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- 15 de abril de 2009
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Racismo é dissimulado no país, diz pedagoga
(ALC) No Brasil acontecem formas diferenciadas de racismo, discriminação que afeta negros de qualquer nível sócio-econômico, disse a pedagoga Nilma Lino Gomes ao falar para professores da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no dia 7 de abril.
“Temos que encarar o racismo de frente” para permitir o processo de inclusão social e a democratização do ingresso de negros no ensino superior, conclamou a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que enfocou o tema “Sala de aula universitária: a educação das relações étnico-raciais”.
A pedagoga lamentou que a sociedade brasileira, tão alegre e receptiva, mantenha na sua estrutura a mentalidade do racismo ambíguo. “Ele se afirma através da negação do mesmo. Nega-se que existe racismo e preconceito, afirmando que outros países são mais racistas do que o Brasil”, arrolou.
A professora da UFMG lembrou o sociólogo português Boaventura Santos, destacando que o momento é de re-educação das relações étnico-raciais, uma experiência que não pode ser desperdiçada.
Esse momento também traz reflexos e conseqüências para as Universidades, aos processos de pesquisa, à construção de conhecimento. Nilma frisou que estão chegando ao ensino superior pessoas com outros conhecimentos. Será preciso saber lidar com esses outros saberes, o que demandará um deslocamento ao outro como sujeito, disse.
Nilma descreveu a confluência de três saberes – identitários, políticos e estético-corpóreo – como resultado das políticas de inclusão instaladas no Brasil, cujos resultados começa, a aparecer. “O fato de pessoas se auto-identificarem mais como negros e pardos no último Censo é fruto de um processo” que constrói identidade, apontou.
Universitários negros, pardos e indígenas organizam-se politicamente para debater questões de raça. Já o saber estético-corpóreo não passa apenas pela cor da pele, mas a forma como o corpo reage no mundo, com seus toques, gestos, cheiros, cores, explicou a professora.
Fonte: www.alcnoticias.org
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• O Martin Luther do século 20: “Eu tenho um sonho...”, ed. 289
• A negritude do retirante Silva, ed. 295
“Temos que encarar o racismo de frente” para permitir o processo de inclusão social e a democratização do ingresso de negros no ensino superior, conclamou a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que enfocou o tema “Sala de aula universitária: a educação das relações étnico-raciais”.
A pedagoga lamentou que a sociedade brasileira, tão alegre e receptiva, mantenha na sua estrutura a mentalidade do racismo ambíguo. “Ele se afirma através da negação do mesmo. Nega-se que existe racismo e preconceito, afirmando que outros países são mais racistas do que o Brasil”, arrolou.
A professora da UFMG lembrou o sociólogo português Boaventura Santos, destacando que o momento é de re-educação das relações étnico-raciais, uma experiência que não pode ser desperdiçada.
Esse momento também traz reflexos e conseqüências para as Universidades, aos processos de pesquisa, à construção de conhecimento. Nilma frisou que estão chegando ao ensino superior pessoas com outros conhecimentos. Será preciso saber lidar com esses outros saberes, o que demandará um deslocamento ao outro como sujeito, disse.
Nilma descreveu a confluência de três saberes – identitários, políticos e estético-corpóreo – como resultado das políticas de inclusão instaladas no Brasil, cujos resultados começa, a aparecer. “O fato de pessoas se auto-identificarem mais como negros e pardos no último Censo é fruto de um processo” que constrói identidade, apontou.
Universitários negros, pardos e indígenas organizam-se politicamente para debater questões de raça. Já o saber estético-corpóreo não passa apenas pela cor da pele, mas a forma como o corpo reage no mundo, com seus toques, gestos, cheiros, cores, explicou a professora.
Fonte: www.alcnoticias.org
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