazer uma guerra atrás da outra, esgotar e destruir o meio ambiente, e assim por diante. É sob esta ótica que ele fala abertamente sobre o homossexualismo feminino e masculino. Assim como as mulheres, “os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros [e] começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão” (Rm 1.27).
A exemplo de Jesus Cristo, eu não posso apontar o pecado sem apontar a salvação, não posso apontar a culpa sem apontar o perdão, não posso apontar o dedo em riste para o meu pecado e o pecado alheio sem apontar o dedo para Jesus Cristo para repetir o mais substancioso pronunciamento de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
Se os professores podem fazer propaganda do homo, sinto-me em plena liberdade para fazer a propaganda do hetero!
• Elben M. Lenz César é diretor-fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato.
Se professores do COLUNI (Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa — considerado a melhor escola pública do país de acordo com as notas do ENEM) podem fazer propaganda do homossexualismo em aula, para alunos de 15 a 17 anos, por que eu, pastor evangélico, leitor assíduo da Bíblia e cristão convicto, não posso fazer propaganda do heterossexualismo?
Se a colunista social Heloisa Tolipan pode publicar em sua coluna no Jornal do Brasil três fotos de afagos sucessivos entre Daniela Mercury e Alinne Rosa, vocalista da banda Cheiro de Amor, por que eu não posso fazer propaganda do heterossexualismo?
Se as novelas da Globo podem mostrar “casais” de homem com homem e de mulher com mulher (e até de dois homens e uma mulher) se acariciando, por que eu não posso fazer propaganda do heterossexualismo?
Se mulheres e homens homossexuais podem fazer um barulho enorme em favor da prática homossexual, do casamento gay e da adoção de filhos, por que eu não posso fazer propaganda do heterossexualismo?
Não se faz propaganda nem do homo nem do hetero de boca fechada. Desde que saíram definitivamente do armário, os gays abrem a boca para justificar a opção e a prática homossexual. Os pregadores da opção e da prática heterossexual estão sendo empurrados para dentro do armário, agora vazio e desocupado, por pressão da mídia, da sociedade permissiva e do movimento gay. O Projeto de Lei 122/06 favorece a propaganda da homossexualidade e desfavorece a propaganda da heterossexualidade.
Como posso fazer a propaganda da heterossexualidade? Voltando ao princípio de tudo, ao princípio do tempo, ao princípio da história, quando Deus criou o homem e a mulher (Gn 1.27) e apresentou um único modelo de relação sexual: “O homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne [ou uma só pessoa]” (Gn 2.24). A relação homossexual sempre aconteceu, mas nunca foi considerada normal. Até bem pouco tempo em qualquer dicionário ou enciclopédia, casamento era “o relacionamento que une um homem e uma mulher” (Enciclopédia Delta Universal) ou “a união legítima de um homem e uma mulher com o objetivo de fundar um lar” (Grande Enciclopédia Delta Larousse) ou “ato solene de união entre duas pessoas de sexos diferentes” (Novo Dicionário Aurélio). Para atender ao clamor gay, os dicionários estão acrescentando ou revendo alguma coisa. Por exemplo, o Dicionário Enciclopédico Ilustrado Veja Larousse, publicado em 2006, diz que casamento é a “união legal entre um homem e uma mulher”, mas, por extensão, pode ser também “qualquer relação conjugal entre duas pessoas”. O também recente Dicionário de Psicologia Dorsch (2001) define a formação de casal como a “reunião de parceiros sexuais”.
Ainda como propaganda da heterossexualidade, posso tornar conhecidos os textos das Sagradas Escrituras que tratam do assunto, todos de fácil compreensão, sem, contudo, centralizar essa anomalia (palavra de origem latina que significa irregularidade), deixando de lado todas as outras anomalias (apropriação indébita, corrupção, egocentrismo, injustiça social, intriga e muitas outras). Também não devo me deixar possuir por qualquer sentimento de arrogância ou de homofobia.
No meu modo de entender, o mais explícito, o mais contundente, o mais veemente texto contra a prática da homossexualidade está na Epístola aos Romanos, a maior e a mais teológica das treze cartas escritas por Paulo. É uma passagem dura, mas que não pode ser olvidada nem retocada. O apóstolo ensina que as práticas homossexuais não são primeiramente a causa, mas o resultado da depravação histórica e globalizada do ser humano. Por causa desse problema básico, Deus “soltou as rédeas” e está deixando a humanidade livre, não só para trocar “suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza” (Rm 1.26), mas também para matar, roubar, fazer uma guerra atrás da outra, esgotar e destruir o meio ambiente, e assim por diante. É sob esta ótica que ele fala abertamente sobre o homossexualismo feminino e masculino. Assim como as mulheres, “os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros [e] começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão” (Rm 1.27).
A exemplo de Jesus Cristo, eu não posso apontar o pecado sem apontar a salvação, não posso apontar a culpa sem apontar o perdão, não posso apontar o dedo em riste para o meu pecado e o pecado alheio sem apontar o dedo para Jesus Cristo para repetir o mais substancioso pronunciamento de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
Se os professores podem fazer propaganda do homo, sinto-me em plena liberdade para fazer a propaganda do hetero!
• Elben M. Lenz César é diretor-fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato.
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