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Opinião

Salmos – linguagem para todas as estações da alma

Por Luiz Fernando Arêas

Empresto esse título de um livro em inglês, uma coletânea de estudos sobre os Salmos. Ele expressa muito bem o que eles são para mim, uma maneira de se comunicar com Deus em cada momento da vida, da mais exultante alegria à mais profunda depressão, passando por todas situações e sentimentos entre esses dois extremos.
 
Há alguns anos eu passava por lutas no ministério pastoral. Em tempos difíceis, o barco balança e perdemos o horizonte de vista. Fragilizado, permiti que a amargura encontrasse acolhida no coração. Provavelmente, vivi uma depressão “não diagnosticada oficialmente”.
 
A sensação de trabalhar arduamente e não ver retorno algum era enorme. Eu precisava pregar, visitar pessoas, exercer atividades administrativas, mas as emoções explodiam dentro de mim. Foi então que resolvi “calçar as sandálias do salmista”. Encontrei nas expressões de Davi e outros autores o que tanto tinha vontade de falar para Deus, mas faltava-me a coragem. 
 
Senhor, por que estás tão longe?
Por que te escondes em tempos de angústia?  (Salmo 10.1)

Até quando, Senhor?
Para sempre te esquecerás de mim?
Até quando esconderás de mim o teu rosto?
Até quando terei inquietações
e tristeza no coração dia após dia?...
Olha para mim e responde, Senhor, meu Deus.
Ilumina os meus olhos,
ou do contrário dormirei o sono da morte... (Sl 13.1-3)
 
De forma quase insolente, o salmista derrama todas suas emoções diante de Deus. Encontrei nos Salmos o bálsamo que eu tanto procurava.
 
O título do livro dos Salmos no original tem o nome de “louvores” (tehilim). Mas é notável que o tipo de salmo mais frequente no livro dos louvores é justamente o de lamento. A maioria deles é constituída por queixas. Gritos de socorro de homens e mulheres machucados e, muitas vezes, sem respostas, vivendo sob condições desesperadoras. Portanto, entendi que não só podia, como devia orar sem reservas, exteriorizando os laços depressivos que estrangulavam minh’alma.


 
Ao colocar para fora tudo o que me intoxicava, Deus foi promovendo um processo gradativo de cura. Apeguei-me aos Salmos. Eles são, como disse Eugene Peterson, uma caixa de 150 ferramentas, cada uma projetada para um propósito.
 
Aprendi com o salmista que nossas emoções não devem ser ignoradas, como entendem algumas religiões orientais, nem suprimidas, pois elas são reais. Elas devem ser derramadas diante dAquele que as fez, que as entende melhor que ninguém, pois Ele “sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó” (Sl 103.14). Ele nos fez com nossas emoções e conhece as nossas limitações. Por isso, ele deixou esses 150 amigos, bálsamos, ferramentas de espiritualidade, que nos ajudam a expressá-las.
 
E a Bíblia nos lembra que temos um Sumo Sacerdote que se compadece de nossas fraquezas, homem de dores, que sabe o que é padecer, que conhece os sentimentos de ser injustiçado, caluniado, traído, abandonado pelos amigos, e que utilizava os salmos com frequência. Jesus viveu a noite mais escura da alma na cruz, sendo momentaneamente abandonado pelo Pai, conforme expressou no Salmo 22:
 
Meu Deus! Meu Deus!
  Por que me abandonaste?
  Por que estás tão longe de salvar-me,
  tão longe dos meus gritos de angústia? (Salmo 22.1)
 
Presentes de Deus para nós, para que pudéssemos estudá-los, meditá-los, memorizá-los e utilizá-los. São amigos terapêuticos, pelos quais o Espírito nos acolhe e transforma.
 
  • Luiz Fernando Arêas, pastor, formado no MDiv - Estudos Bíblicos e Pastorais e está concluindo os Estudos Doutorais em Ministério pelo Seminário Teológico Servo de Cristo. É formado em Processamento de Dados. Atua no Servo de Cristo como Professor de Teologia.

SALMOS: PARA BUSCAR A DEUS E ENCONTRÁ-LO | Revista Ultimato 351

Para renovar e aumentar o apreço do leitor pelos Salmos, a matéria de capa da edição 351 de Ultimato é sobre essa fantástica coleção de 150 poemas e cânticos. Precisamos aprender a buscar a Deus e a encontrá-lo, como os salmistas. Que haja grande proveito para todos nós!

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