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Opinião

Questões socioambientais que o Brasil precisa enfrentar

Por João Martinez

Em um país com dimensões continentais como o nosso e que vem passando por uma verdadeira explosão demográfica nas últimas décadas, não é nenhuma surpresa que os problemas ambientais sejam múltiplos e complexos.

As principais ameaças incluem: o aquecimento global; o desmatamento; a desertificação; a poluição da água, do ar e do solo; a gestão inadequada dos resíduos sólidos; a caça e a pesca predatórias; o desperdício de alimentos e recursos naturais e o considerável aumento no consumo de recursos.

Felizmente, o nosso país conta com uma sofisticada legislação ambiental normativa e protetora, além de vários programas governamentais e privados que procuram enfrentar as ameaças acima. Além disso, o Brasil também é signatário de vários acordos ambientais e climáticos internacionais e é representado em diversas instituições, incluindo as diferentes agências das Nações Unidas. O governo brasileiro também se comprometeu em promover e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que incluem várias metas intimamente relacionadas a diversas questões ambientais.

No entanto, argumenta-se que a implementação da legislação, dos acordos e dos programas poderia ser muito mais ambiciosa, transparente e eficiente, pois é necessária uma reversão muito mais significativa nas tendências ambientais e climáticas da atualidade em nosso país.

Quase sempre, são as pessoas e comunidades mais carentes que mais sofrem com as consequências dos problemas ambientais – sejam elas doenças, menos acesso a recursos naturais essenciais como a água potável, menos opções de meios de sobrevivência e fontes de energia, desastres naturais mais frequentes, entre outras.

De igual importância, os problemas ambientais também causam impactos negativos significativos sobre a própria biodiversidade, incluindo o declínio de populações e a extinção de diversas espécies de plantas e animais, pragas, anomalias genéticas, desequilíbrios em todos os biomas brasileiros e outros males.

Diante desse quadro tão complexo e desafiador, é natural que pensemos que muito pouco pode ser feito para revertê-lo. Creio que é muito importante não perder a esperança e fazermos tudo o que estiver ao nosso alcance para não apenas proteger, mas também conservar e promover a natureza, já que ela também faz parte da Criação de Deus e, portanto, tem um valor intrínseco.

Não se trata de um otimismo simplista e sem fundamentos. Os profetas do Antigo Testamento, Isaías e Oséias, falaram sobre um tempo vindouro de harmonia entre os seres humanos e o meio ambiente (Isaías 65:16-25 e Oséias 2:18-23). No Novo Testamento, Jesus é descrito não só como o Salvador da humanidade, mas como aquele pelo qual toda a Criação foi feita (Colossenses 1.15-17). Em Romanos 8:19-23, também lemos que um dia, toda a Criação será libertada da servidão da corrupção e experimentará a redenção.

Identificar prioridades na área ambiental não é uma tarefa fácil e depende muito do ponto de vista de quem as avaliam. Se eu tivesse de escolher apenas três, elas seriam:
  • Muito mais educação ambiental de qualidade, baseada em fundamentos cristãos, que levasse a uma maior conscientização da população em geral sobre o valor intrínseco da natureza e o importante papel que ela desempenha na vida humana.
  • Fortalecimento de organizações, redes e iniciativas da Sociedade Civil que possam efetivamente trabalhar a partir de uma perspectiva de advocacy (defesa e promoção de direitos), em parceria com o governo brasileiro e com outros atores, na implementação da legislação ambiental normativa e protetora já existente e dos diversos acordos ambientais e climáticos assumidos pelo país.
  • Significativos investimentos na promoção do Cuidado da Criação entre a população como um todo e, especialmente, entre os cristãos, igrejas e centros de formação e treinamento, pois isso poderia facilitar muito o engajamento de mais atores em diferentes questões ambientais.
“Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”. Salmos 24:1

• João Martinez da Cruz, MSc, natural de São Paulo, atualmente exerce a função de Gerente Operacional d’A Rocha Internacional e vive em Londres, na Inglaterra. Ele trabalha há muitos anos no fortalecimento de organizações cristãs ambientais e de desenvolvimento comunitário. E-mail: joao.martinezdacruz@arocha.org

Recursos úteis:
» Declarações da Aliança Evangélica Mundial sobre o Cuidado da Criação
» Rede Lausanne/AEM para o Cuidado da Criação
» At your service, A Rocha Internacional (Recursos para a sua igreja cuidar da criação)
» Blog Planetwise, A Rocha Internacional
» Recursos sobre Meio Ambiente e Clima, Tearfund

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