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“Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!” — Um hino para o domingo da Trindade
Aconteceu há... 194 anos
Em abril de 1826 morria Reginald Heber, o autor do conhecido hino “Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!”.
Heber foi bispo da Igreja Anglicana de Calcutá e tinha apenas 42 anos quando faleceu. A viúva de Heber publicou no ano seguinte à sua morte 57 hinos que ele havia escrito para uso em sua paróquia. O mais conhecido de todos é "Santo, Santo, Santo", escrito para o domingo da Trindade, oito semanas depois da Páscoa, e inspirado na visão que o apóstolo João teve da majestade do trono divino, conforme vem narrada em Apocalipse 4.8, onde se lê: “Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, que é, e que há de vir”. Posto em música por João Bacchus Dykes, esse hino chegou até nós por meio da tradução de João Gomes da Rocha, feita em 1888.
Reginaldo Heber, nascido em lar cristão, foi pessoa de grande cultura e fé. Matriculou-se aos 17 anos na Universidade de Oxford, onde logo conquistou o primeiro dos numerosos prêmios de poesia que durante a vida lhe seriam concedidos.
Ao diplomar-se, em 1807, tornou-se pastor de uma pequena igreja na vila de Hodnet e dedicou-se a preparar, para uso dos paroquianos, um hinário que melhor atendesse às necessidades deles. Com isso, deu início a uma grande reforma nos hinos ingleses, tendo sido o primeiro autor a dar-lhes cunho literário.
Convidado para trabalhar na Índia, por duas vezes recusou. Porém, na terceira, interpretando o convite como um chamado de Deus, aceitou. Chegou a Calcutá em 1823 dedicando-se com entusiasmo às suas atividades, que também abrangiam a Ilha de Ceilão e a Austrália. Coube-lhe batizar o primeiro cristão nativo e ordenar ao ministério o primeiro indiano.
Em 1826, três anos depois da sua chegada, visitou Trichinópolis. Ali deveria pregar na Capela Schwartz, às dez horas da manhã, mas a afluência de ouvintes foi tão grande que precisou falar da escadaria do edifício para a grande massa de povo que se aglomerava nas imediações.
Por volta do meio-dia, voltando à casa do juiz que o hospedava, resolveu banhar-se na piscina antes do almoço. Sua demora em regressar causou estranheza. Um dos empregados da casa foi procurá-lo e o encontrou morto dentro d’água, provavelmente vitimado por um colapso.
No seu túmulo, na Igreja Anglicana de Tiruchirappalli, gravou-se o seguinte epitáfio: “Ele cumpriu os seus deveres mais humildes e mais importantes com cuidado, com todo o seu coração, com toda a sua alma e com todas as suas forças”.
Fonte: Livro Contando e Cantando, volume 2, Editora Ultimato.
Leia mais:
» John Milton, o poeta protestante
» Charles Wesley, o Trovador de Deus
Em abril de 1826 morria Reginald Heber, o autor do conhecido hino “Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!”.
Heber foi bispo da Igreja Anglicana de Calcutá e tinha apenas 42 anos quando faleceu. A viúva de Heber publicou no ano seguinte à sua morte 57 hinos que ele havia escrito para uso em sua paróquia. O mais conhecido de todos é "Santo, Santo, Santo", escrito para o domingo da Trindade, oito semanas depois da Páscoa, e inspirado na visão que o apóstolo João teve da majestade do trono divino, conforme vem narrada em Apocalipse 4.8, onde se lê: “Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, que é, e que há de vir”. Posto em música por João Bacchus Dykes, esse hino chegou até nós por meio da tradução de João Gomes da Rocha, feita em 1888.
Reginaldo Heber, nascido em lar cristão, foi pessoa de grande cultura e fé. Matriculou-se aos 17 anos na Universidade de Oxford, onde logo conquistou o primeiro dos numerosos prêmios de poesia que durante a vida lhe seriam concedidos.
Ao diplomar-se, em 1807, tornou-se pastor de uma pequena igreja na vila de Hodnet e dedicou-se a preparar, para uso dos paroquianos, um hinário que melhor atendesse às necessidades deles. Com isso, deu início a uma grande reforma nos hinos ingleses, tendo sido o primeiro autor a dar-lhes cunho literário.
Convidado para trabalhar na Índia, por duas vezes recusou. Porém, na terceira, interpretando o convite como um chamado de Deus, aceitou. Chegou a Calcutá em 1823 dedicando-se com entusiasmo às suas atividades, que também abrangiam a Ilha de Ceilão e a Austrália. Coube-lhe batizar o primeiro cristão nativo e ordenar ao ministério o primeiro indiano.
Em 1826, três anos depois da sua chegada, visitou Trichinópolis. Ali deveria pregar na Capela Schwartz, às dez horas da manhã, mas a afluência de ouvintes foi tão grande que precisou falar da escadaria do edifício para a grande massa de povo que se aglomerava nas imediações.
Por volta do meio-dia, voltando à casa do juiz que o hospedava, resolveu banhar-se na piscina antes do almoço. Sua demora em regressar causou estranheza. Um dos empregados da casa foi procurá-lo e o encontrou morto dentro d’água, provavelmente vitimado por um colapso.
No seu túmulo, na Igreja Anglicana de Tiruchirappalli, gravou-se o seguinte epitáfio: “Ele cumpriu os seus deveres mais humildes e mais importantes com cuidado, com todo o seu coração, com toda a sua alma e com todas as suas forças”.
Fonte: Livro Contando e Cantando, volume 2, Editora Ultimato.
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