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- 18 de janeiro de 2008
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Religiosidade popular evangélica
Não é de hoje que o perigo da popularidade ronda as igrejas evangélicas do Brasil, e até do mundo. Graças a isso, as igrejas estão crescendo assustadoramente. Os templos, cada vez mais grandiosos e luxuosos, abrigam fiéis que muitas vezes nem têm o que comer. Artistas, políticos, esportistas e outras pessoas de renome se dizem “crentes”. Tudo muito comum, normal, banal. Mas o que isso representa para o Brasil não apenas em termos numéricos? Temos sido sal da terra e luz do mundo?
Há 15 anos Ultimato publicou o artigo “Os Perigos da Religiosidade Popular ‘Evangélica’”, do missiólogo equatoriano C. René Padilla. Infelizmente esse artigo ainda se aplica à nossa realidade. Talvez o que vemos e vivemos hoje esteja até além do relatado por Padilla. Prateleira relembra alguns trechos:
“Minha recente visita ao Brasil me deixou preocupado. Por uma lado, as igrejas evangélicas estão crescendo numericamente em ritmo surpreendente. Por outro, também cresce em muitas delas uma mescla da fé cristã com valores, idéias e costumes que contradizem ou a negam: o que os missiólogos denominam de ‘sincretismo’. Ouvi, por exemplo, de evangélicos que, para evitar que ladrões os roubem, colocam na entrada de sua casa um texto bíblico: ‘O Senhor é o meu pastor, nada me faltará’. Também me contaram de outros que para neutralizar as drogas receitam chá misturado com pequenos fragmentos do Salmo 23 cortados da Bíblia.
Para complicar um pouco mais as coisas, no Brasil e em vários países da América Latina, está ganhando terreno outra forma de sincretismo que tem sua origem nos Estados Unidos: o assim chamado ‘evangelho da prosperidade’. Segundo este, Deus dispôs que seus filhos prosperem tanto espiritual como materialmente... A única condição para receber estas bênçaos -- dizem -- é crer... A partir desta perspectiva, é lógico afirmar (como de fato se afirma) que se não recebemos o que pedimos é por não termos suficiente fé.
Admitamos de início a pobreza de nossa fé. Admitamos que, em muitos casos, quando oramos nos parecemos com os crentes de At 12.12-17... Esta passagem mostra que a falta de fé não é um problema somente de hoje, mas de sempre... Tal é a pobreza de nossa fé que, se não fosse pela obra do Espírito que intercede por nós, todas as nossas orações seriam infrutuosas.”
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• A igreja de Edir Macedo tornou-se um conglomerado que mescla religião, mídia, política e negócios, ed. 309
• A maré evangélica, ed. 302
• Saudades dos crentes, ed. 295
• Protestantismo brasileiro, ed. 278
• O forte crescimento evangélico brasileiro, ed. 269
Leia o livro
• O escândalo do comportamento evangélico
• Cosmovisão cristã e transformação
• O que os evangélicos não falam
• A caminhada cristã na história
Há 15 anos Ultimato publicou o artigo “Os Perigos da Religiosidade Popular ‘Evangélica’”, do missiólogo equatoriano C. René Padilla. Infelizmente esse artigo ainda se aplica à nossa realidade. Talvez o que vemos e vivemos hoje esteja até além do relatado por Padilla. Prateleira relembra alguns trechos:
“Minha recente visita ao Brasil me deixou preocupado. Por uma lado, as igrejas evangélicas estão crescendo numericamente em ritmo surpreendente. Por outro, também cresce em muitas delas uma mescla da fé cristã com valores, idéias e costumes que contradizem ou a negam: o que os missiólogos denominam de ‘sincretismo’. Ouvi, por exemplo, de evangélicos que, para evitar que ladrões os roubem, colocam na entrada de sua casa um texto bíblico: ‘O Senhor é o meu pastor, nada me faltará’. Também me contaram de outros que para neutralizar as drogas receitam chá misturado com pequenos fragmentos do Salmo 23 cortados da Bíblia.
Para complicar um pouco mais as coisas, no Brasil e em vários países da América Latina, está ganhando terreno outra forma de sincretismo que tem sua origem nos Estados Unidos: o assim chamado ‘evangelho da prosperidade’. Segundo este, Deus dispôs que seus filhos prosperem tanto espiritual como materialmente... A única condição para receber estas bênçaos -- dizem -- é crer... A partir desta perspectiva, é lógico afirmar (como de fato se afirma) que se não recebemos o que pedimos é por não termos suficiente fé.
Admitamos de início a pobreza de nossa fé. Admitamos que, em muitos casos, quando oramos nos parecemos com os crentes de At 12.12-17... Esta passagem mostra que a falta de fé não é um problema somente de hoje, mas de sempre... Tal é a pobreza de nossa fé que, se não fosse pela obra do Espírito que intercede por nós, todas as nossas orações seriam infrutuosas.”
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• A igreja de Edir Macedo tornou-se um conglomerado que mescla religião, mídia, política e negócios, ed. 309
• A maré evangélica, ed. 302
• Saudades dos crentes, ed. 295
• Protestantismo brasileiro, ed. 278
• O forte crescimento evangélico brasileiro, ed. 269
Leia o livro
• O escândalo do comportamento evangélico
• Cosmovisão cristã e transformação
• O que os evangélicos não falam
• A caminhada cristã na história
É jornalista e assistente editorial da Ultimato.
- Textos publicados: 31 [ver]
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